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Novo Benfica

Novo Benfica

23
Mai11

O "ANO ZERO" DE LUÍS FILIPE VIEIRA

Pedro Fonseca

O "ano zero" de Luís Filipe Vieira

Terminada a época desportiva é tempo de projectar a próxima época do Benfica. Para Luís Filipe Vieira, este é o seu "ano zero", aquele onde vai ter de se confrontar com uma verdadeira prova de fogo, depois de 10 anos de Benfica, 8 dos quais como Presidente.
Para Vieira chegou o momento da verdade. Não que não tenham existido épocas desportivas mais negras no passado, mas os benfiquistas pressentiam que Vieira tinha lançado mãos a uma obra hérculea, a de levantar o Benfica do chão depois dos tratos de polé de Vale e Azevedo.
A obra, cujo principal responsável é Vieira, aí está e deixou de poder ser utilizada como álibi para justificar os resultados desportivos. Acresce que, esta época foi má de mais. Os confrontos com o fc porto redundaram em derrotas humilhantes; a eliminação aos pés do Braga, na meia-final da Liga Europa é algo ainda inimaginável.
Vieira tem de recomeçar tudo de novo, com as eleições de Outubro de 2012 no horizonte. Começou bem, ao garantir Jesus para a próxima época e ao adoptar um discurso de auto-crítica e pacificador. Mas a divulgação dos nomes de Couceiro e, principalmente, Octávio Machado para um cargo que parece ser o de director-geral, não auguram nada de bom.
Vieira tem de se desmarcar rapidamente destes nomes, principalmente do de Octávio, cuja entrada na Luz já foi rejeitada em assembleia geral, no tempo de Artur Jorge. Octávio está ligada à pré-história do futebol português e os seus métodos não têm nada a ver com a cultura do Benfica.
A argúcia de Luís Filipe Vieira vai ser agora posta à prova. A forma como lidar com o "caso" Rui Costa; o nome que escolher para director-geral do futebol; ou a continuação de Coentrão (um jogador à volta do qual se tem de construir uma grande equipa) - vão marcar a época e a liderança de Luís Filipe Vieira.
O Presidente do Benfica já percebeu o erro histórico e estratégico cometido esta época com a insistência numa guerra de palavras com o fc porto. Ainda tem tempo e toda a margem de manobra para dar a volta por cima, mas não pode errar.
De uma forma mais ou menos detectável, as movimentações nos bastidores já vão agitando o universo benfiquista e Outubro de 2012 não vem longe.
 
Post-Scriptum: Com a simpatia que o caracteriza, o Ricardo Maia, assessor de imprensa do Benfica, chamou-me a atenção para o facto das eleições no Benfica ocorrerem em Outubro de 2012 e não Maio 2012 como inicialmente tinha escrito. Enviou-me os novos estatutos e confirmei que tal está estatuído no artª 88º.
Peço desculpa aos meus leitores pelo lapso. Julgo que tal se deveu ao facto de ainda ter presente que a alteração de Outubro para Maio foi uma das questões em cima da mesa durante os trabalhos de revisão dos estatutos.
Julgo, aliás, que fazia todo o sentido regressar ao tema. A antecipação das eleições para o final da época (Maio) seria benéfica para o clube, dado que não iria "agitar" o início da época 2012/2013. Se calhar esta questão ainda vai merecer debate...
15
Mai11

Voltar a Nascer!

António de Souza-Cardoso

O sonho de um Benfica  forte e campeão, de um Benfica de regresso à sua história e à sua grandeza, esfumou-se este ano por uma razão simples - o Clube não consolidou um modelo de gestão e de organização, capaz de criar uma cultura e atitude de exigência, de entrega e de humildade que envolvesse e agregasse todos os agentes, desde o simples roupeiro, ao Presidente da Direcção.

 

Gostava de dizer claramente, sem tibiezas e numa versão desapaixonada e fria que hoje, se a Marca, a Mistica e a Universalidade do Benfica (a sua massa associativa e simpatizante, a sua memória, a sua diáspora e e a sua história) se juntassem à organização e à gestão do F. C. do Porto, tinhamos como resultado um portentado só comparável a um Barcelona ou a um Manchester que, não por acaso, disputarão o titulo de Campeão europeu.

 

O último jogo com o Leiria é apenas um exemplo do desnorte e da desmotivação que atingiu a equipa, com dirigentes e treinadores ressacados de uma festa efémera, esquecendo-se de que havia uma equipa por (re)fazer (tinham saido Ramirez e Di Maria e, mais tarde, David Luiz) em termos fisicos e animicos.

 

Tal não ocorreu e o resultado está à vista.

 

Falar de corrupção ou conspirações é mero fanatismo. Embora me pareça que o Benfica se afastou das esferas de influencia e de

poder (que infelizmente existem e fazem parte do "jogo") e por isso tem sido prejudicado pelas arbitragens a verdade é que, como até Jorge Jesus reconheceu, não foi por isso que não fomos campeões. É que não podemos esquecer que ficamos a 21 pontos do Porto e fomos copiosamente derrotados pelos nossos rivais em tudo quanto foi decisivo.

 

O Benfica tem que voltar a nascer, com a humildade de quem recomeça, mas com a determinação de quem sabe que é maior e melhor.

 

Só precisamos de uma gestão e de uma organização diferentes. Com estes ou com outros protagonistas, mas certamente com outra ambição e outra responsabilidade.

 

 

06
Mai11

DE QUEM É A CULPA?

António de Souza-Cardoso

Estive ontem em Braga com o meu Filho e velhos Amigos (o Zé Esteves de Aguiar foi um deles).

 

Íamos, como habitualmente, de alma aquecida pela "chama imensa" que sentimos em sonhar com um Benfica europeu.

O jogo era contra o Braga - acessivel diria para o que estava em causa, depois de uma vitória na Luz. Julgo até que apenas nos bastaria marcar.

 

O resultado do jogo e a eliminação do Benfica, deixaram-nos muito tristes.

Mas a condição fisica e animica da equipa e a impotencia de se encontrarem alternativas para virar o resultado deixaram-nos próximos da indignação.

Porque o que estava em jogo era a dignidade do Clube.

Era o regresso a um patamar de que temos estado arredados há tantos anos.

Era a consolidação de um projecto que custou tanto a florescer e que afinal já voltou a murchar.

 

Onde está o tal Benfica Campeão?

Onde estão as promessas que nos fizeram de um Clube ao nivel da sua história e grandeza?

 

Tenho dito, desde que este Blog começou que o Benfica tem um problema de Organização. A gestão desportiva é feita por quem percebe pouco de futebol ou não tem o instinto, a firmeza e a coragem de que se fazem os grandes dirigentes. A comunicação e a gestão animica e motivacional são também determinantes.

Infelizmente o Benfica não tem tido este tipo de dirigentes.

Existe provavelmente boa vontade.

Mas com a maior marca global portuguesa deveríamos saber fazer melhor.

 

De quem é a culpa?

Um já a assumiu - Luis Filipe Vieira que pediu desculpa a todos nós. Evoluiu nos niveis de responsabilidade o que é bom. Agora já não se esconde dizendo que não marca golos nem defende penalties. Mas ao assumir a culpa tem que dizer o que vai fazer a seguir.

Para ganhar o perdão de todos os benfiquistas.

Para ganhar a confiança que precisamos.

 

Não sou como já disse muitas vezes dos que se escondem sempre em teorias das conspiração (que as há), em erros de terceiros (que os há também) e em festejos despropositados por segundos, terceiros ou quartos lugares.

Sou dos que reconhece que a minha geração de Benfiquistas - a dos últimos 30 anos, falhou. E falhou, principalmente, porque deixou de saber escolher bons dirigentes.

 

Fico à espera de perceber se existem mais culpados...

E o que farão para voltar a reunir a Familia Benfiquista à volta da grandeza de um Clube que na geração anterior só sabia ganhar.

02
Mai11

O BENFICA QUE SE PREPARA

Pedro Fonseca

Terceiras vias, movimentações e outras equações

Na passada semana, no rescaldo de dois resultados negros e historicamente inapagáveis, o jornal Record publicou 3 artigos em 3 dias consecutivos, de 3 articulistas permanentes do periódico.
A saga começou na terça-feira 26 de abril, com João Querido Manha (JQM) e o artigo intitulava-se, enigmaticamente, “Terceira Via”. O excerto mais significativo é este: “… o Benfica só terá êxito adoptando uma terceira via, a da afirmação positiva dos valores e da seriedade, sem tiques de superioridade pacóvia, mas também não serão indicadas para tão nobre fim as pessoas que têm sido batidas em toda a linha na opção pela confrontação aberta sob forma de uma intifada ridícula”.
No dia seguinte, João Gobern (JG), focalizando o seu artigo sobre Jorge Jesus, escreve, a dado passo: “… o Benfica sabe que, daqui até final, não dispõe de uma terceira via: ou quebra um jejum de 49 anos sem conquistas europeias ou aceita a sentença de uma época falhada, com tudo o que isso acarreta de sangue, suor e lágrimas para os próximos capítulos”.
Curiosamente, nem um nem outro falam em Luís Filipe Vieira (LFV). Foi o último articulista desta trilogia, Rui Santos (RS), que, no dia do Benfica – SC Braga, 1ª mão da meia-final da Liga Europa, em artigo intitulado “Correio encarnado”, dedicou todo o espaço ao Presidente do Benfica.
Nesta carta aberta, Rui Santos enaltece Vieira pela luta em defesa da verdade desportiva, mas critica-lhe aspectos da gestão desportiva e aspectos da gestão comunicacional. Para terminar dizendo, “… que esta foi a época em que, mesmo não ganhando o que almejava ganhar desportivamente, perdeu a oportunidade de marcar muitos pontos no dirigismo nacional, como alguém capaz de romper com o estilo “caceteiro” que vigora no futebol português. Não está tudo perdido, mas a verdade é que, num momento capital, perdeu-se. E essa foi, talvez, no meio de vitórias, a maior de todas as (suas) derrotas”.
Bom, posto isto, quatro reflexões:
1 – Nada disto são coincidências – começaram as movimentações com vista às próximas eleições no Benfica. É cedo? Ainda falta uma época? Sim, é verdade, mas um conselho a Luís Filipe Vieira: cautela e caldos de galinha…;
2 – RS tem razão. O capital de prestígio e de credibilidade que LFV granjeou não podia ter sido posto em causa por diatribes menores. LFV sabe bem que o que demora anos a construir pode ser destruído em segundos. O prestígio e a credibilidade estão intocáveis, mas não havia necessidade…;
3 – Aconteça o que acontecer esta época e na próxima, LFV vai ter pela frente uma “terceira via”. É uma expressão recuperada à política que significa “alguém que à última hora aparece em condições de fazer estragos”;
4 – Aliás, ao contrário do que aconteceu no passado, foi LFV que, recentemente, nos Açores, abriu a corrida eleitoral ao dar sinais claros de recandidatura, com o argumento de que há ainda projectos, como o Museu, que necessitam da sua presença.
O presidente do povo
É injusto, mas LFV sabe que o discurso da “obra feita” não vai chegar na próxima campanha. É certo que ainda tem o Museu para apresentar, mas, ao contrário das últimas campanhas, o futebol, a gestão e o sucesso desportivo vão marcar a próxima campanha.
E as duas derrotas com o fc porto na Luz – e o que se seguiu - são algo incontornável para o qual LFV tem de encontrar um bom argumentário. LFV parte à frente? Parte bem à frente. Porque semeou o benfiquismo como mais nenhum outro presidente do Benfica e isso é algo que nunca nenhum benfiquista esquecerá. Por isso o apelidei de “Presidente do Povo”. Porque o benfiquista anónimo, o benfiquista das “Casas do Benfica”, o benfiquista que faz todos os sacrifícios para estar presente nas bancadas da Luz, não é ingrato e não tem a memória curta. Sabe que nem tudo correu bem no futebol, sabe que LFV cometeu erros na gestão desportiva, mas lá no fundo sabe bem que o Benfica ainda precisa de LFV por mais anos. E porque, as alterações estatutárias colocam à partida fora da corrida nomes de potenciais candidatos como José Eduardo Moniz e Rui Costa – mas não é líquido que as movimentações que já começaram não passem por estes dois nomes.
Dois pontos fulcrais
1 – O Benfica precisa da vitória como de pão para a boca. Precisam os adeptos; o clube; Jorge Jesus e Luís Filipe Vieira. Uma vitória em Dublin contra o fc porto arruma de vez a questão presidencial. A não ocorrer uma próxima época completamente catastrófica, LFV tem a reeleição garantida, apareça quem aparecer;
2 – LFV precisa de traçar uma estratégia inteligente com vista às eleições para a FPF. Esta eleição é fundamental para a credibilidade e modernidade do futebol português. O Benfica precisa de se empenhar em apoiar e garantir a eleição de um nome acima de qualquer suspeita. Percebe-se o nome de Fernando Seara à luz do afastamento de um eventual candidato nas próximas eleições do clube. Mas não é o candidato ideal nem para o Benfica nem para o futebol português. É preciso alguém mais inovador e arejado, sem os “vícios” e a “experiência” de tantos anos de bastidores. É preciso alguém como Bagão Félix.
Última nota
A negociação dos direitos televisivos vai ser um dos temas mais delicados da vida do Benfica dos próximos tempos. Não só em questão das verbas que o Benfica legitimamente quer receber, como autêntica “galinha dos ovos de ouro” do futebol português, como em função da estratégia que LFV quer montar com vista a influenciar decisivamente a próxima liderança da FPF e as próximas eleições para o Benfica. Pragmático, sagaz e inteligente, LFV sabe que neste delicado “puzzle” há uma peça a ser tratada com pinças: a Olivedesportos.
01
Mai11

Ano de Má Gestão

António de Souza-Cardoso

O Benfica começou a época a gerir bem. A venda de Ramirez, Di Maria e, mais tarde David Luiz, apesar da saudade que deixam e da indiscutivel importância que tinham na equipa, é um acto de gestão indispensável a quem tem o passivo do Benfica.

O mesmo da compra de Salvio e Nico Gaitan, a compensaram aquele dia malévolo em que deixamos fugir Falcão.

Já não de Roberto que me parece ter altos e baixos que comprovam a sua imaturidade, maior para mim da de Júlio Cesar e, principalmente, da de Moreira. Para não falar do episódio serôdio que envolveu a saida de Quim.

 

Mas na primeira Taça que disputou contra o Porto, percebeu-se bem que equipa ainda estava de ressaca de uma festa de alguém que nos últimos anos, andava arredado dos festejos. e por isso se deslumbrou.

Depois foi o inicio de época desastroso no Campeonato, com arbitragens também desastrosas que quase condenaram a época à quinta jornada. Este periodo culminou com o vergonhoso 5 a 0 no Dragão.

 

A equipa acordou então e, a espaços, chegou a mostrar que bem poderia ser a melhor equipa portuguesa.

Entretanto na Europa sairamos sem honra da mitica Liga dos Campeões que Jesus (tal como Luis Filipe Vieira no passado) prometeram vencer.

A má gestão mais gritante foi a gestão fisica e psicológica da equipa: O Benfica começou a época cansado e acabou a época... também cansado.

Perdemos depois o Campeonato (já vamos a muitos pontos do Porto) e mais tarde a Taça de Portugal, em condições quase incompreensíveis perdendo uma vez mais com um Porto que, apesar de ajudado pelas arbitragens, mereceu vencer o campeonato.

 

Ganhamos depois, com pouca festa, a Taça da Liga, um troféu pequeno de mais para o Benfica.

 

E agora temos a Liga Europa.

 

Julgo, tal como Mourinho, que as finais não se jogam, ganham-se e nesta final (se o Benfica passar o Braga) não há má gestão que afecte o sonho dos jogadores ganharem este único jogo.

É essa a minha esperança e, julgo, que de todos os Benfiquistas.

E isso mostraria que apesar da má gestão, nos resta ainda defender a nossa grandeza.

 

Com a esperança e a convicção que temperaram o carácter de campeões que nunca poderemos perder! 

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