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Novo Benfica

Novo Benfica

12
Jan09

O CHORADINHO DOS HIPÓCRITAS

Pedro Fonseca

Preparem-se os benfiquistas para a “guerra” que aí vem. Este ano, bem podemos dizê-lo, seremos campeões contra tudo e contra todos. O que se passou ontem à noite, após os jogos Benfica – 1; Braga – 0 e FC Porto – 0; Trofense – 0, devia entrar para o compêndio das estratégias manhosas do futebol português.

 

O problema é que é tudo tão claro e tão límpido que dá para rir. Atiram-se agora os bracarenses, o treinador Jorge Jesus e o presidente António Salvador, ao árbitro do encontro. Porque será que julgo que estes respeitáveis senhores estão a falar por interposta pessoa e a defender causas alheias?
 
Será porque Jorge Jesus é tido como o próximo treinador do FC Porto? Será porque o Sporting de Braga se transformou em clube-satélite (apetecia-me dizer “clube idiota útil”, mas os arsenalistas são gente de bem e um dos maiores clubes portugueses para se verem assim tão subservientes), dos azuis-e-brancos?
 
Quem quiser que responda. Mas não deixa de ser engraçado que noutros locais e com outros protagonistas o silêncio dos que se consideram agora espoliados foi a nota dominante. Não vi nem ouvi Jesualdo Ferreira falar do golo anulado por Pedro Henriques ao Benfica, contra o Nacional: “Meus senhores, quero expressar a minha indignação pelo que se passou noutro estádio onde jogou um nosso adversário directo. Não me conformo com o facto de nos quererem levar ao colo”, podia ter dito Jesualdo.
Ontem, o treinador do Porto, numa apreciação a um outro jogo que, se não é inédita, anda lá perto, falou em critérios diferentes. O treinador do Porto tem uma memória e uma visão selectiva. E, pelos vistos, também critérios diferentes – aquilo que acusa a outros. Falou de penáltis e de autocarros, mas também podia ter falado das agressões (mais do mesmo) de Bruno Alves a Mércio e a Reguila, que obrigou este a jogar com a cabeça ligada. Para quem afirmou que nunca se pronunciava sobre árbitros, não está mal, não senhor…
Preparem-se pois, benfiquistas. Agora já não temos só que ouvir as aleivosias de quem joga contra nós – também mais a Norte os nossos jogos serão monitorizados. Querem saber o que acho? É o desespero deles a falar mais alto.
O que não podemos é ficar intimidados. E, portanto, a cartilha que deve imperar na Luz é simples: nenhum ataque deve ficar sem resposta. Quem cala consente; quem aceita pacificamente atoardas de quem não tem autoridade moral para as proferir, acaba por assumir culpas.
Como benfiquista não aceito lições de moral de quem tem um historial rico em benefícios de arbitragem que corresponderam a muitos campeonatos, muitas vitórias. Um historial de fraude desportiva que já foi provado e assumido pelos seus responsáveis.
Estamos em Primeiro. Podíamos estar bem mais distanciados. Quem se não lembra do penálti por marcar sobre Aimar, em Vila do Conde, contra o Rio Ave, em jogo que empatamos? E a mão dentro da área de um jogador do Leixões, no Estádio do Mar, em jogo que também empatamos? E o golo mal anulado (e expulsão perdoada a jogador do Setúbal) contra o Setúbal na Luz, que também empatamos? E o célebre golo contra o Nacional, que só Pedro Henriques achou que não foi, e que nos impediu de ganhar?
O alegre coro dos “inocentes” faz-me lembrar aquelas histórias de miúdos. Um deles, mais manhoso e mais sabichão nestas coisas das jogadas rasteiras, atira a pedra, parte o vidro, esconde a mão e diz, em alta voz: “Não fui eu, foi aquele menino”. O futebol português, coitado, está cheio de telhados de vidro, partidos e sempre pelos mesmos. Ai agora não gostam!!?? Como dizia um conhecido responsável político: Habituem-se!
23
Set08

Paços de Ferreira – Benfica

Miguel Álvares Ribeiro

 
Num campo tradicionalmente difícil, um bom resultado num jogo que, para nós, começou muito bem mas acabou de forma muito sofrida.
 
Como é habitual nos campos em que o Benfica joga, uma boa moldura humana.
 
Equipa um pouco diferente do que seria de esperar, prometendo um jogo de muita entrega e luta. Para além da esperada estreia da dupla de centrais Sidnei/Miguel Vítor, a surpresa da entrada de Jorge Ribeiro para o lugar de Léo. No meio campo a meia surpresa da inclusão de Rúben Amorim no lugar de Di Maria ou Urreta (que nem se equipou).
 
Dois golos extraordinários, o primeiro e o último do Benfica.
 
O primeiro é a exemplificação da beleza do futebol ao primeiro toque; passe extraordinário de Carlos Martins, no grande círculo, a desmarcar Reyes na esquerda, que faz um centro perfeito para a entrada fulgurante de Nuno Gomes. 3 toques e uma triangulação perfeita!
 
O nosso quarto golo foi um daqueles momentos de grande inspiração de um jogador. À entrada da área, sobre a esquerda, Jorge Ribeiro fez um extraordinário remate, pleno de intenção, com a bola descrever um arco e entrar mesmo junto ao poste oposto da baliza do Paços.
 
Em bom plano, com pormenores de grande qualidade, Nuno Gomes, Jorge Ribeiro e o trio do meio campo ofensivo - Carlos Martins, Ruben Amorim e Reyes (apesar daquele falhanço que permitiu o primeiro golo ao Paços; que pena não ter marcado o que seria mais um golão, no remate de primeira que fez a passe de Ruben Amorim).
 
A defesa, a começar em Quim, oscilou entre o bom e o medíocre. Mais 3 golos sofridos em lances de bola parada!
 
Abaixo do habitual esteve Yebda, muito trabalhador mas pouco eficiente no passe e na transição para o ataque, e Cardozo, que parece estar a passar ao lado do início da época.
 
Preocupante a dificuldade que demonstramos nos momentos em que adquirimos vantagem no marcador e, portanto, poderíamos explorar a necessidade do adversário de abrir o jogo . A falta de capacidade de reter e circular a bola nestes instantes é algo de inexplicável.
 
Como ainda recentemente dizia um treinador adversário, é nestes jogos que se ganham os campeonatos. A equipa demonstrou que está a crescer e que tem capacidade de sofrimento; além disso, com Suazo e Aimar vai ganhar muito em capacidade de retenção da bola e de organização de jogo.
 
Já estamos em igualdade pontual com o Porto (tal como eu previa, não vai ser fácil ganhar em Vila do Conde). Para um período perfeito ganhamos ao Sporting no próximo fim de semana, e ficamos a 1 ponto, e passados mais uns dias eliminamos o Nápoles para aceder à fase de grupos da Taça UEFA.
 
Depois ninguém nos segura!!
 
06
Jul08

A Hora da Verdade !

António de Souza-Cardoso

 

 

 

O País acordou ontem estupefacto com mais um episódio pouco edificante da nossa justiça desportiva.

De há muito que os portugueses se interrogavam sobre o porquê desta estranha delonga do Conselho de Justiça, em decidir dos recursos do Presidente do Porto e do Boavista, no âmbito do conhecido processo do “apito final”.

Percebemos agora que nem todos os membros do Conselho de Justiça pareciam estar com muita vontade de decidir.

Já durante a semana a Assembleia Geral da Liga que, também surpreendentemente, continua a ser presidida por Valentim Loureiro, analisara o artigo 51º e o agravamento das penas relativas à corrupção no futebol. Os suspeitos de corrupção, outra vez surpreendentemente, também votaram … Adivinhem como?

Seria, com a devidas distâncias, muito parecido com pôr arguidos criminais a votar eventuais alterações ao código de processo penal, numa comissão presidida por um deles.

 Agora temos o, ainda surpreendente, caso do Advogado Gonçalves Pereira, Presidente do Conselho de Justiça da Federação. O Vereador da Câmara de Gondomar, presidida por Valentim Loureiro, que defendeu valorosamente as redes do clube da terra que, já agora, esteve na origem de todo o processo Apito Final, depois de dizer que não tomaria posição neste caso, sustenta agora, surpreendentemente, ter todas as condições de isenção para deliberar e exercer o seu voto de qualidade neste Órgão a que passou a presidir depois de algumas, surpreendentes, peripécias.

Mais ainda, decide unilateral (e, outra vez, surpreendentemente) afastar um dos vogais da deliberação em causa por, vejam lá, entender que este não tinha condições de isenção para deliberar (!!!). Como o dito vogal e seus parceiros do Conselho não foram na coisa e até propuseram a instauração de um processo disciplinar que afastasse o próprio Presidente, então deu rápida e surpreendentemente por terminada a reunião e escapuliu-se com o vice-presidente pela sala fora…

Não estaria certamente a contar que os restantes cinco membros do Conselho de Justiça continuassem a reunião e deliberassem, por unanimidade, não aceitar os recursos de Pinto da Costa e do Boavista, confirmando as penas dadas pelo Conselho de Disciplina da Liga.

E com isto fazendo cair também o, mais que surpreendente, expediente usado pela SAD do Porto de aproveitar o recurso do seu Presidente, com o claro propósito de lançar na UEFA aquela ínfima dúvida (ou, melhor dificuldade) necessária para que esta nada decidisse, antes do pronunciamento definitivo da justiça desportiva portuguesa.

Resta ainda dizer que à luz do direito não há nenhum vício formal nesta decisão unânime dos 5 membros do Conselho de Justiça que, no exercício regular das suas competências, se limitaram a confirmar que houve corrupção consumada, sobre a forma tentada, do Presidente do F.C Porto.

A única dúvida que agora persiste é se a UEFA aplicará ao FC Porto a sanção que já havia decidido pelos motivos agora confirmados, com efeitos a partir desta época ou só o fará para evitar turbulências com efeitos a partir da próxima época.

No meio da surpreendente trapalhada, com um desesperado Gonçalves Pereira a apregoar a nulidade das deliberações (não se sabe bem porquê?), assistimos ao ainda surpreendente (ou talvez não..), silêncio dos Presidentes da Federação e da Liga.

Apesar de todas as “surpreendências”  tenhamos confiança naquela sabedoria popular que nos diz que a verdade, como o azeite, vem sempre ao de cima …

 

António de Souza-Cardoso

PS: Isto foi apenas um pequeno interlúdio na necessidade que continuamos a ter de “Jogar à Bola”. Vamos a isso!

 

 

 

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