DE VOLTA…
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De que é feita a grandeza dos clubes? De títulos, de vitórias, de mediatismo, de ecletismo? De tudo um pouco, sem dúvida. Mas alguém no seu perfeito juízo deixa de considerar o Real Madrid um grande clube só porque as circunstâncias aleatórias que rodeiam um jogo podem não lhe ser favoráveis, ano após ano?
Começo por pedir desculpa aos leitores pela minha ausência na semana passada. Curiosamente não porque estive de férias, mas antes porque delas regressei.
Da semana passada não quero deixar passar em claro aquela memorável vitória contra o Setúbal. Mais do que prometedor foi uma vitória galvanizante que eu espero empreste à equipa a confiança e atitude que tem faltado noutras épocas.
Ontem tivemos mais uma dor de cabeça com a Hungria. Não com o resultado que, desta vez, nos correu de feição. Mas com uma exibição pálida, incoerente e desgarrada que prova aquilo que tenho dito vezes sem conta. Um conjunto de bons jogadores não faz uma boa equipa.
Julgo que o problema, aqui como no nosso Benfica dos últimos anos, está na organização, na responsabilidade e na liderança.
Ficamos a saber por Sérgio Conceição a considerante opinião que Scolari tinha pelo Presidente da Federação Gilberto Madail.
Ficamos agora também a perceber que a um fraco Presidente se juntou um fraco Treinador.
Porventura até tecnicamente mais dotado (ou mais completo) que o brasileiro Felipão, mas certamente sem a capacidade de liderança e de controlo do balneário do anterior seleccionador.
A verdade é que é no oh Carlos!, oh Pá e etcs, com que o actual seleccionador pautou o relacionamento com os galácticos jogadores portugueses (e brasileiros), que vai andando uma equipa (ou um molho de gente?) onde ninguém manda, ou pior ainda, onde há muita gente que manda.
A dor de cabeça vai, por isso, continuar.
E mesmo que roda da fortuna nos acompanhe como ontem, nos nossos jogos e nos dos outros – agora à Suécia só interessa ganhar e a Dinamarca não pode perder, a dor de cabeça não parará enquanto não restaurarmos a organização, a responsabilidade e a liderança no seio da selecção.
E isso só se faz de uma de duas maneiras (ou até das duas, simultaneamente): Ou sai Madail ou sai Carlos Queiroz – mesmo que a equipe passe esta fase de grupos, ou principalmente se isso acontecer.
Ontem, Pepe que se queixou nos treinos que estava com dor de cabeça, resolveu de cabeça o jogo com a Hungria.
E o resto, para correr bem, tem que ser resolvido certamente com cabeça e seguramente…com dor.
António de Souza-Cardoso
Em comentário ao post de ontem, do Pedro Fonseca, um habitual frequentador deste blog, de seu nome Hugo, lamentou o facto de ainda não ter sido aqui levantada a questão do treinador da equipa de andebol do Benfica, Prof. José António.
Tempo de selecção. Paragem de campeonato. E no entanto o Benfica continua a mostrar a Portugal e ao Mundo a força da sua marca, do seu ecletismo. Recentemente, em Berlim, nos Mundiais de Atletismo e nos Mundiais de Judo, em Roterdão, dois jovens atletas portugueses, dois jovens atletas do Benfica, fizeram levantar bem alto a bandeira nacional: Nélson Évora e Telma Monteiro.
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Esta foi uma semana feliz para nós, adeptos do Benfica. Depois do grande jogo que fizemos frente ao Vitória de Setúbal, já aqui amplamente comentado pelo
Neste jogo o Benfica começou com uma equipa de suplentes “enriquecida” com Shaffer, Javi Garcia e Di Maria. Entraram ainda, no decorrer da 2ª parte, David Luiz, Saviola e Rúben Amorim. Apesar disso, foi capaz de oferecer um espectáculo muito interessante.
O Benfica ganhou com toda a justiça, sendo justo destacar as exibições de Di Maria e de David Luiz. Gostei também muito de ver alguns juniores que não conhecia bem, especialmente Nelson Oliveira, Ruben Pinto e Roderick.
O que vi deste “miúdos” deve fazer-nos estar mais descansados pois há ali matéria prima de qualidade para qualquer eventualidade.
Hoje o Benfica venceu o Belenenses na final da Supertaça de futsal. O resultado final de 1-0 diz quase tudo sobre o equilíbrio existente nesta partida, mas o génio de Ricardinho desequilibrou a balança a nosso favor.
P.S. – A Selecção empatou ontem contra a Dinamarca em mais um jogo da fase de qualificação para a África do Sul 2010. Pelo que fizemos (sobretudo na primeira parte) merecíamos ter ganho o jogo, mas a sorte não esteve do nosso lado. Na única vez que remataram à baliza na primeira parte, os dinamarqueses (com a “colaboração” de Duda e Bruno Alves) marcaram o 1-0. Infelizmente há dias assim.
Apesar de tudo isso a imprensa mantém uma enorme cordialidade com Queiroz, incompreensível quando se recorda a sanha com que perseguia Scolari que, com essencialmente os mesmos jogadores (apenas Costinha Figo e Pauleta estão indisponíveis) nos levou ao 4º lugar no Mundial de 2006.
Pois, mas isso certamente deve-se a Scolari ter o anátema de ter perdido contra a Grécia, o que fez com que apenas fossemos vice-campeões Europeus em vez de juntarmos mais um título Europeu aos muitos de que dispomos.
No futebol português paga-se caro não ter certas bençãos.
Em boa hora resolvi ir ontem à noite ao nosso Estádio e levar os meus três filhos pequenos, para assistir a um jogo que eu não antevia difícil, mas que obviamente nem nos meus pensamentos mais optimistas imaginava se tornasse tão espectacular.
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