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Novo Benfica

Novo Benfica

06
Mar11

Outra vez Carlos Xistra!

António de Souza-Cardoso

O Benfica pode ter comprometido decididamente o campeonato. Mas a última jornada prova bem a diferença de critérios. O Porto marcou em casa do Guimarães um golo inédito que até duas bolas em campo tinha.

 

O Benfica perdeu por um expulsão iniqua de Javi Garvia, com uma falta ao contrário que acabou por estar na origem de um golo onde Roberto volta a ser mal batido.

E com um golo limpo, mal anulado a Jara!

 

 Nem falo do cartão outra vez inédito a Luisão que o impede de jogar contra o Portimonense. Tudo isto serão coincidências. Infelizmente acho que não.

 

Tenho pena que tenha sido assim, porque a verdade é que o Porto tem feito um campeonato também inédito com apenas 4 pontos perdidos.

Não tenho dúvidas em dizer que o Benfica foi, na maioria da época, melhor do que o Porto.

 

Claro que também estamos a pagar o facto de sermos a única equipa ainda nas 4 frentes. A gestão fisica é dificil. Tenho dúvidas se apostamos bem em sacrificar Salvio e Nico Gaitan E como, infelizmente, o empate não era suficiente tivemos que arriscar com um Alan Kardec que tarda em segurar o lugar.

 

Existem muitas explicações para esta decisiva derrota, mas a primeira de todas pelos dois lances decisivos de que já falei, foi Carlos Xistra e os seus auxiliares. E isso é que é verdadeiramente lamentável!

 

Provavelmente o Porto não precisava disto, mas a verdade é que voltamos a esta insustentável situação de os campeonatos se resolverem por razões que estão para além do desempenho das equipas.

 

Acho bem, porque também sou assim, que a atitude seja continuar a lutar em todas as frentes. Esperando que mais ninguém venha a interferir com tanta injustiça naquilo que podem ser as glórias que ainda estão reservadas ao Benfica para esta época.

 

 

António de Souza-Cardoso  

 

21
Fev11

Continuamos Vivos!

António de Souza-Cardoso

Depois da exibição monumental de Guimarães, a provar a ressurreição do Benfica e a forma como tão bem superou o doloroso "apagão" do inicio de época, veio o Estugarda, uma equipa forte, fisica e tecnicamente, de escala e dimensão europeia, apesar do mau desempenho no campeonato.

Até por isso os alemães agarraram-se animicamente ao que lhes restava - a Liga Europa e deram na Luz e que tinham para dar.

 

O Benfica da primeira parte acusou a saida forçada de Saviola - Jara não é a mesma coisa, ou melhor, não é para a mesma coisa.

A menor inspiração de Salvio e a menos boa elasticidade e rapidez de Sidnei (que grande partida em Guimarães), ocasionaram um primeiro tempo sem o fulgor e a consistência das partidas anteriores.

 

Jesus aproveitou o descanso e o balneário para reabilitar a equipa e o Benfica apareceu revigorado para uma segunda parte de luxo onde só a manifesta falta de fortuna (e um árbitro tendencioso e impreciso) fizeram com que não resolvesse a eliminatória na Luz.

Grande exibição dos laterais - Maxi Pereira e Fábio Coentrão. Muito bem Javi Garcia (inesgotável energia) , Pablo Aimar (sublime virtuosismo) e Oscar Cardozo que no momento certo voltou a ser decisivo.

 

O Benfica provou que é, claramente, a equipa em Portugal a jogar melhor futebol. Quem viu a seguir o Sevilha-Porto, percebeu bem a diferença de desempenho e de fortuna.

 

A verdade é que continuamos vivos, para quem já nos tinha enterrado esta época.

Hoje virá o Sporting, a jogar no seu terreno e moralizado pelo bom desempenho europeu.

 

É mais uma final. Mas o Benfica paulatinamente tem vencido todas as finais.

 

E com Saviola no onze, a coisa "pia ainda mais fino"....

 

Vamos Benfica!

 

António de Souza-Cardoso

 

PS: O Novo Benfica irá contar proximamente com novos colaboradores. Prestes a chegar ao 750.000 visitantes o Blog, apesar de alguns poucos (mas com muitos nomes) que o tentam denegrir continua, como o nosso Benfica, vivo e de boa saúde.

Com a mesma independencia e pluralidade que nos juntou. E, principalmente, com o mesmo resistente e transbordante amor ao Benfica. É por isso e só por isso que aqui estamos e é também por isso que, por mais que alguns ladrem, a caravana do Novo Benfica continuará alegremente a passar.

 

06
Fev11

Vingados e Ressuscitados!

António de Souza-Cardoso

Em primeiro lugar, as minhas desculpas pela ausência prolongada ligada a poblemas de saúde.

Na passada quarta-feita fui com o meu Filho ao Dragão. Tinhamos lá estado também na 1ª volta do campeonato.

Tinha a certeza que não íamos viver o mesmo filme. E a esperança  de que, desta vez, o pesadelo passasse para o lado do Porto.

 

A minha preocupação apesar da ausência de Falcão era uma menor velocidade no eixo da defesa e a impossibilidade de Jesus poder contar com Carlos Martins, em boa forma.

 

Quando o jogo começou aliviei. O Benfica voltava à atitude do ano passado. Pressão alta, nunca desistindo de um bola e com excelentes transições da defesa para o ataque. Luisão estava imperial e Sidnei pareceu-me sereno (não o do Porto que não me pareceu solução) e com outra maturidade e arrojo.Coentrão e Maxi estavam, cada um no seu género, um poço de energia. Javi Garcia fazia a diferença e quando preciso, dava à defesa a elasticidade que pode ter sido perdida com a saida de David Luiz. Peixoto surpreendentemente eficaz nesta nova posição.Nico Gaitan esteve especialmente empenhado, ele que às vezes parece adormecer no jogo. Sálvio discreto, mas muito bem a defender. Oscar Cardozo muito batalhador e Saviola sempre irrequieto, sempre a criar dores de cabeça ao adversário. Finalmente, Júlio César, até faz esquecer Roberto. Julgo até que o Benfica pode jogar serenamente com qualquer dos seus 3 guarda-redes.

 

Quando Coentrão marcou o golo, representou naquele lance a recuperação da atitude do passado. Quem não acreditasse, quem não insistisse, quem se acomodasse, não marcaria aquele golo, pleno de crer, de presistência e de sacrificio.

 

O Porto encolheu, ainda abananado com este novo Benfica e, para além de um lance desperdiçado no centro da área por James Rodriguez, não se viram grandes oportunidades do lider do campeonato.

 

O Benfica chegaria ao segundo num golo portentoso de Javi Garcia, um dos mais úteis e assombrosos jogadores do Benfica.

O jogo ficaria marcado por uma expulsão absurda de Coentrão. 

O Benfica teve que corrigir e passar a defender mais a trás.

E a boa noticia foi a consistência defensiva que não deu hipoteses a um Porto já sem ligação e coerência de jogo.

A verdade é que o Benfica esteve mais perto do 3 a 0 do que o Porto de marcar, com o estrondoso remate de Óscar Cardozo que Helton defendeu, pleno de instinto e de ... fortuna.

 

Sai do Dragão de alma lavada, sentindo-me vingado da última vez que lá estive.

Mas mais do que vingado senti-me esperançado no futuro. Julgo que nada ainda está perdido. Temos que manter a mesma atitude de esforço, de humildade e de vontade de vencer.

Temos ainda muito para ganhar, nomeadamente ao Porto com quem ainda jogaremos duas vezes em nossa Casa.

 

Salvé este grande regresso do Novo Benfica que Jesus .... ressuscitou!

 

 

António de Souza-Cardoso  

 

PS: Julgo que David Luiz merece uma palavra de homenagem e de gratidão. Pela entrega e dedicação que sempre devotou ao Clube de quem disse (e eu acredito) que permanecerá para sempre no seu coração. Bem hajas David Luiz!

03
Jan11

Salvé, Salvio!

António de Souza-Cardoso

O fim de semana ficou marcado pelo fim da invencibilidade.

 

E se qualquer equipa tem ao longo da época melhores e piores momentos, este Porto já tinha, titubeado com o Paços Ferreira,  levado ao colo com o Setúbal e previa-se que, cedo ou tarde, iria baquear.

Veremos como continua a reagir, sabendo que tem um treinador auspicioso mas que ainda não experimetou estar na mó de baixo, e já reagiu com excesso de nervosismo em outros momentos mais periclitantes.

 

Estou convencido que até os portistas estão convencidos que não podem dormir à sombra dos 8 pontos de vantagem.

Até porque sentem, nas últimas exibições do Benfica um crescendo de forma que parece fazer querer que se invertem os ciclos entre os dois Clubes.

 

O futuro a Deus pertence e acho que o meu Benfica tem que pensar em Si próprio e meter na cabeça que já perdeu o que tinha para perder e deixou de ter margem para se dar ao luxo de ter outra baixa de forma.

 

Claro que o Porto vai outra vez dizer que a Taça da Liga é de segunda e que não conta e etc, etc. Acho que vamos ter que os deixar ganhar um destes próximos anos, só para ver onde metem o discurso...

 

A verdade é que se o Nacional jogar como jogou no Dragão não deixará escapar a liderança do seu grupo e a passagem às meias finais.

 

O Benfica, ao contrário, jogou bem.

Entregou-se como tem feito nos últimos jogos. Jesus não para quieto, outra vez.

E isso é bom sinal. É assim que se vai  (re)construindo uma equipa. 

Veremos como sai Fernandez - tenho sempre receio de demasiadas alterações a meio da época..

A boa noticia é que Gaitan e, principalmente Sálvio, começam a justificar as suas contratações.

 Julgo que Kardec, não substitui com vantagem Oscar Cardozo. Mas Jara, dá uma dinâmica ao ataque diferente que, num modelo de jogo menos ancorado num ponta de lança fixo, parece poder resultar.

 

Enfim, espero que este Novo Ano nos devolva, para alegria de todos, o mesmo Benfica que foi campeão.

 

Porque o Porto mostrou que ainda vamos a tempo.

 

 

23
Dez10

O Mercado de Inverno

António de Souza-Cardoso

Sempre desconfiei do mercado de Inverno.

 

Quem a ele recorre é quem normalmente não planeou bem, no momento oportuno.

E tenta a meio do caminho fazer aquilo que não foi capaz de fazer no momento mais tranquilo e seguro da preparação da própria equipa.

 

Sou por isso sempre desconfiado das compras de inverno, feitas normalmente para aliviar a pressão da massa associativa e tentar desesperadamente recuperar o tempo perdido.

Ao contrário acho que é um bom momento para vender, aproveitando o desnorte e o desespero dos outros.

 

No Benfica acho que existem jogadores com uma menor motivação que poderiam ser vendidos se o negócio fosse de oportunidade.

Mas o que verdadeiramente acho, é que o Benfica só deveria comprar boas oportunidades e não entrar em devaneios, à espera de um qualquer milagre.

 

Julgo até, como disse no Post anterior que o problema do Benfica começa a resolver-se pelo lado da atitude e do empenho da equipe técnica e dos jogadores.

Jesus tem nesta quadra que lhe é dedicada a oportunidade de se decidir por um modelo de jogo e apostar numa equipe base que ganhe as rotinas necessários a dois meses decisivos que são os de Janeiro e Fevereiro.

 

Julgo que só está perdido o que já se perdeu (a Supertaça e a Liga dos Campeões).

O resto, tudo o resto (que ainda é muito)deve fazer parte da ambição deste Benfica.

 

Deste e não de um outro Benfica que resulte da habitualmente falsa expectativa de um Milagre de Natal.

 

António de Souza-Cardoso 

15
Dez10

Benfica à Benfica!

António de Souza-Cardoso

No último jogo da Taça contra o Braga o Benfica jogou... à Benfica.

 

Com os mesmos jogadores (mais coisa, menos coisa) que nos diminuiram a todos, em jogos tão decisivos (e desonrosos) como os que tivemos no Dragão ou em Israel, no campo do modesto Appoel.

E com o mesmissimo treinador.

Que disse (provavelmente bem) que a equipa é praticamente a mesma daquela que nos deslumbrou a todos no ano passado.

Daquela que deu ao Benfica a estima que deve ter.Não de 5 em 5 anos. Mas sempre.

 

Pelo menos na ambição.

No trabalho.

Na dedicação.

No rigor.

Na atitude.

 

A prova de que a questão é bem mais de atitude do que qualquer outra coisa, foi dada no jogo com o Braga. Tivemos saudades deste Benfica.

Porque os jogadores sentiram de novo o valor da camisola que vestem.

E tiveram atitude. Jogando, bem ou menos bem, mas sempre até à exaustão.

Porque o treinador percebeu que o tempo de deslumbramento já não é Seu.

E berrou, gesticulou, saltou e correu o tempo todo, inconformado, como no ano passado, com qualquer resultado.

 

No fim, porque foi assim, ganhamos. A uma equipa briosa de enorme competência e dedicação, como é o Sporting de Braga.

 

Julgo que se nos mantivermos assim, a jogar à Benfica, ainda teremos esta época muitas alegrias.

Tudo menos desistir. Tudo menos satifazermo-nos com o que não faz parte de nós. Que é ser segundo, terceiro, ou... último.

 

A nossa atitude ditará o nossa condição e a nossa glória.

Mesmo que no fim, depois da exaustão, não sejamos os primeiros.

 

Viva o Benfica!

 

António de Souza-Cardoso

09
Dez10

Sem Dinheiro, sem Coroa e sem Glória!

António de Souza-Cardoso

O Benfica saiu da Champions sem dinheiro, coroa ou glória.

 

Apesar de nos terem prometido uma equipa de dimensão europeia, a verdade é que o Benfica num grupo acessivel, não conseguiu seguir em frente e, pior do que isso, só por fortuna e mérito de outros segue para a Liga Europa, sendo que nem cabeça de série conseguiu ser, ao contrário do estreante Sporting de Braga que também conseguiu arrecadar mais dinheiro que o Benfica na chamada Liga Milionária.

 

Pior do que tudo isto que compromete em muito a estratégia expansionista da SAD do Benfica, é que não vemos na equipa o ânimo e a atitude que nos fez Campeões há apenas um ano.

 

Onde está aquela vontade de ganhar o jogo logo nos primeiros minutos?

Onde está aquela sofreguidão de golos e de vitórias?

Onde está aquela entrega e aquele inconformismo?

Onde está aquela alegria, quase juvenil, de jogar á bola?

 

Seguramente que tudo isto não foi embora nos "bolsos" de Ramires e de Di Maria.

Julgo que houve deslumbramento e, pior ainda, relaxamento.

De todos, a começar pelo treinador Jorge Jesus que ainda não conseguiu dar um perfil, um rumo, uma disciplina e uma atitude à sua nova (velha?) equipa.

Não sei quem manda no Benfica, como muito bem dizia o meu querido Amigo e companheiro neste Blog, José Esteves de Aguiar. Nunca sabemos quando o tempo não corre de feição.

Mas sabemos o que somos. E o que somos é felizmente maior do que a nossa circunstância.

 

Ouvi Rui Costa dizer que ninguém nos arreda da vontade de sermos campeões.

E isto sim é uma boa frase. De exigência e responsabilidade perante os atletas e os dirigentes. De ambição e de alerta perante os adversários.

 

Assim deveríamos ser sempre.

Claro que quando estamos por baixo, nos respeitam menos. Veja-se a arbitragem de Elmano Santos para percebermos o alcance desta frase.

 

Mas somos nós quem tem que fazer pela vida.

E arrepiar do caminho que este ano trilhamos mal.

Para voltarmos a sonhar e a ter amanhã a grandeza, a coroa e a glória que estão reservados aos que hoje são Campeões

 

 

António de Souza-Cardoso

 

 

03
Dez10

O Exemplo de Coentrão

António de Souza-Cardoso

Fábio Coentrão é nortenho. Das Caxinas que, para quem não conhece, é uma aldeia de pescadores que separava Vila do Conde da Póvoa do Varzim.

Caxinas já ofereceu ao futebol português outros jogadores de destaque como André e Paulinho Santos.

 

A vida difícil dos “cachineiros” ligada essencialmente à economia do Mar, vinca o carácter lutador e abnegado dos seus autóctones.

Assim tem sido Fábio Coentrão. A dar tudo o que tem. Com aquela raça e humildade de quem está no relvado mas podia estar no Mar, na faina do peixe.

 

Fábio é nortenho e português e um lutador daqueles que contagiam os companheiros e fazem falta a qualquer equipa.

O Benfica de hoje, precisa muito da sua atitude e do seu vigor. No campo, claro, mas também no balneário para que o exemplo frutifique e “pegue de estaca”.

 

Fábio Coentrão, com Cristiano Ronaldo e Eduardo foram os 3 jogadores portugueses nomeados pela UEFA para a equipa do ano.

 

O único português a jogar (ainda) em Portugal!

 

Talvez valesse a pena voltar a olhar para estes exemplos, para o que resta de portugueses na equipa e na formação do Benfica e reflectir bem sobre o caminho que queremos seguir.

 

O Benfica quando está menos bem tem alguns, incompreensíveis, deficits de responsabilidade e de protagonismo. Infelizmente, em tempo de bonança todos reclamam os louros mas quando vem a borrasca ninguém aguenta com a fava.

 

Julgo, no entanto, que este é um tempo de união e de reencontro do Benfica com a sua vocação de vencer.

E isso deve ser feito, em torno dos valores e dos exemplos maiores do nosso Clube

.

Como este que nos é dado, directamente das Caxinas, por Fábio Coentrão.

 

Bem Hajas!

 

António de Souza-Cardoso

 

25
Nov10

Parar para Pensar

António de Souza-Cardoso

Depois do "estado de choque" interno veio o estado de choque europeu com o Benfica a ser goledo pelo modesto Hapoel de Telavive e, com isso, eliminado da fabulosa "Champions".

 

Não tivemos sorte é verdade. Dominamos um jogo em que fomos goleados, também é.

Mas temos que saber reflectir porque é que em duas semanas sofremos duas goleadas tão decisivas para o nosso desempenho interno e europeu.

 

Não temos a mesma equipa. Não tanto porque sairam 2 elementos mas porque "têm" que jogar as novas aquisições e, dizem, há jogadores com baixa motivação no Clube.

Ontem jogamos com 5 novos jogadores: Roberto, Gaitan, Sálvio, Kardec e Jara. E se é certo que são boas promessas é mais certo ainda que não têm a maturidade necessária para os jogos decisivos.

Não vou falar do passado recente de Roberto, mas não pude deixar de pensar quando Jorge Jesus abandonou o losango apostando em Gaintan e Sálvio para os extremos, a falta que fez o jogo profuso, inteligente e maduro de Nuno Gomes. Como teria substituido bem a imaturidade (prometedora, é certo) de Alain Kardec.

 

O Benfica tem de parar para pensar. Para recolocar objectivos, para recuperar psicologicamente os jogadores. Para voltar a animá-los da chama imensa que os fez campeões.

Isso faz-se com trabalho e humildade.

Mas também com ambição. Só não é possivel o que a matemática impede.

Por isso não prosseguiremos na Champions, mas Deus (não Jesus) nos livre de não ir à Liga Europa e de não termos a ambição de a ganhar.

Por isso perdemos a SuperTaça, mas Deus (não Jesus) nos livre de desistirmos antecipadamente do Campeonato ou de qualquer outra competição.

 

Acho que o Benfica tem que se recuperar e para isso, por cima do fato de gala de campeão tem agora que voltar a vestir o fato macaco do trabalho e da humildade que lhe deu tantos frutos o ano passado.

 

Viva o Benfica!

 

 

António de Souza-Cardoso

 

16
Nov10

O segredo de se Chamar.... Nuno Gomes

António de Souza-Cardoso

Depois do "Estado de Choque" o Benfica precisava de um impulso positivo.

 

E apesar da Naval ser lanterna vermelha a verdade é que nunca tivemos facilidades contra esta aguerrida equipa da Figueira da Foz e, para além da ausência importante de Óscar Cardoso, tínhamos as restantes mazelas do Dragão, com a indisponibilidade de Carlos Martins (que grande campeonato tem feito), Maxi Pereira e Luisão.

 

O jogo, ao contrário de outros, correu-nos bem. A Naval resolveu jogar e isso ajudou o Benfica que no modelo hibrido de jogo por onde tem variado desde a pré temporada, tem dificuldade em jogar com equipas demasiados fechadas atrás.

E o Benfica jogou bem. A começar por Roberto que começa a fazer defesas daquelas que poucos guarda-redes fazem - as que justificam o preço que custou.

 

Destaque também para Pablo Aimar - que grande jogo, enchendo o campo e só não marcando por manifesta falta de fortuna. Até Sálvio - que grandes pés, só precisa de tempo este jogador de equipe que me parece render mais encostado á direita. Até Nico Gaitan, finalmente liberto, a marcar dois golos de antologia.

 

Mas o momento certo para o Benfica, para a águia ferida na asa naquela pavorosa noite do dragão, estava reservada para os últimos minutos.

 

O Benfica é mistica e por isso vive e precisa dela. E quando Jorge Jesus (a lesão de Kardec ajudou, para não falar na de Cardozo) mandou aquecer Nuno Gomes, sentiu-se no Estádio da Luz aquele calor, aquela emoção que só sobressaem nos Clubes verdadeiramente grandes.

 

Nuno Gomes entrou nos últimos minutos de jogo. E vê-lo com aquela tempera e vontade de lutar que sempre teve, já foi um sinal.

O gaulês guarda-redes da Naval que até ali tinha sido o melhor jogador adversário em campo, não contava com tamanha determinação.

 

E por isso falhou naquele momento mágico em que Nuno Gomes se superou, tirando-lhe a bola  e ganhando força ainda para a empurrar para além do sonho.

 

Depois ergueu os braços ao Céu. Julgo que para agradecer e aplaudir o apoio de entes muito queridos.

 

E este fervor, esta emoção, passaram-lhe para o rosto e contagiaram-nos a todos.

 

E lembraram-nos que o Benfica precisa disso - da dedicação incondicional e da liderança que Nuno Gomes continua a demonstrar (veja-se a reacção de todos os jogadores).

 

É neste Benfica que é passado, presente e futuro, mas que preza os seus valores maiores, as suas memórias e os seus icones que me revejo.

 

Obrigado Nuno Gomes!

 

António de Souza-Cardoso

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