SOS - cont.
Tenho sido um defensor constante da necessidade de estabilidade para construir um projecto desportivo de sucesso no futebol do Benfica.
Com algumas excepções recentes, gosto muito da postura correcta, educada e que não procura desculpas fáceis para os insucessos, de Quique Flores.
Apesar disso, a minha minha confiança na capacidade técnica e táctica de Quique tem vindo a diminuir muito nos últimos tempos, em função das paupérrimas exibições do Benfica contra equipas de segundo plano. Acresce que o Benfica jogava bem e com alegria na fase inicial da época (lembro-me em particular dos jogos contra Guimarães, Sporting e Nápoles) e agora parece uma equipa sem rumo, que soçobra à primeira contrariedade, o que não abona em favor do trabalho da equipa técnica.
Por outro lado, deve reconhecer-se que nos últimos anos temos tido bons jogadores e os resultados não aparecem, sistematicamente, com diversos treinadores, a quem se reconhece competência, pelo que a culpa certamente não será só (eventualmente, nem será principalmente) deles…
À Direcção do Benfica, com particular responsabilidade para Rui Costa, compete analisar profundamente o funcionamento da estrutura do departamento de futebol do Benfica e identificar as falhas que têm impedido o sucesso.
Esta é certamente uma tarefa difícil e eventualmente ingrata, pois irá mexer com pessoas que vêm servindo o Benfica, admito até que de forma empenhada e desinteressada, mas que não estão à altura das responsabilidades que lhes estão confiadas. Neste domínio não pode haver contemplações e os responsáveis por essas falhas têm que ser responsabilizados e substituídos nas suas funções.