Ainda as eleições
As eleições para os órgãos sociais foram, do meu ponto de vista, mais uma oportunidade perdida no Benfica. Não se discutiu o clube, não se fez nenhum planeamento do futuro do Benfica, não se conseguiu sequer que os candidatos tivessem uma posição construtiva de engrandecimento do clube.
Faz-me particular confusão que o Presidente do Benfica possa ser eleito sem apresentar o programa de acção para o mandato e sem apresentar a sua visão do que deve ser o Benfica daqui a 3 anos, quando o seu mandato estiver concluído. Sem estes dados, quanto ao percurso que se pretende seguir e ao objectivo que se pretende atingir, não compreendo como é que alguém pode, em consciência, apoiar e/ou votar numa lista.
Ambos os candidatos tiveram, por várias vezes, a hipótese de adoptar posições conciliadoras e construtivas em torno do futuro do Benfica e, no entanto, ambos optaram por uma estratégia muito mais centrada no seu umbigo do que na discussão dos verdadeiros problemas do Benfica e na procura das possíveis soluções. A forma como os candidatos se trataram mutuamente, com acusações permanentes, chegando a descer mesmo ao nível do insulto, conseguiu sobretudo que se diminuissem a si próprios.
A clara desinformação que os staffs das campanhas promoveram e que a imprensa, ávida de sangue no Benfica, difundiu largamente, não só não ajudou como inviabilizou mesmo o tão necessário debate de ideias, além de acicatar os ânimos entre benfiquistas. Aqui, aproveito para me retractar da crítica que fiz a Manuel Vilarinho, na sua posição de presidente da mesa da Assembleia Geral, pois a desinformação geral não me permite ter certezas e, portanto, emitir o juízo que fiz no meu último post.
Apesar de tudo o que fica atrás dito, o Presidente do Benfica – o meu Presidente – foi eleito com o voto claro dos sócios, pelo que todos esperamos que seja muito bem sucedido neste seu mandato. O seu sucesso será também o sucesso do Benfica, que é o que todos mais desejamos.
VIVA O BENFICA!