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Novo Benfica

Novo Benfica

06
Set09

A calma mas feliz semana Benfiquista

Miguel Álvares Ribeiro

 

 

 

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Esta foi uma semana feliz para nós, adeptos do Benfica. Depois do grande jogo que fizemos frente ao Vitória de Setúbal, já aqui amplamente comentado pelo José Esteves de Aguiar, tivemos a meio da semana um jogo para a CNE Cup, no Canadá, contra o Celtic de Glasgow.

 

Neste jogo o Benfica começou com uma equipa de suplentes “enriquecida” com Shaffer, Javi Garcia e Di Maria. Entraram ainda, no decorrer da 2ª parte, David Luiz, Saviola e Rúben Amorim. Apesar disso, foi capaz de oferecer um espectáculo muito interessante.

 

O Benfica ganhou com toda a justiça, sendo justo destacar as exibições de Di Maria e de David Luiz. Gostei também muito de ver alguns juniores que não conhecia bem, especialmente Nelson Oliveira, Ruben Pinto e Roderick.

 

O que vi deste “miúdos” deve fazer-nos estar mais descansados pois há ali matéria prima de qualidade para qualquer eventualidade.

 

Hoje o Benfica venceu o Belenenses na final da Supertaça de futsal. O resultado final de 1-0 diz quase tudo sobre o equilíbrio existente nesta partida, mas o génio de Ricardinho desequilibrou a balança a nosso favor.

 

 

P.S. – A Selecção empatou ontem contra a Dinamarca em mais um jogo da fase de qualificação para a África do Sul 2010. Pelo que fizemos (sobretudo na primeira parte) merecíamos ter ganho o jogo, mas a sorte não esteve do nosso lado. Na única vez que remataram à baliza na primeira parte, os dinamarqueses (com a “colaboração” de Duda e Bruno Alves) marcaram o 1-0. Infelizmente há dias assim.

 

Apesar de tudo isso a imprensa mantém uma enorme cordialidade com Queiroz, incompreensível quando se recorda a sanha com que perseguia Scolari que, com essencialmente os mesmos jogadores (apenas Costinha Figo e Pauleta estão indisponíveis) nos levou ao 4º lugar no Mundial de 2006.

 

Pois, mas isso certamente deve-se a Scolari ter o anátema de ter perdido contra a Grécia, o que fez com que apenas fossemos vice-campeões Europeus em vez de juntarmos mais um título Europeu aos muitos de que dispomos.

 

No futebol português paga-se caro não ter certas bençãos.

 

 

21
Out08

As pequenas dificuldades ...

Miguel Álvares Ribeiro

 

O Benfica tem na 5ª feira um importante jogo contra o Hertha de Berlim, onde se começa a discutir o apuramento para a fase seguinte da Taça UEFA. Nesta fase todos os jogos são importantes, mas este é-o particularmente por ser o primeiro, com todo o entusiasmo que um bom resultado traz em termos anímicos, e por irmos defrontar um dos principais adversários na corrida pela qualificação, em sua casa.
 
Curiosamente não estou preocupado com esse jogo, onde estou certo de que faremos uma boa exibição e que traremos um resultado muito positivo para encararmos a qualificação com tranquilidade.
 
O que me está a preocupar mais é o jogo com a Naval no fim de semana, para o Campeonato…
 
De facto, o Benfica já provou que tem uma excelente equipa, capaz de lutar de igual para igual com as grandes equipas, mas tem demonstrado uma grande dificuldade em assumir a sua superioridade perante equipas mais fracas.
 
Bem sei que a maior parte destas equipas joga contra o Benfica como se fosse o jogo da vida delas, mas o Benfica tem que ser capaz de impor a sua melhor equipa e obter resultados. Parece-me que a principal preocupação de Quique neste momento deve ser a de conseguir que o Benfica assuma, sem rodeios, a sua superioridade perante estas equipas e jogue deliberadamente ao ataque. Além disso, em alguns campos será necessário repetir jogos como o de Paços de Ferreira, com a capacidade de sofrimento, entrega e empenho até ao último minuto.
 
Eu acredito muito no trabalho de toda a equipa técnica do Benfica, que já mostrou ser capaz de construir uma equipa ganhadora, a jogar bom futebol. Falta transmitir-lhes a confiança de que são capazes de ganhar todos os jogos, mas de que têm de trabalhar desde o primeiro ao último minuto para o fazer.
 
Força Benfica!
 
 
 
PS – Ainda o comando técnico da Selecção.
 
Apesar dos resultados e exibições miseráveis que coleccionou nos últimos jogos, Carlos Queirós tem recebido declarações de compreensão e mesmo de apoio generalizadas de todos os sectores, começando na Imprensa e acabando em Pinto da Costa.
 
O contraste não podia ser mais gritante com o que vinha acontecendo com Scolari, que recebia sistematicamente críticas muito negativas, talvez porque teve o desplante de ser apenas vice-campeão da Europa, e de nos tirar o prazer de fazer contas aos milagres necessários para nos apurarmos para todas as grandes competições em que a Selecção esteve envolvida sob o seu comando.
 
Estas declarações de “apoio” a Carlos Queirós por parte da maioria dos membros do sistema vêm pôr a nu o incómodo que sentiam perante Scolari: ousou desafiar o sistema e fazer da Selecção uma equipa sem clubes, onde a influência dos poderosos do sistema não se fazia sentir. Esta foi, para mim, a grande revolução que ele conseguiu no comando da Selecção, mas que também acabaria por o fragilizar.
 
Já estão a estender a mão a Queirós e isto tem certamente um preço… espero que ele não se deixe levar por este “canto de sereia” e saiba manter o estado de coisas que herdou de Scolari.

 

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