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Novo Benfica

Novo Benfica

14
Ago08

LIGA IBÉRICA

Bruno Carvalho

 

 
Muito se tem falado do facto da equipa do Benfica ter uma personalidade vincadamente espanhola para a temporada que se avizinha.
 
Muitos têm criticado esse facto.
 
No entanto, pessoalmente, parece-me algo absolutamente normal e gostava mesmo de avançar uma proposta que julgo que muito poderia beneficiar o futebol português e especialmente o Benfica, uma vez que a marca Benfica é, de facto, de uma dimensão e força incomparáveis no cenário do desporto nacional.
 
Penso que seria hora de pensarmos avançar para uma Liga Ibérica.
 
Eu vou propor um modelo, mas admito que poderá haver soluções melhores.
 
Assim, poderia formar-se uma primeira divisão com 20 equipas: 15 espanholas e 5 portuguesas e uma segunda divisão com base no mesmo critério. As equipas que jogassem as Ligas Ibéricas não jogariam qualquer campeonato nacional.
 
Em cada época baixariam as 4 equipas piores classificadas de cada Liga. Os 4 primeiros da 2ª Liga Ibérica subiriam à 1ª Liga por troca com as 4 equipas que descessem.
 
Da 2ª Liga desceriam igualmente 4 equipas. Para ver quem subiria à 2ª Liga Ibérica far-se-ia uma eliminatória entre os 4 primeiros classificados do campeonato português e os 4 primeiros do campeonato espanhol. O 1º classificado português jogaria uma eliminatória a 2 mãos com o 4º classificado do campeonato espanhol, o 2º português jogaria com o 3º classificado espanhol, o 3º classificado português jogaria com o 2º espanhol e o 4º português jogaria com o 1º classificado espanhol. As 4 equipas vencedoras destas eliminatórias ascenderiam à 2ª Liga Ibérica.
 
Para a 1ª Liga Ibérica entrariam as equipas que tivessem o melhor palmarés dos últimos 5 anos nos respectivos países. Assim, das 5 equipas que representariam Portugal estariam seguramente o Benfica, Porto e Sporting.
 
Para assegurar que os campeonatos fossem efectivamente ibéricos e não houvesse a cedência à hegemonia futebolística de qualquer um dois países, ficava garantido à partida que a 1ª e 2ªs Ligas Ibéricas teriam de contar, cada uma delas, com um mínimo de 3 equipas portuguesas e 6 espanholas.
 
Continuaria a haver a Taça de Portugal e a Taça do Rei nos moldes como se disputam hoje, isto é, cada uma delas apenas com os clubes do seu próprio país.
 
Existiriam vantagens óbvias no modelo de competição que proponho:
 
1.      Vantagens Desportivas
 
De facto, o Benfica em vez de jogar apenas com o Porto e Sporting em cada época, passaria a defrontar também equipas como o Real Madrid, Barcelona, Valência, Atlético de Madrid, Sevilha, etc., já para não falar do Getafe, Espanhol ou Vila Real que nos ganharam todas recentemente. Quem não gostaria de ver jogos destes todas as semanas?
 
2.      Vantagens Financeiras
 
Para além das evidentes enchentes previsíveis que o Estádio da Luz veria com frequência, as receitas publicitárias e televisivas cresceriam exponencialmente. Um clube com uma massa associativa da dimensão da do Benfica e com o peso da sua marca rapidamente passaria a ter receitas para poder ter um dos melhores planteis da Europa. Não precisaríamos que alguns jovenzitos espanhóis viessem para cá dizer que o Benfica é igual ao Real Madrid quando todos sabemos que não é. Já imaginaram o Cristiano Ronaldo dizer que queria sair do Manchester United para o Benfica? Claro que o Benfica não é igual ao Real Madrid, mas, com o que proponho, poderia efectivamente vir a sê-lo em poucos anos
 
3. Competitividade Europeia
 
Ao disputar uma Liga tão competitiva como a Liga Ibérica, os clubes estariam integrados numa das mais competitivas ligas do mundo o que os conduziria inevitavelmente a uma grande capacidade europeia
 
4. Fim do sistema
 
Esta Liga Ibérica acabaria de vez com a podridão que se sente existir no futebol português. Não haveria mais subordinação a interesses instalados ou a caricaturas de órgãos de disciplina ou justiça.
 
 
Esta é a minha sugestão para mudar, de vez, o panorama do futebol nacional.
 
Penso desta forma todos sairiam a ganhar: teríamos mais e melhores espectáculos, teríamos ganhos exponenciais de receitas, poderíamos construir equipas verdadeiramente competitivas e de dimensão europeia, tudo isto num ambiente desportivo muito longe da suspeição em que hoje se vive em Portugal.
 
Provavelmente ninguém me dará ouvidos. Provavelmente muitos me ridicularizarão.
 
Mas quase todos, no seu íntimo, gostariam que aquilo que eu venho aqui propor se pudesse concretizar.
 
Mas sabem que mais?
 
Pode concretizar-se mesmo. É muito mais difícil aderir à União Europeia ou participar na construção de uma Moeda Única Europeia: o Euro.
 
Tudo isto só depende de nós e da visão dos nossos dirigentes desportivos.
 
A criação desta Liga poderia ser fortemente impulsionada pelo Presidente do Benfica.
 
Assim haja vontade e visão.
 
Eu, por mim, vou continuar a gozar as minhas férias.
 
Um abraço a todos.
 
 
Bruno Carvalho
 
 
PS: É claro que saber qual seria o comportamento desportivo do Benfica numa Liga Ibérica como a que proponho é outra discussão totalmente distinta.

 

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