O Último a Chorar...
Sou, sempre fui, um admirador do futebol de Cristian Rodriguez. Acho mesmo que depois de Óscar Cardoso esta foi provavelmente a melhor contratação do Benfica da época passada. É um jogador jovem, mas com uma maturidade e um empenho em jogo que surpreendem pela positiva.
Como qualquer jogador com a sua juventude, a que está ainda por fazer é a formação da personalidade - o carácter que cedo ou tarde, o poderá transformar num jogador completo reconhecido e recordado por todos ou, pelo contrário, lembrado apenas com a comiseração dos que ficaram aquém das suas aptidões naturais – recordam-se de Victor Baptista ou, mais recentemente, de Mário Jardel?
Julgo que Cristian Rodriguez obteve do Benfica total reconhecimento pelos seus méritos e especial atenção pela sua continuidade no clube. Se assim não fosse não lhe teria sido oferecido o melhor salário de todos os jogadores que hoje integram o plantel do Benfica. A solução que a seu tempo tudo teria resolvido, foi liminarmente afastada pelo Benfica por implicar ilegalidades intoleráveis do foro criminal que, a serem verdade, em nada abonam em relação aos representantes de Rodriguez (diz-me com quem andas….).
Cristian Rodriguez garantiu por duas vezes a Rui Costa que continuaria no Benfica. Desmentiu, aliás reiteradamente, o intolerável assédio do Dragão.
Curiosamente o Presidente (ainda?)da SAD portista deu publicamente, há pouco mais de um mês, a sua palavra de honra de que o jogador jamais representaria o Clube.
Da honra ou da palavra do Presidente portista conhecemos nós abundantes exemplos – talvez interessem a quem estuda judicialmente a sua conduta (?).
De Cristian Rodriguez ficamos a conhecer agora.
Com pena para quem, como eu, o admirava como jogador. Com alívio para quem, como nós, percebe agora a falta de firmeza do seu carácter.
Com todas estas declinações da palavra, da honra e do carácter (de “Cebola” e do Clube que agora o contrata), o tempo dirá quem vai chorar em último lugar…
António de Souza-Cardoso