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Novo Benfica

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10
Jul09

Eleições

António de Souza-Cardoso

Eleições no Benfica (2006)

Prometi dizer, com a abertura e frontalidade de sempre, a minha opinião sobre o acto eleitoral da passada semana. Não o fiz antes (como alguns reclamaram) porque nunca o fiz antes. Faço os meus posts uma vez por semana (e sabe Deus) e sou mais ou menos pronto (a vida não é sempre a mesma) a publicar e responder aos comentários dos nossos estimados leitores.

Este preliminar tem a ver com algumas críticas que nos chegaram sobre o “silêncio” do Blog no momento eleitoral. É claro que este silêncio não representa outra coisa senão o nosso voluntarismo (ou se preferirem amadorismo). Funcionamos da mesma forma como sempre funcionamos sem prejuízo de, como os restantes benfiquistas termos vido com a mesma intensidade este momento importante porque o Clube passou.

Vamos à análise prometida:

Julgo que temos que separar 2 questões principais:

A primeira tem a ver com as questões de legitimidade levantadas e que deram origem à decisão do Tribunal de suspender a lista A.

Não sei se o assunto terá novos desenvolvimentos, mas a verdade é que essa decisão existiu baseada na aceitação da fundamentação geral da providência cautelar interposta.

Decidiu o então Presidente da Assembleia Geral do Benfica, com a parcialidade que ele nem sequer trata de esconder (julgo que se “está cagando”) não respeitar a decisão do tribunal e avançar para o acto eleitoral, com as duas Listas consideradas regulares.

Para a pretérita demissão dos órgãos sociais, os serviços jurídicos multiplicaram-se em arranjar explicações arrevesadas, sublinhando a diferença entre iniciativas pessoais e colectivas, entre actos executivos ou deliberações sociais.

O Presidente do Clube aproveitou, julgo que ardilosamente, para “incendiar” os ânimos. Afinal ninguém gosta (nem eu) que um tribunal mande em sua própria casa. Afinal ninguém fica contente (nem eu) com uma vitória eleitoral, “arrancada” na secretaria.

Para culminar a questão a Imprensa, prefiro pensar que por má preparação técnica, confundiu no dia da eleição a multa a dois requerimentos interpostos com a decisão sobre a substância da providência cautelar (como se ela fosse possível). Parecia que Bruno Carvalho até no tribunal tinha perdido.

Tudo isto não foi bom para o Benfica porque o tempo curto que existia para reflectir o clube, esfumou-se neste ambiente de pequena guerrilha que não permitiu uma análise serena sobre as razões que diminuem o nosso passado recente e os tónicos de mudança exigidos para ganhar de imediato o futuro.

Depois vem a segunda questão: O acto eleitoral propriamente dito. Julgo que os nºs são reveladores da inequívoca vontade de uma esmagadora maioria de Benfiquistas.

Parece-me, no entanto, que o voto dos Benfiquistas foi mais de recusa a Bruno Carvalho, não pelas suas ideias mas pelo caminho jurídico que escolheu, do que de entusiasmada aceitação a Luis Filipe Vieira.

Num ou noutro caso, julgo que na hora de lavar os cestos, não vale a pena outra coisa que não unir a Família Benfiquista em torno do muito mais que a une que é vontade de garantir um Benfica Campeão.

Eu continuarei a achar que este Presidente, que merece reconhecimento pela credibilização do Clube, pelo Estádio, o relançamento da marca, etc, etc, nada percebe de gestão desportiva e não fará do Benfica o Campeão que todos queremos.

Mas agora que se prepara a nova época vou voltar a pedir a Deus que eu esteja completamente enganado e que o meu Benfica, o nosso Benfica (Novo ou Velho) ganhe tudo o que há para ganhar.

 

António de Souza-Cardoso

  

 

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