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Novo Benfica

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28
Fev09

O BENFICA GLOBAL, DE NOVO GANHADOR

Pedro Fonseca

Este é provavelmente o momento mais difícil porque passo aqui neste blogue. Difícil porque tenho de responder a um companheiro de blogue; difícil porque esse companheiro foi aquele que me convidou a participar neste blogue; e difícil ainda porque corro um risco sério – responder à pessoa e não aos seus argumentos.

Conheço o Bruno Carvalho há (relativamente) pouco tempo, mas é como se o conhecesse há décadas. Penso dele hoje o mesmo que pensei quando me foi apresentado por amigo comum; aqui está um homem que pensa pela sua cabeça e não tem medo de exprimir as suas opiniões.

Dito isto (e podia dizer muito mais) mudo a agulha para lhe responder ao seu post “Um Benfica Global, mas medíocre”, em si mesmo uma resposta ao meu “O Benfica Global”. Começo por lhe agradecer a honra de uma réplica a um texto que se outro mérito não tem, tem pelo menos um: o que escrevi sobre o Benfica Global é a minha opinião, que não alieno, nem altero ao sabor das conveniências e das circunstâncias.

Como o Bruno, prezo-me de sempre ter pensado pela minha cabeça e de, também como ele, não ter medo da crítica, nem da divergência. Julgo mesmo que a divergência, saudável, é a alma deste blogue.

Afinal o que é este Benfica, que apelidei de Benfica Global? É o Benfica de sempre, de todos e para todos. É o Benfica de Eusébio, claro, mas antes era já o Benfica de Nicolau. É o Benfica de Carlos Lisboa, sem dúvida, mas também o de Livramento e Ramalhete e Luís Ferreira. É o Benfica de Vanessa e de Nélson Évora e de Telma Monteiro, como o foi de António Leitão. E podia ficar aqui a encher ecrãs e ecrãs de computador com todos os nomes gloriosos que me vêm à memória.

Quem olha só, ou principalmente, para o futebol, é benfiquista claro, mas está apenas a ver uma parte do Benfica. O futebol é a alma e o coração do Glorioso, nenhuma dúvida, mas ainda me recordo de ficar emocionado com um título de campeão de basquetebol, no velhinho pavilhão Borges Coutinho a deitar por fora, e a multidão eufórica a cantar “Cheira bem, cheira a Lisboa”.

Ainda me lembro de ficar de lágrimas nos olhos quando não conseguíamos cumprir o sonho de sermos campeões europeus de hóquei patins e caíamos aos pés do Barcelona, do Réus ou do Voltregá.

Ainda me lembro de vibrar com esse mago dos ringues chamado Panchito Velasquez, um símbolo do Benfica, como Ricardinho, agora. Ainda me lembro dos “cestos” mágicos a saírem das mãos de Jean Jacques e do saudoso Mike Plowden, infringindo derrotas históricas ao Real Madrid, à Joventud Badalona ou ao Bologna. É este o meu Benfica. É este o Benfica que amo.

Sou tão benfiquista como o benfiquista que aprecia mais o hóquei do que o futebol, ou que gosta mais de andebol do que de basquetebol, ou que agora está delirante com as nossas performances no futsal.

É por isso que o Benfica é Global e que nenhum clube do Mundo se lhe compara.

 

Post - Scriptum: Por motivos técnicos, fui obrigado a dividir o meu texto em dois. A segunda parte está logo a seguir.

 

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