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Novo Benfica

Novo Benfica

30
Nov09

PORRA, SERÁ QUE NÃO PERCEBEM?

Pedro Fonseca

A análise ao jogo está feita, vamos então para algo completamente diferente.

Quem ganhou e quem perdeu o derby/clássico? Essas contas vão ter de ser feitas mais lá para diante, mas desde já sublinho a afirmação de Jorge Jesus: o sporting pode começar a pensar na próxima época.
Jesus acertou na mouche e talvez nunca antes um candidato ao título tenha ficado fora do título tão cedo. Portanto, o pontito serviu ao Sporting para passar de oitavo para sétimo. Não é nada mau, nos tempos que correm.
Perdeu o Benfica dois pontos? Talvez. Perdeu-os certamente para o Braga, que ganhou em Alvalade. Para o fcporto, logo se vê. Para já, o que há a assinalar é que passamos incólumes um terreno perigoso.
Vejam bem, eu escrevi perigoso, não difícil. Perigoso porque apesar de moribundo, o sporting não tem só o médico Eduardo Barroso à cabeceira da cama, tem também um corpo de ilustres funcionários do Estado, desde ministros e ex-ministros, presidentes de conselhos de administração de empresas públicas e ex-presidentes de conselhos de administração de empresas públicas, banqueiros e ex-banqueiros, presidentes da liga e dos árbitros, tubarões da comunicação social, etc.etc.etc.
Ou vocês, queridos amigos leitores, não sabem que o Sporting é o clube do regime, o clube mais centralista de Portugal, o clube do Terreiro do Paço, o clube das elites que nos desgovernam desde a I República?
Pois é, é… E acham vocês que um clube tão fino, da linha de Cascais-Estoril, pode sucumbir assim, sem mais nem menos? Claro que não. Tudo fizeram para o sporting não entrar em coma profundo.
Bettencourt foi ao congresso dos árbitros – foi bom, mas era capaz de não chegar. O amigo Vítor Pereira ajudou no processo – Proença para alvalade. E o amigo Proença, que não é novato nestas andança (pois não, Proença, lembras-te do ano passado no dragão e em 2003/2004 na Luz, também contra o sporting?), foi o executor perfeito da estratégia.
Entrada por trás de Adrien sobre Saviola? Proença sabe que o International Board é claro ao dizer que é vermelho. Mas, nos auriculares, Pereira disse: amarelo. Proença cumpriu. Entrada a “matar” de Veloso sobre Di Maria? Vermelho até na China. Proença é daltónico, nada assinalou. Mão na bola de Polga a centro de Ramires? Sim, era segundo amarelo para o central do sporting, mas Proença (ah, e o seu auxiliar…!!!) fizeram que não viram.
Pois é, vale a pena esmiuçar melhor o jogo e vê-se logo que as coisas em Portugal apostam no politicamente correcto. Pode ser que um dia nos cansemos disto a sério.
Post-scriputm: Desafio os meus amigos leitores a elencarem os nomes de ilustres sportinguistas que ocupam lugares nas instituições que acima referi. E leiam n´”O INFERNO DA LUZ”, algo completamente diferente.
29
Nov09

JESUS CONTINUA A DORMIR?

Raul Lopes

 

Este Sporting-BENFICA foi um derby emotivo, forte,algumas vezes bem jogado mas sem golos.

Tacticamente foi um jogo em que os treinadores tiveram um papel relevante no desenrolar do mesmo mas considero que Carvalhal venceu nitidamente Jorge Jesus. No jogo táctico Carvalhal leu melhor o jogo posicionando as suas pedras de uma forma surpreendente. Penso que JJ ao deslocar Aimar para a ala direita e Ramires para o centro perdeu nitidamente a batalha. Aimar um jogador criativo deixou de o ser valendo , no entender de JJ, a velocidade de Ramires no centro do terreno. Velocidade versus criatividade perdeu nitidamente a criatividade e perdeu o futebol do BENFICA.

Di Maria teve uma primeira parte de fraca produção melhorando na segunda mas insuficiente para a eficácia que lhe foi reconhecida no ínicio desta liga. Superior esteve QUIM, que considero o melhor guarda redes português, na actualidade.  Continua a não entender a razão ou razões que impediram JJ de fazer entrar mais cedo Fábio Coentrão tendo em consideração que o defesa  Pedro Silva do Sporting é um jogador perfeitamente irrelevante para qualquer clube português tendo feito mais um jogo perfeitamente desastrado.

Relativamente ao estado do relvado é obvio que trata-se de um relvado de fraca qualidade, mal cuidado onde os protagonistas têm dificuldade em jogar mas não servirá de desculpas para JJ  reflectir o nulo, resultado desagradável para um Benfica que tem triturado alguns adversários.

Mais um jogo em que o BENFICA devia ter marcado golos alardeando de forma superior a sua eficácia na concretização perante um clube que tem revelado uma inépcia gritante no decorrer desta liga nacional.

JJ  falhou na ambição que o tem caracterizado e por isso não conseguiu vencer este jogo perfeitamente ao alcance do SLB.

Após a derrota com o Guimarães para a taça de PORTUGAL, continuará JJ a dormir? Até quando?

Será suficiente para o Benfica não sair derrotado de Alvalade?

As respostas vão ser dadas nos próximos jogos e seguramente por todos os ilustres benfiquistas  que visitam o NOVO BENFICA.

28
Nov09

Hoje há Sporting - Benfica com Cardozo

Miguel Álvares Ribeiro

Tal como previ, o jogo da Taça, com o Vitória de Guimarães, não foi fácil. O Benfica da primeira parte foi demasiado amorfo e macio, permitindo que se verificasse um certo equilíbrio no jogo. Na segunda parte o Benfica atacou muito mais, mas notava-se claramente a falta de um avançado rápido e possante na área.

 

Como o José Esteves de Aguiar já comentou, este jogo mostrou ainda que Jesus também dorme, tendo-me admirado a eternidade que demorou até se aperceber que Keirrison era uma carta fora do baralho. A frequência com que Keirrison é utilizado parece-me, aliás, só ser justificável pela esperança na explosão do jogador ou, mais provavelmente, por obrigações contratuais previstas no clausulado do empréstimo do jogador pelo Barcelona. Parece até que o Barcelona não estará satisfeito com a reduzida utilização do jogador, pelo que se admite que o possa recuperar para rodar noutro clube. Pelo que mostrou até aqui não irá deixar muitas saudades.

 

Hoje é dia de jogo grande e já dispomos de Cardozo, embora Saviola não esteja nas melhores condições, nem se sabendo ainda se poderá jogar. Será certamente um grande jogo e, ao contrário do que diz o RAP n’A Bola de hoje, espero que Proença não seja o maior criativo do Sporting, embora infelizmente as últimas semanas tenham voltado a trazer os fantasmas da arbitragem para primeiro plano. Que seja um grande jogo, sem polémicas nem erros de arbitragem, e que o Benfica ganhe justamente!

 

 

P.S. – Finalmente o Prof. José António foi autorizado a treinar o Benfica. O que é extraordinário, é que tenha sido necessária uma intervenção ministerial para que pudesse fazer aquilo que já tinha sido autorizado a fazer, quando o clube em causa não era o Benfica. Este tipo de situações só diminui aqueles que as praticam e as permitem. Admira-me que, numa instituição com grandes obrigações e com normas democráticas como é a Universidade do Porto, sejam permitidas actuações autoritárias e prepotentes como estas, que denigrem o nome da própria instituição e de todos os envolvidos no processo.

 

 

25
Nov09

JESUS TAMBÉM DORME

José Esteves de Aguiar

 

No jogo da Taça de Portugal que jogámos e perdemos com o Vitória de Guimarães, no passado domingo, tivemos oportunidade de conhecer uma faceta de Jorge Jesus que ainda não tínhamos visto, desde que ele chegou ao Benfica.
 
Estamos habituados a vê-lo numa actividade quase frenética em frente ao banco de suplentes, gritando ordens para dentro do campo, corrigindo posições e movimentos dos nossos jogadores, demonstrando grande concentração no jogo e atenção aos mais pequenos detalhes.
 
Foi, por isso mesmo, estranho – e diferente, para pior – o Jorge Jesus que orientou a nossa equipa naquele jogo.
 
Com efeito, apesar de ter passado o tempo todo de pé, pareceu mostrar um conformismo muito diferente da atitude a que nos vem habituando.
 
Parecia que só ele não conseguia aperceber-se da inércia de Keirrison no ataque, da lentidão exasperante de Sidnei de cada vez que tinha que disputar uma bola em corrida com Targino, da inferioridade numérica do nosso meio campo ou da gritante falta de resultados da prolongada troca de posições entre Di Maria e Ramires.
 
Como consequência de tal conformismo de Jorge Jesus, Weldon entrou muito tarde no jogo – porém a tempo de ser um dos melhores do Benfica – Targino quase nunca foi marcado por um homem rápido, como se impunha desde o princípio do jogo, Javi Garcia não conseguiu “chegar para as encomendas”, Di Maria e Ramires andaram perdidos no campo e acumulando passes errados enquanto estiveram fora das suas posições habituais e mesmo a entrada de Nuno Gomes pecou por tardia.
 
Com efeito, foi notório que, quando as “peças” foram colocadas nos seus devidos lugares e o ataque do Benfica contou com mais jogadores, a defesa do Vitória passou por momentos aflitivos. Porém, tal só aconteceu demasiado tarde para que o “carrossel” e pressão benfiquistas ainda pudessem dar os seus frutos.
 
É certo que poderíamos, com um pouco mais de calma e acerto na hora do remate, ter pelo menos igualado o marcador durante os noventa minutos, mas o certo é que “entrámos” demasiado tarde na partida.
 
Todos nós temos dias em que o biorritmo parece fazer o nosso cérebro trabalhar a meio-gás. Jorge Jesus também o seu direito a ter dias maus, em que a capacidade de reacção parece estar emperrada.
 
No entanto, um clube como o nosso Benfica não pode ficar dependente de situações deste tipo e, perante a evidente inércia de Jorge Jesus, alguém tinha obrigação de fazer alguma coisa, nem que mais não fosse, levar-lhe um café bem forte!
 
Será que Rui Costa ou algum adjunto de Jorge Jesus não pode (deve?), em tais circunstâncias, chamar-lhe a atenção para a errada leitura do jogo que está a fazer, ajudando-o a tomar as decisões que até o meu filho de nove anos desesperadamente implorava?
 
Esperemos que este acidente de percurso não tenha passado disso mesmo e que, precocemente perdido um dos objectivos da época, o Benfica concentre atenção e energia no seu alvo principal – que deve obviamente ser a Liga Sagres – não descurando a possibilidade de chegar o mais longe possível na Liga Europa.
23
Nov09

VIGILANTES

Pedro Fonseca

As palavras do Presidente do Benfica em Albergaria-a-Velha, no sábado passado, foram premonitórias: temos de estar vigilantes. Nem de propósito, 24 horas passadas, o alerta de Luís Filipe Vieira tinha todo o fundamento.

 

A arbitragem de Elmano Santos, curiosamente branqueada na maior parte dos jornais de hoje, foi ilustrativa daquilo que espera o Benfica no campeonato. Vamos apenas determo-nos em dois lances: o golo do Vitória de Guimarães e o penálti claro sobre Javi Garcia, já nos descontos.
É obrigatório pensarmos nisto num contexto, porque sem essa perspectiva alargada tudo é capaz de ser confundido com acaso, má sorte, tarde aziaga, noite desinspirada. Vejamos: um leve encosto de Cardozo a um defesa do Braga serviu ao árbitro para anular o golo de Luisão, que nos daria o empate; ontem, pelo contrário, à vista de todos, o marcador do golo do Guimarães empurrou Javi Garcia para longe, para melhor poder saltar e cabecear, e como se isto não bastasse, Flávio Meireles atropelou Fábio Coentrão, impedindo-o de se fazer á jogada.
O que fez o nosso Elmano? Assinalou o golo como legal, pois então…!!! Vigilantes, portanto. E vigilantes porque nos bastidores do nosso futebol muita coisa se tem passado. Comecemos pela engraçada decisão de Bruno Paixão de adiar o jogo Oliveirense – FC Porto. Coitado do Paixão, ele limitou-se a ratificar uma decisão tomada por outros – os responsáveis do FC Porto.
Estes passaram a semana toda a pressionar a decisão do nosso Bruno, que, como sabemos, é homem de decisões, como direi!?, invulgares… para não lhes chamar outra coisa. O relvado estava em más condições? Estava, como estavam a esmagadora maioria dos relvados onde ontem se disputaram jogos (eu, por acaso, até assisti a um “in loco” com o relvado em más condições que não foi adiado).
Mas, claro, como isso aproveitava ao FC Porto, o Bruno fez-lhes a vontade. E pronto, não se fala mais nisso. (Se calhar isto também fez parte da ementa de um jantar decorrido há alguns meses atrás e que começa a ser cobrado, e bem).
Depois, surpresa das surpresas!, o presidente do sporting botou faladura num congresso da APAF. Não, não é o congresso da associação dos profissionais de actividades financeiras. É o congresso da associação portuguesa dos árbitros de futebol. Confusos? Enagno? Não, é mesmo verdade.
O sporting da transparência e da ética, do luto pela arbitragem, dos discursos incendiários contra os árbitros, mandou o seu “líder” ao conclaves dos homens de negro. Onde, pasme-se!, o senhor Vítor Pereira sublinhou o seu “sportinguismo”. Se isto não é trágico é deveras cómico. Vigilantes, portanto!

Post-Scriptum: uma outra visão do fim de semana, sobre aquilo que verdadeiramente interessa aos benfiquistas, pode ser lida aqui n´ "O INFERNO DA LUZ".

23
Nov09

TAL COMO EM 2006!

Raul Lopes

 

Tal como no ano de 2006 o nosso BENFICA foi eliminado na Luz pelo Guimarães. A festa da taça de Portugal, a final do Jamor está irremediavelmente cinzenta sem a presença do SLB.

O jogo de hoje, na primeira parte, foi jogado a um ritmo reduzido por parte do Benfica e tendo sofrido um golo,  foi incapaz de dar a volta a esse resultado negativo que levou para o intervalo. Com o DI MARIA , o Fábio Coentrão , o Aimar e ainda o Kerrison a produzirem pouco futebol, o Benfica aninhou porque, e verdade seja dita, o Vitória soube bloquear o futebol criativo do Glorioso.

Tal futebol que tem enchido os Estádios do País de espectadores, hoje foi apenas e só uma sombra, sobretudo na primeira parte. Mais uma vez faltou um Cardoso peça fundamental neste Benfica. Com o Vitória inspirado num bom 4-5-1 e com Targino em grande evidência, o  Benfica sentiu sérias dificuldades, não conseguindo dar a volta ao resultado. Com efeito na segunda parte , embora tenha aumentado o ritmo de jogo, falhou algumas hipóteses de golos feitos ,saindo derrotado , eliminado , de uma competição que merecia ter o Benfica na final do Jamor. Após 03 meses do início da época o SLB falhou um dos objectivos. A festa do futebol  sem o SLB não terá o brilhantismo que a presença do Benfica lhe transmite sempre que está no Jamor. Uma última palavra para o Nilson que no ínicio do jogo rezou e os deuses ajudaram-no. Defendeu tudo e bem.

21
Nov09

Volta o futebol, com a festa da Taça

Miguel Álvares Ribeiro

Depois de mais uma interrupção nos calendários do futebol, para os compromissos da Selecção, volta a Taça, com um jogo difícil contra o Vitória de Guimarães. Vi, no Estádio D. Afonso Henriques, o segundo jogo do Benfica nesta edição da Liga e, portanto, sei que o Guimarães não é uma equipa qualquer. Além disso, no jogo em que infligiu a primeira derrota ao Sporting de Braga, além de uma particular rivalidade, o Vitória de Guimarães mostrou ser uma equipa muito compacta, a merecer o maior respeito por parte de qualquer adversário. Apesar de tudo o que fica dito, estou confiante que os jogadores do Benfica, com o apoio dos muitos adeptos que certamente acorrerão à Luz, vão proporcionar mais um excelente espectáculo e garantir mais um triunfo para as nossas cores.

 

No futsal, mais um conjunto de exibições convincentes coloca-nos perante a possibilidade de aceder à final-four da Taça UEFA; basta conseguir amanhã, no Pavilhão da Luz, um empate ou uma vitória perante o poderoso Ekaterinburg. Nas outras modalidades também o arranque da época está a correr bem. No basquetebol temos duas vitórias e seguimos em 1º empatados com o Porto; no hóquei em patins temos apenas um empate, em casa contra o Porto, e estamos em 1º empatados com o Porto; no Voleibol sofremos apenas uma derrota, estando em 1º empatados com Sporting de Espinho e Vitória de Guimarães. Menos bem começou o andebol, onde contamos já duas derrotas e um empate, pelo que vamos em 3º, mas a 1 ponto dos 1º, Belenenses e Porto.

 

É este Benfica eclético e vencedor que queremos continuar a ver ao longo da época. Força Benfica!

 

P.S. – Depois de uma paupérrima exibição caseira contra a Bósnia, em que conseguimos a vitória com muita felicidade, lá fomos a Zenica, aí sim com uma exibição mais convincente, garantir o apuramento para o Mundial 2010 na África do Sul. Ao contrário do meu amigo e colega de blog António Sousa Cardoso, sempre gostei muito de Scolari na Selecção. As principais razões para tal são muito simples; pela primeira vez desde há muito tempo deixou de se sentir que havia quem mandasse mais na Selecção que o próprio seleccionador, criou-se um clima de extraordinária empatia entre os adeptos e a Selecção e os jogadores sentiam uma confiança quase ilimitada nas suas capacidades. Além disso, mas não menos significativo, apresentou o melhor registo de resultados da história para o nosso país. Habituou-nos mal e agora já não esperávamos semelhante sofrimento para garantir o apuramento para o Mundial. Mas pior que isso, não precisávamos dos pedidos de bênçãos a Pinto da Costa e das tardias declarações de total certeza no nosso apuramento por parte deste e Jesualdo Ferreira que, infelizmente, parecem voltar a querer ter voz nos destinos da Selecção (por maus caminhos iremos se, de facto, tal acontecer).

 

18
Nov09

UFA !

António de Souza-Cardoso

 

 

Acabamos de assinar a passagem para o Mundial da África do Sul.

Num jogo incaracterístico, com um relvado daqueles que já só existem nas distritais, Portugal fez só o que podia fazer e com um golo bonito de Raul Meireles, acabou com uma Bósnia que só teve garimpa e basófia até ao inicio do jogo.

Não foi uma boa campanha a que Portugal teve até aqui. Carlos Queiroz, como já tive oportunidade de dizer, não entusiasma, não convence, nem galvaniza. É uma destas coisas certinhas e direitinhas, mas aborrecidas de tão tristemente desenxabidas, de tão previsíveis e conservadoras.

Como disse José António Saraiva hoje no Record, Carlos Queiroz faz lembrar Quique Flores.  É correcto e elegante, pessoal e tecnicamente. Mas quando marca, parece que se lhe acaba a ambição e a vontade de fazer parte do jogo. Limita-se a esperar que o jogo acabe depressa.

O que provavelmente Portugal precisava na fase final de um Mundial era de um treinador aguerrido e combativo, como Jorge Jesus que só se contenta com os golos todos, e só deixa de puxar pela equipa umas horas depois do jogo acabar.

Mas a verdade é que Carlos Queirós levou a água ao seu moinho e que Portugal está no lote das 32 selecções que disputarão o Mundial na África do Sul.

Por isso e porque certamente não vamos mudar de treinador (nem este Jesus tem o dom da ubiquidade) resta-nos felicitar Carlos Queirós e desejar a melhor fortuna a Portugal.

Como sempre agora que tudo recomeça, a esperança renasce e todos esperamos que tudo possa mudar para melhor (até Carlos Queiroz)  e que Portugal possa voltar a sonhar em … ser Campeão.

 

15
Nov09

COIMBRA FOI UMA LIÇÃO

Pedro Fonseca

Nestes últimos dias o sporting tem sido um tema apetecido de anedotas e dichotes. Poucas vezes um clube terá passado em tão pouco tempo por tão grande desvario e desnorte. Desde a inenarrável sequência de declarações de JE Bettencourt, que num clube a sério teriam levado imediatamente a eleições antecipadas, até à escolha de Carlos Carvalhal como o sucessor de Paulo Bento, o non-sense mais absurdo tem tomado conta daquela casa. Escrevo sobre o sporting num blogue do nosso Benfica porque aquilo que se está a passar em alvalade é algo que se poderia passar em qualquer outro clube. Como aqui já escrevi, os clubes não são eternos. O processo de sucessão de Paulo Bento deve ser estudado por todos aqueles candidatos, proto-candidatos ou pseudo-candidatos a líderes de qualquer coisa, porque em poucas horas Bettencourt conseguiu escrever um compêndio sobre como fazer tudo errado quando havia margem de manobra para fazer tudo certo. Bettencourt meteu o sporting noutra enorme trapalhada. Pós humilhação às mãos do Bayern, o sportinguista Eduardo Barroso disse que o sporting já não era um clube grande; há dias, na “A Bola”, Miguel Sousa Tavares escreveu que o sporting está em processo de morte lenta. Concordo com os dois. A eleição de Bettencourt foi um erro histórico, que o sporting está a pagar e vai pagar ainda mais. Qualquer manual sobre o perfil de um líder é inequívoco na avaliação do presidente do sporting: não tem características de liderança. Bettencourt, aliás, tem feito os impossíveis para confirmar esta tese. A contratação do novo treinador foi mais um processo que envergonharia qualquer clube dos distritais do futebol português. Em poucas palavras, a questão é esta: André Villas Boas, um neófito treinador, sem nome, sem currículo, sem nada, recusou abrir um braço de ferro com a Académica, histórico clube mas hoje no último lugar do campeonato, para ir treinar o sporting. Bettencourt e o Sporting levaram um rotundo não na cara de Villas Boas e da Académica. Esta é, resumidamente, a história desta falhada contratação. Seguiu-se uma segunda escolha – o desempregado Carlos Carvalhal. O ex-treinador do Marítimo, de onde foi corrido por triste e má figura, chegou a ganhar alguma aura no seio da “geração Mourinho”. Mas essa aura perdeu-a depressa por claro défice de competência e de liderança. Repito: o que se passa no sporting podia acontecer noutro clube. O Benfica já elegeu presidentes que nunca foram líderes, como Damásio, João Santos, Jorge de Brito, Manuel Vilarinho, e passou uma fase dramática na era de Vale e Azevedo. Mas, na hora da verdade, os benfiquistas souberam perceber que era preciso uma liderança forte, carismática, credível e mobilizadora, para agarrar no testemunho da fase de transição de Manuel Vilarinho. Os benfiquistas, que também já cometeram “erros históricos” mas souberam ultrapassá-los, perceberam que só um homem como Luís Filipe Vieira, cujas características de líder são inquestionáveis, estava à altura de comandar um clube da dimensão do Sport Lisboa e Benfica. O que se passa no sporting e o que se irá passar no fc porto pós-pinto da costa, é algo que não nos deve passar ao lado. Construir aquilo que se construiu depois dos anos catastróficos de Vale e Azevedo é algo de muito difícil – eu diria que, sem Vieira seria impossível. Mas destruir é fácil, muito fácil. Numa altura de euforia, os benfiquistas não se podem deixar inebriar. Ainda há muito caminho para caminhar, muito projecto para concluir, muitas vitórias e troféus para ganhar. Nada é irreversível. Olhando para o estado comatoso em que se encontra o sporting e perspectivando o caos no pós-pintismo, temos de estar eufóricos pelas nossa clarividência de termos eleito um líder para o presente e para o futuro. Um líder que soube escolher e contratar um líder para o relvado.

 

 

 

Post-Scriptum: O funeral de Robert Enke foi um momento único de pesar como poucas vezes vi no futebol. Em poucos anos, o Benfica vê desaparecer dois “monstros” da sua baliza: Bento e Enke. Como a grandeza também se vê na tragédia, gostava que imortalizassem na Luz a memória destes dois gigantes da nossa baliza. Como fizeram com Miki Fehér.

15
Nov09

UMA CANDIDATURA FUNDAMENTAL.

Raul Lopes

Todos sabemos que o futebol do BENFICA está a atrair multidões à nossa catedral e enche os estádios dos nossos adversários.  Também sabemos que estamos em primeiro lugar na liga nacional, com todo o mérito a par com o Braga.

Durante seis, sete anos fomos incapazes de oferecer bons espectáculos, bom futebol e sobretudo títulos relevantes. Poder-se-á dizer que a herança deixada por Vale e Azevedo tolheu o novo Presidente e que este teve de arrumar a casa antes de rumar para as vitórias e os  títulos que todos nós ansiamos. Mas será que os referidos seis, sete anos não serão demasiados anos para encontrar o caminho das vitórias? Parece-me e com grande objectividade o digo que foi muito tempo para se encontrar a estrada da vitória. Sei que ainda nada se ganhou de relevante sendo certo que hoje em dia a equipa de futebol tem mais soluções porque o seu plantel é melhor, tem mais qualidade e tem um treinador feito à medida do Presidente actual. Eleito numas eleições  cujo o timing foi totalmente desajustado mas por si conseguidas com o alto patrocínio do Presidente da Assembleia Geral, Manuel Vilarinho e ainda pela ineficácia da máquina judicial portuguesa, Luís Filipe Vieira ganhou as eleições com cerca de noventa por cento dos votos sendo certo que tremeu perante a outra candidatura liderada por Bruno Carvalho.

Com efeito essa candidatura abanou por completo o trabalho desenvolvido pelas direcções de LFV que anos a fio nada de novo trouxeram para o nosso Glorioso a não ser tristeza e resultados negativos no campo desportivo. Não valerá a pena falar na situação económica até porque não sou especialista mas tal foi devidamente dissecado em artigos neste blog, não só pelo Bruno mas também por outros intervenientes. Considero pois que a candidatura de BC foi fundamental para dar um abanão importante num grande clube que durante seta anos viveu uma das suas piores crises em termos de resultados desportivos da sua história. Penso que o contributo do BC vai ser devidamente avaliado este ano caso o Benfica ganhe a liga nacional e na liga Europa tenha uma carreira que a todos nos orgulhe.

 

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