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Novo Benfica

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29
Jul08

Nova Revolução no Balneário

Miguel Álvares Ribeiro

 

Confesso que sou um dos que, todos os anos, por esta altura, me encho de esperança e vou construindo o sonho da nova grande equipa do Benfica, que ganha tudo e nos encanta com o seu futebol espectacular. A nomeação de Rui Costa para gerir o futebol e a escolha do treinador foram motivo para voltar a acreditar que é desta!
 
Apesar disso as exibições nos jogos já efectuados deixaram-me muito apreensivo. Não por causa dos resultados, que em jogos de pré-temporada não são muito importantes, mas pelo pobre futebol apresentado e pelos graves erros defensivos cometidos.
 
Não se viu ainda uma equipa a jogar mas sim 11 jogadores dentro de campo sem uma ideia muito clara do que hão-de fazer se a bola lhes for ter aos pés. Continua a notar-se a falta de um jogador que pense o jogo atacante e a gritante necessidade de uma dupla de centrais de qualidade.
 
Bons apontamentos, por inesperados, apenas para Carlos Martins, Filipe Bastos e Nuno Assis. A confirmação, se é que era necessária, de que Luis Filipe e Edcarlos não têm qualidade para jogar no Benfica.
 
Depois de 3 semanas de treino e 3 jogos cheios de experiências, anuncia-se nova revolução no balneário, incluindo dispensas de alguns jogadores contratados ainda este ano e de algumas das maiores contratações da última época.
 
A integração de Moretto não me agrada, pois ainda me lembro da época desastrada que fez ao serviço do Benfica. A saída de Petit penso que não deve ser encarada como uma verdadeira dispensa mas sim uma oportunidade dada ao jogador, em fim de carreira, de fazer um excelente contrato. Temo que ainda nos venha a fazer falta… Diz-se que Quique está a pensar jogar só com um avançado e estaria disposto a manter Nuno Gomes e Mantorras e deixar sair Cardozo e Makukula! Eu não gosto muito de Nuno Gomes, mas sobretudo acho que não é jogador para uma equipa a jogar só com um avançado; poderia ser uma boa opção como segundo avançado, no apoio a um ponta de lança.
 
Num projecto desportivo é preciso apontar metas ambiciosas e prever um horizonte temporal razoável para as atingir. O papel de um director desportivo tem que ser o de manter o rumo mesmo se, pelas contingências do futebol, houver mudança no comando técnico da equipa. Não é possível continuar a investir milhões de euros em jogadores que são dispensados ao fim de poucos meses (alguns, segundo se afirma seria o caso de Jorge Ribeiro, nem chegam a fazer qualquer jogo oficial) à custa da venda dos melhores no auge do seu rendimento (ou pior deixando-os fugir, depois de valorizados, para equipas rivais).
 
Apesar de ser optimista por natureza, estou a desanimar muito cedo este ano. No próximo fim-de-semana o Benfica tem forçosamente que apresentar algo próximo do que espera de uma equipa perto do final da pré-temporada. Em princípio lá estarei para ver se é desta!
 
 

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