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Novo Benfica

Novo Benfica

14
Jul08

Um sinal chamado Aimar

Pedro Fonseca

Nem sei por onde começar. Se por comentar as palavras dessa caricatura de pessoa apelidada de “Cebola”; se pela entrevista de Quique Flores à TVI; se pelo aceso debate a que temos assistido, deliciados, neste blogue – e ainda bem que assim é, porque o “Novo Benfica” é um espaço incontornável do benfiquismo opinativo.

 

Peço desculpa se vos vou escandalizar, mas sabem sobre o que é que me apetece mesmo escrever? Sobre a mais que provável contratação de Pablo Aimar, El Mago, um dos mais fabulosos números 10 do Mundo. E sabem o que é que isso significa? Que o Benfica, apesar da míngua de resultados desportivos, apesar de todos criticarem a gestão desportiva dos últimos anos, apesar de, até ver, estarmos fora da Liga dos Campeões, apesar de andarmos numa travessia do deserto que parece nunca mais acabar – o Benfica, dizia eu, é credível, é respeitado, tem solidez financeira para se abalançar a um negócio desta envergadura.
Quantos clubes no Mundo, repito, quantos clubes no Mundo teriam a capacidade de se reerguer do abismo? Quantos clubes teriam dentro de si a força, a mística, a determinação para uma vez afogados numa crise diabólica, durante o mandato de João Vale e Azevedo, com tudo o que era poder no futebol português, desde a Federação, à Liga, à Olivedesportos, a muita comunicação social, à esmagadora maioria dos clubes, contra si, se tivessem levantado quase do nada, quase do zero, para construir um estádio fabuloso, palco da final do Euro 2004, um centro de estágio exemplar, 2 pavilhões soberbos (outros ainda não os têm)? E isto para não falar do renascimento de muitas modalidades que voltaram a encontrar o caminho dos títulos: andebol, voleibol – o basquetebol e o hóquei vão lá chegar. E o futebol, claro, também lá chegou 11 anos depois. É pouco? Para o Benfica é sempre pouco, felizmente.
Podemos e devemos ser críticos. Não podemos e não devemos esquecer este trabalho gigantesco. O MEU AMIGO Bruno Carvalho tem todo o direito (era o que mais faltava que não tivesse) para lembrar os anos em que ficamos em 3º, em 4º e também (é verdade Bruno), em 6º. Como eu tenho todo o direito em lembrar que quando batemos no fundo, apareceram benfiquistas disponíveis para nos retirar de lá.
Entre esses benfiquistas disponíveis não esqueço Manuel Vilarinho. Nem esqueço o abraço entre Manuel Vilarinho e Eusébio no último dia de campanha para as eleições de 2000. Vilarinho ganhou, mas a sua gestão desportiva esteve longe de agradar (lembram-se de Mourinho?). Recuso-me, porém, a criticar um homem e um benfiquista da envergadura de Manuel Vilarinho.
Destaco a sua nobreza e a sua dignidade ao apenas cumprir um mandato e passar o testemunho, democraticamente, a Luís Filipe Vieira, cuja candidatura a presidente apoiou. Qualquer benfiquista digno tem de agradecer a Vieira o renascimento do Benfica. Teve falhas na gestão desportiva? Sem dúvida, como todos os outros que o antecederam. Como as teve Jorge de Brito, Damásio (nem se fala!), Fernando Martins (lembram-se de Chalana?), mesmo os “grandes”, como Joaquim Ferreira Bogalho, Fezas Vital ou Maurício Vieira de Brito.
Aqueles que defendem a estabilidade de um plantel como forma de melhor se chegar ao título, também devem defender a estabilidade directiva de um clube. A união e a solidariedade em torno da Direcção, do director desportivo, do treinador e do plantel é essencial para se atingir aquilo que é o desejo de todos os benfiquistas: o título de campeão. A contratação de Pablo Aimar é um sinal de que o clube tem um rumo bem definido e está no caminho certo.
 

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