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Novo Benfica

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27
Jul09

DOIS HOMENS, UM DESTINO

Pedro Fonseca

Há cerca de um ano, Jorge Jesus esteve para entrar no Benfica pela mão de Luís Filipe Vieira. Vicissitudes naturais do mundo do futebol fizeram com que o Benfica se virasse para outro lado, tendo a escolha recaído na terceira opção (neste caso, quarta) para treinador principal da equipa de futebol, depois de não terem sido bem sucedidas as abordagens a Eriksson e a Carlos Queiroz. Veio Quique Flores, com os resultados que se conhecem.

 

É curioso agora verificar que a vida também não corre de feição aos outros dois nomes equacionados. Eriksson está num clube da quarta divisão inglesa; Queiroz vive momentos difíceis à frente da Selecção Nacional.
Na cabeça de Vieira, Jesus ficou sempre como a primeira opção para o que desse e viesse. O Presidente do Benfica sabia o que queria e o então treinador do Sporting de Braga continuava a merecer a sua confiança.
Depois de uma época desportiva desastrosa, Vieira tinha pela frente a conjuntura, provavelmente, mais difícil da sua Presidência. O último campeonato estava a 5 anos de distância; os investimentos em novos jogadores estavam longe de surtir efeito; no horizonte aparecia um complicado período eleitoral.
Seria eleitoralmente mais eficaz apostar num treinador estrangeiro de nome sonante e palpitante, mas Vieira não foi por aí, recusando o caminho mais fácil para a sua reeleição. Contrariando aqueles que o acusam de “não perceber de futebol” (seja lá o que isso quer dizer), Luís Filipe Vieira apostou no homem que ele sabia, há muito, ser o treinador certo e ideal para comandar o Benfica.
Aqueles que elegem a teimosia como a característica mais vincada da personalidade de Vieira têm aqui um exemplo de como essa teimosia foi uma inequívoca marca de qualidade para a defesa dos interesses do Sport Lisboa e Benfica.
Finalmente, chegou Jesus, pela mão de Luís Filipe Vieira. Dois homens da mesma cepa lideram os destinos do Benfica. Entre os dois há aquilo que se pode chamar uma “empatia genética”. Vieram de baixo até ao topo. São perfis bem portugueses, de “self made men”. Nenhum deles nasceu em berço de ouro. Falam claro, sem rodriguinhos nem figuras de estilo.
Um e outro são líderes “à Benfica”. O futebol dá muitas voltas e é sujeito a muitas imponderabilidades, mas a dupla Vieira/Jesus tem tudo para dar certo. O Presidente do Benfica sabe que joga uma cartada final e decisiva. Jogou todas as fichas em Jesus.
Um treinador português com o perfil de Jorge Jesus nunca seria consensual no universo benfiquista, mas Vieira seguiu o seu instinto e decidiu. Com o Presidente do Benfica, as decisões nunca servem para agradar a gregos e troianos, mas para servir o Benfica.
Até ver, Jesus já conquistou tudo e todos. Vieira tem razões para estar feliz. A aposta tem sido coroada de sucesso. A época é, contudo, longa e os perigos vários. Certo é que para estes dois homens, o destino é comum: Ganhar!

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