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Novo Benfica

Novo Benfica

13
Jan09

Falha do sistema?

Miguel Álvares Ribeiro

Afinal o sistema está bem vivo e, com uma inesperada unanimidade, clama a uma só voz contra uma falha inesperada. Então não é suposto que o Benfica seja sempre prejudicado? Como é possível que um árbitro se atreva a não prejudicar claramente o Benfica?

 

Quando os árbitros erram contra o Benfica isso nem é notícia, é o que se espera deles … já o contrário, por tão inesperado e raro, dá direito a manchetes em todos os noticiários, primeiras páginas em todos os jornais, declarações inflamadas dos mais diversos agentes desportivos, etc …

 

Quanto ao Presidente e adeptos do Braga eu consigo compreender a sua indignação, pois ainda um par de semanas antes o Nacional (um concorrente directo do Braga na conquista de um lugar na Europa) havia sido claramente beneficiado no Estádio da Luz, pelo que, de acordo com uma já larga tradição, o Braga não esperaria menos.

 

Há não muito tempo Luís Filipe Vieira foi castigado com dois meses de suspensão pela Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) por "ter prestado declarações consideradas de tom irónico, sarcástico e insinuador, que puseram em causa a imparcialidade, seriedade e rigor do CJ da FPF".

 

Este castigo foi praticamente duplicado por, "com prévia autorização do delegado da LPFP e do árbitro da partida, LFV se apresentar no balneário da equipa de arbitragem com o propósito único de apresentar um pedido formal de desculpas à equipa de arbitragem".

 

Esta foi uma das primeiras falhas graves do sistema, pois a suspensão aplicada a LFV apenas o ajudou a encontrar o registo certo em que se deve apresentar o Presidente do Benfica.

 

Estou certo de que nem o Presidente nem o  treinador do Braga, nem sequer o presidente da mesa da  Assembleia Geral da FPF, terão qualquer destes problemas com a justiça desportiva, pois não foram irónicos, sarcásticos ou insinuadores, nem pretenderam apresentar qualquer tipo de desculpas, apenas vieram a terreiro alertar para o facto de que o sistema parece começar a apresentar falhas.

 

13
Dez08

Outra Vez O Benfica e o Norte!

António de Souza-Cardoso

 

Hoje é dia de Taça. De Festa, portanto, no sentido mais pictórico e mais popular, porque reúne na mesma competição, grandes e pequenos - a “Liga dos primeiros” e a “Liga dos últimos”, os eleitos e os enjeitados.

Não é este o caso, naquele jogo que reúne todas as atenções e reclama, por isso, todos os comentários.

E não é esse o caso porque, quando o campeonato já não é uma criança, são precisamente os dois primeiros que se defrontam.

E se o Benfica está felizmente habituado a estas “altitudes” o Leixões não está.

Mas a verdade é que todos reconhecerão que o lugar que ocupa não é já meramente circunstancial ou adventício. Porque ganhou no Dragão. Porque ganhou em Alvalade. Porque para usar as habituais mnemónicas, vingará o Natal na mesma posição de grande destaque e, provavelmente, com os objectivos de toda a época plenamente cumpridos.

Tenho um carinho especial pelo Leixões e a isto não deve ser estranho o facto de ter vivido mais de 25 anos na bonita “praia” de Leça da Palmeira, no Concelho de Matosinhos.

Fiquei por isso “entranhado” de Mar e partilhei muitas vezes com muito entusiasmo o fervor destes homens pela sua terra e pelo seu clube. Aprendi a admirar os “bebés” e a perceber que a um Clube de Futebol não basta ter a excelente formação (e predestinação) que o Leixões tinha. Falta algo mais, ligado á influência, ao poder e ao poder do dinheiro que não é e, infelizmente nunca será, próprio das terras pequenas.

A minha ligação natural ao Leixões, clube da terra onde mais tempo vivi, e ao Braga, clube da terra onde nasci, talvez tenham condicionado a minhas opções clubísticas.

Porque o Braga e o Leixões, ambos garbosamente vestidos de vermelho e branco, ambos oriundos de terras pequenas, viviam por oposição ao centralismo regional exercido (então e agora) pelo Futebol Clube do Porto.

Mas mais do que este sentimento de “oposição” ao poder hegemónico mais próximo, a verdade é que o que determinou que desde cedo me tornasse apaixonadamente Benfiquista foi a natural vontade que todos temos de vencer.

E na minha infância o Benfica ganhava tudo, ou quase tudo.

E eu não deixava de “vingar” o genuíno carinho que nutria e nutro pelos clubes das terras onde nasci e onde mais tempo vivi, por me identificar com o grande Clube de Portugal. O que ganhava tudo, mesmo ao poder “hegemónico” regional que o Futebol Clube do Porto representava e representa.

Eu e uma boa parte dos matosinhenses e dos bracarenses do meu tempo.

E não digo do meu tempo inocentemente. Porque este sentimento geral se foi desvanecendo á medida que o Benfica deixou de ser indiscutível. Á medida em que o Benfica foi deixando de ser o principal campeão.

E, talvez por isso, o maior sentido de urgência dos nortenhos benfiquistas em verem o seu clube vencer, em ter um clube de superioridade indiscutível em Portugal e no Mundo.

Entendam desta forma a nossa inquietação e a motivação principal que eu pessoalmente tive em entrar no projecto “Novo Benfica”. Não quero deixar de contribuir, da forma modesta que sei, a ajudar a recuperar este Benfica campeão que, na minha infância, “contaminou” Portugal.

Hoje eu, apesar de ainda estar entranhado de Mar, fico á espera outra vez que esse Mar Português se aquiete, com a força do Benfica que é também a força do Portugal antigo que, outrora venceu e glorificou o Mar.

Hoje recordarei a minha infância em Matosinhos quando vi, muito miúdo, o Rei Eusébio marcar no Estádio do Mar um livre impossível. E, já nessa altura, um árbitro impossível anulou o golo por não ter ainda apitado para a marcação. Eusébio, esse jogador impossível, fez novamente o impossível, marcando, da mesma forma impossível aquele golo impossível. Não foi a mão e Deus foi mesmo o pé de Eusébio que consumou, em festa, aquele milagre.

E o impossível aconteceu. O Estádio do Mar (ou boa parte dele) levantou-se de transbordante entusiasmo, vergado aos pés de tanta impossibilidade e de tão grande magia.

Hoje, tal como há uma semana nos Barreiros, vamos ganhar e vamos outra vez recuperar a infância de muitos nortenhos (de Braga, de Matosinhos, de tantas outras terras pequenas) que não têm que ser do Chelsea ou do Barcelona, porque vão ter outra vez em Portugal o melhor Clube do Mundo.

 

António de Souza-Cardoso

 

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