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Out08
Contra o "sistema" ganhar, ganhar...
Pedro Fonseca
Este fim-de-semana, o futebol português fez um regresso ao passado. Um regresso aos velhos tempos do Apito Dourado, do Apito Final, e afins. Se são para ficar ou não, os próximos tempos vão-nos dar a resposta.
Pensavam que o “sistema” tinha acabado? Pensavam que os “rostos” desse mesmo “sistema” estavam moralmente mortos ou moribundos e sem qualquer capacidade de reacção? Pobres ingénuos.
Não é com palavras de circunstância ou com meros formalismos legais, que se desmonta uma complexa teia de interesses, cumplicidades e promiscuidades. O “sistema” estrebucha ainda, e de que maneira.
No sábado, no estádio do FC Porto, Paulo Batista,o árbitro de Portalegre, foi o porta-voz e o porta-estandarte desse poder ainda forte, vigoroso e estabelecido. Desde muito cedo disse ao que vinha. Duas entradas a “matar” de Rodriguez, logo no início do jogo, sobre um jogador do Leixões passaram impunes.
O que se seguiu dava para envergonhar muita gente, mas infelizmente é pouca a gente do futebol ainda com carácter para se envergonhar, a maioria já perdeu a vergonha toda.
O golo anulado ao Leixões é o exemplo acabado de que os vermes continuam a andar por aí, sentem-se e sabem-se impunes. E, aqui e agora, eu quero saudar as bravas gentes de Matosinhos e os generosos e corajosos adeptos do Leixões.
Gente do mar, gente de carácter e gente simples, que se sentiu roubada e vilipendiada. Mas nunca vergada. Eu quero, e comigo os milhões de benfiquistas, juntar a minha indignação à indignação de milhares de leixonenses.
Não fossem os jogadores do Leixões da mesma têmpera dos seus adeptos – bravos e corajosos – e mesmo contra todas as indignidades souberam ir buscar a vitória como quem vai buscar o alimento ao alto mar, e o futebol português teria assistido, sábado à noite, no estádio do FC Porto, a um dos maiores escândalos do nosso futebol.
Não contente com isto, o “sistema” voltou à carga, ontem na Luz. Rui Costa, o árbitro do Porto, fez tudo, mas tudo, para prejudicar o Benfica e, assim, atenuar um pouco o “desastre” de sábado.
O penálti que ninguém viu, marcado por Paulo Batista contra o Leixões, no estádio do FC Porto, e o penálti que toda a gente viu não marcado por Rui Costa no estádio da Luz, contra a Naval, são todo um compêndio de como o “sistema” funciona e actua.
E por isso, quero desde já lançar um aviso à navegação. Estão redondamente enganados os dirigentes do Benfica se pensam que é com palavras e discursos diplomáticos que se consegue acabar com este estado de coisas.
Os senhores do “sistema” têm de perceber que o Benfica não está distraído, que está atento e vigilante e, por isso, há que começar a utilizar a linguagem dura, a linguagem da verdade, a linguagem de quem não esmorecerá enquanto a credibilidade e a transparência não regressarem de vez ao futebol português. Porque quem não deve não teme.
Post-Scriptum 1 – Na verdade foi um fim-de-semana infausto para os arautos da desgraça e para os vermes do “sistema”. Dentro das quatro linhas, foi o que se viu. Fora das quatro linhas, o Benfica provou, mais uma vez, que está bem e recomenda-se: apresentou resultados líquidos positivos pelo segundo ano consecutivo e conseguiu, ainda, reduzir substancialmente o seu passivo. Com os principais clubes portugueses, como FC Porto e Sporting, a acumularem prejuízos astronómicos, cuja crise internacional mais irá agravar, o Benfica, clube e SAD, apresenta uma saúde financeira invejável, em mais um reflexo da correcta estratégia traçada pela gestão de Luís Filipe Vieira.
Post-Scriptum 2 – Aproxima-se cada vez mais o dia do grande jantar (7 de Novembro), do Novo Benfica. Todos os benfiquistas podem e devem inscrever-se através do email novobenficajantar@gmail.com. Ao longo dos próximos dias vamos revelando as muitas surpresas que estão a ser preparadas. Inscreva-se!