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Novo Benfica

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21
Mai09

Tudo Bons Rapazes!

António de Souza-Cardoso

Julgo que os benfiquistas que viram o jogo com o Braga que começou com a triste motivação do lugar no Pódio, tiveram como eu a mesma repetida sensação de alguns (infelizmente poucos) jogos desta época:

- Porque é que não jogamos sempre assim?

Temos teorizado muito sobre as opções, esta época, de Quique Flores e sobre os seus “pecados capitais”. Mas sinceramente, para além de alguns pecadilhos veniais, acho que o único verdadeiro pecado mortal do Espanhol foi não ter conseguido impor metodologias, procedimentos, autoridade que prevalecessem sobre o deficit de organização e responsabilidade que grassa no Benfica.

De facto, também eu gostava do Léo, mas reconheço que tinha a idade que tinha e que era bem melhor a atacar - que é o que a malta gosta, do que a defender – que é a função principal que deveria exercer.

Também eu sou apologista de 2 avançados – de preferência Cardozo e Nuno Gomes, mas não sei de quem foi a responsabilidade (nunca se sabe no Benfica) da contratação de Suazo e vi jogos de encantar do hondurenho (aquele com o Nápoles, por exemplo) em que ele esticava a equipe e justificava amplamente a aposta do treinador.

Julgo que houve jogadores em posições artificiais (David Luis, Ruben Amorim,  Pablo Aimar) mas a verdade é que equipe vinha desequilibrada desde o inicio, com jogadores a mais para certas posições (cheguei a temer que tivéssemos dois jogadores com a camisola 10) e jogadores a menos para outras (os laterais são disso exemplo gritante – julgo que não temos nenhum lateral de raiz!!).

E, também aqui, ninguém sabe de quem foi a responsabilidade.

Sabemos, isso sim, de quem não foi.

Não foi da equipe de gestão do Benfica (financeira, jurídica, etc) constituída por destacados sportinguistas e portistas, que têm estado entretidos com outras lutas (?) de grande produtividade e excepcional  retorno para o Benfica.

Não foi do Senhor Presidente do Benfica que, coitado, não marca golos, nem defende penalties, nem tem qualquer responsabilidade na gestão desportiva. Não é como aqueles clubes de bairro, como o actual tetracampeão, em que o Presidente mete o nariz em tudo (até, efectivamente, no que não deve).

Terá sido de Rui Costa? O Presidente trata o Rui como nós tratamos Santa Bárbara. Só se lembra dele quando chove que é como quem diz, quando lhe dá jeito.

Bom, como fica tudo a assobiar para o ar, o mais fácil é virarmo-nos para o espanhol e acharmos que o Benfica é como o vento e o casamento – não se dá com os espanhóis. Com Camacho não foi também assim. E o Presidente até era amigo dele…

E pronto, continuamos alegremente a disputar o terceiro degrau do pódio ou as primeiras eliminatórias daquelas taças pequeninas disputadas por clubes que não sabemos bem pronunciar os nomes.

Porque afinal ninguém sabe, ninguém estava lá, ninguém tem culpa ou responsabilidade. Os Directores e gestores do Benfica estão a tratar de coisas muito mais importantes para um clube desportivo, como a Fundação, do centro de estágios, do Benfica TV, a reformulação da Mística, os azulejos dos sanitários, a gastroenterite da Vitória e tanta, tanta coisa que faz o Benfica verdadeiramente grande.

 

No fundo, somos todos bons rapazes que, como alguns fidalgotes, fazemos lembrar os tubérculos:

Tudo o que temos de bom está enterrado!

 

António de Souza-Cardoso

 

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