Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Novo Benfica

Novo Benfica

13
Ago09

Vamos Ser Campeões!

António de Souza-Cardoso

 

 

 

Começa amanhã a 76ª Edição da 1ª Liga, com tudo o que isso nos traz de expectativa e de emoção.

O começo de cada campeonato é o tempo certo e seguro de todos os palpites. O que mudou, ou pode mudar? Quem se reforçou melhor? Quem parece ter melhor equipe?

Ouvi com paciência os meus amigos Portistas afirmarem que a vitória no campeonato é uma espécie de “favas contadas”, ou de desígnio para que parece estar talhado o campeão em título que é também o campeão de vendas do mercado português.

Sei que a cultura de organização ajuda e a condição de campeão levanta a garimpa e dá atitude aos jogadores. Mas também sei que nem sempre se tem a sorte de se tropeçar nas pernas ou nos dentes de Chissoko, como nem sempre podemos prescindir dos nossos jogadores mais decisivos (como foram, nos últimos anos, Lucho Gonzalez e Lisandro Lopez).

Sei ainda que o Porto mantém um Treinador, certinho, direitinho, mas vulgar do ponto de vista técnico e de capacidade de liderança.

Ouço, por outro lado, os mesmos amigos Portistas, afirmarem que as vitórias do Benfica na pré época são o habitual. Quando não é a doer as estrelas do Benfica aparecem, mas quando se exige colectivo, persistência, sacrifício e coerência de jogo, ninguém encontra o Benfica.

E por isso, os 4 troféus conquistados são “vitórias de Pirro” em competições não oficiais que nada significam ou traduzem.

Não concordo. E confesso que o sinto com tanta genuidade que já fiz incontáveis apostas em como este ano o Campeão seria o Benfica (ai de mim se o não for…).

E explico porquê para além do que já referi sobre o Porto.

É melhor fazer uma boa pré época do que uma má. Em tudo o que isso significa, até de ganhos anímicos e de confiança da equipe entre si e na relação com os adeptos.

As novas contratações do Benfica equilibraram a equipa.

Substituímos bem o grego Katsouranis, soubemos manter as peças chave do Benfica e aumentamos as alternativas no ataque que me parece o sector mais prometedor.

Compensamos (espero que bem?) a dificuldade (defensivas e ofensivas) que temos tido nas últimas épocas, principalmente com os laterais.

Temos um Treinador ajustado a esta época de mudança. Não sendo o treinador que eu gostaria para o Benfica pode ser que seja o Treinador que o Benfica precisa para mudar. É um Homem de trabalho, de garra, de vitalidade. Que nunca desiste e que não larga os seus jogadores, na mesma ambição de só parar muito depois do jogo acabar.

É um Homem humilde que sabe que não voltará a ter uma oportunidade deste tamanho. Se conseguir passar estas características e esta ambição para o Balneário (que julgo continua com o problema de excesso de gente e de expectativas), Jesus será Glorificado no Benfica.

Por isso e porque “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe” acho que esta será a verdadeira época da mudança.

 Vamos mesmo ser Campeões!

 

António de Souza-Cardoso

 

11
Ago09

BETTENCOURT AINDA VAI A TEMPO!

José Esteves de Aguiar

 

Pouco depois de ter assumido a presidência do Sporting, José Eduardo Bettencourt afirmou aos órgãos de comunicação social que os sportinguistas não deveriam preocupar-se com os reforços do Benfica, mas sim com o FCP.
 
Palavras carregadas da sobranceria que acha que lhe foi conferida pelo facto de o Sporting ter ficado, durante quatro anos seguidos, à frente do Benfica na classificação da principal Liga de futebol profissional.
 
Palavras que, ao mesmo tempo que visavam menosprezar o Benfica, demonstravam a continuação da vassalagem que o Sporting tem prestado ao FCP nos últimos anos. Talvez essa vassalagem tenha sido parte da razão para os segundos lugares que tem sido permitido ao Sporting alcançar…
 
Se o Sporting se atrevesse a fazer frente ao FCP - em tudo quanto de obscuro e sinistro tem sido feito para o colocar nos píncaros, seja à custa do que for e numa “lógica” em que parece tudo valer – seguramente iria pagar tal atrevimento com lugares menores na classificação geral.
 
A aliança, por vezes tácita, outras vezes expressa, que o Sporting tem feito com o FCP, assenta também no facto de que quem manda no Sporting são lisboetas. Eu explico: qualquer sportinguista que viva no Porto ainda que temporariamente e, por tal razão, tenha que conviver com os adeptos portistas, rapidamente percebe que o seu “inimigo” não é o Benfica.
 
José Eduardo Bettencourt é um sportinguista tipicamente lisboeta: odeia o Benfica sem perceber que tal ódio, tal como sucedeu com alguns dos seus antecessores, lhe tolda o discernimento, a ponto de ficar contente com as migalhas que Pinto da Costa lhe concede!
 
Em declarações presentes na comunicação social de hoje, José Eduardo Bettencourt adopta um discurso que me parece totalmente inapropriado para o Presidente de um crónico candidato ao título. Reconhece que errou ao não reforçar suficientemente a equipa, pede desculpa por não ter conseguido arranjar dinheiro para tal, assume que não cumpriu o seu trabalho, alegadamente por falta de tempo.
 
Será que ele não teve mais tempo do que o Benfica? É claro que sim, o que não teve foi capacidade negocial para tal, o que até me surpreende, tendo vindo de um grupo bancário dos mais fortes do Mundo. Sempre pensei que Bettencourt fosse um homem de grandes desafios e de coragem para arriscar, mas parece que me enganei.
 
A menoridade do seu discurso torna-se caricata quando, orgulhosamente, posa para uma fotografia de apresentação de vinte (!) novos sócios, dos quais oito nem à fotografia compareceram…
 
Mas acredito que Bettencourt ainda vai a tempo! A inflexão no seu discurso, passando a sobranceria ao mea culpa, indica que pode estar a reflectir na melhor estratégia a seguir. Espero, sinceramente, que perceba quão perniciosa para o futebol português tem sido a aliança do Sporting com o FCP e ajude a limpar a pouca-vergonha em que aquele tem sido convertido por Pinto da Costa e seus pares.
 
Ainda agora, a propósito da negociação entre Benfica e Braga para a transferência de César Peixoto, foi notória a influência de Pinto da Costa a tentar inviabilizar o negócio. O Presidente do Braga, mais um subserviente de Pinto da Costa e inimigo declarado do Benfica, não teve qualquer pejo em voltar atrás com a palavra dada.
 
Por último, uma curiosidade: Bettencourt reconheceu – e bem – que é bonito ver-se 62.000 pessoas num estádio para assistir a um jogo particular. Alguns portistas que conheço insurgiram-se ontem pelo facto de o jornal Record dar mais destaque à transferência de César Peixoto para o Benfica do que à vitória do FCP na Supertaça. Tive que recordar-lhes que é uma questão de importância relativa dos clubes: na final da Supertaça estiveram cerca de 15.000 espectadores (!).
 
Mais palavras para quê?
10
Ago09

A PRÉ-ÉPOCA

Pedro Fonseca

Os adjectivos escasseiam para classificar a pré-época do Benfica. A euforia assentou arraiais nas bancadas da Luz. As vitórias nos torneios sucederam-se e culminaram na vitória de sábado à noite na Catedral sobre o AC Milan para a Eusebio Cup.

 

Tudo isto é verdade, mas será que chega para aquilo que verdadeiramente importa: o título de campeão nacional de futebol? Os críticos e os adeptos de outros clubes dizem que o Benfica é sempre o campeão da pré-época, num registo de sarcasmo e de ironia.

 

No fundo, estão, talvez sem o saberem, a denunciar medo, receio e espanto. Com efeito, esta questão do Benfica estar sempre em alta no defeso é uma “mentira de perna curta” que os mentores da propaganda anti-benfiquista gostam de nos colar para nos tentar menorizar.

 

Pelo contrário, o Benfica quase nunca foi galvanizador na pré-época. Fosse em futebol jogado, fosse como protagonista de telenovelas intermináveis para a contratação de jogadores que, no final, ou não chegavam ou iam aterrar em clube rival.

 

O Benfica campeão da pré-época é uma lenda que precisa de ser veementemente desmentida. Lembro-me bem de uma apresentação aos sócios, em pleno mês de Agosto, com o Real Madrid de Figo, de Zidane, de Roberto Carlos, que levou à Luz um pouco menos de 40 mil pessoas.

 

Sábado, foram quase 63 mil. Contra o Atlético de Madrid tinham sido 57 mil. O que dá uma média de 60 nos dois únicos jogos (particulares) na Luz, até agora. É obra. E não é obra do acaso.

 

A euforia, a paixão, o entusiasmo, não nasceram do acaso. A equipa comandada por Jorge Jesus tem merecido a extraordinária adesão dos sócios e adeptos. Está criada uma empatia poucas vezes vivida na Luz com tanta intensidade.

 

A equipa puxa pelos adeptos e os adeptos puxam pela equipa. No meio de todo este vulcão de que não se conhece ainda toda a dimensão estão dois homens: Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus. O primeiro percebeu há muito que o actual treinador era o homem certo no lugar certo.

 

O segundo trouxe para o Benfica aquilo que o Benfica sempre foi mas que escolhas menos acertadas estavam a delapidar aos poucos: um clube de fato-macaco, à imagem da sua história; não um clube de smoking; um clube de mangas arregaçadas, não um clube de discurso bonito mas ineficaz; um clube do povo; não um clube de pseudo-elites iluminadas.

 

É este clube do povo, mais que nunca personificado na personalidade “siamesa” de Vieira e Jesus, que vive a onda de euforia que se sente em cada jogo. Não tanto pelas vitórias, nem pelos torneios conquistados, mas por um regresso às origens que culminará com o cumprir de um destino histórico: Campeões!

 

07
Ago09

Eusébio Cup

Paulo Ferreira

Amanhã é dia grande no Estádio da Luz!

 

Adivinha-se um jogo com estádio cheio, ambiente de festa, motivação ao máximo e um grande espectáculo de futebol.

 

O Benfica nesta pré-época tem feito por reforçar a esperança dos Benfiquistas com um futebol alegre, competitivo, esforçado e sobretudo com golos e vitórias. E para amanhã espera-se uma continuidade do bom trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, com uma vitória que faça relembrar os tempos daquele que dá o nome ao troféu...Eusébio!

 

O Benfica deste ano é mais forte que o Benfica dos anos anteriores embora não esteja isento de lacunas e alguns desiquilibrios. E o facto da expectativa estar tão alta será também um desafio para Jorge Jesus e para o plantel.

 

As principais questões que se colocam e são chave para o sucesso serão a meu ver:

  • Será Jorge Jesus capaz de manter o nível de exigência e motivação que a equipa apresenta nesta pré-época?
  • Será o Benfica capaz de eficazmente (ao contrário do que tem acontecido anteriormente) ultrapassar as frustrações e os momentos menos bons?
  • Será o Benfica capaz de manter uma regularidade que não tem vindo a acontecer nos últimos anos ?
  • Será o Benfica capaz de encontrar soluções ofensivas em jogos "a doer" onde a pressão será muito superior à da pré-época, onde existirão menos espaços de jogo a explorar, em especial contra equipas pequenas e muito "fechadas" ?
  • Será o Benfica capaz de encontrar no plantel alternativas para algumas peças chave em caso de sub-rendimento, lesões, castigos, etc ?

Jorge Jesus pelo conhecimento que tem do futebol português e até pelo seu discurso tem mostrado ter capacidade para gerir os desafios que o esperam. Espero também que a direcção tenha a capacidade e coragem de o apoiar incondicionalmente, algo que não tem acontecido nos últimos anos quando algo corre menos bem.

 

A pressão de ganhar é muito grande este ano! Mas não é nesta posição que todos queriam estar ?

 

Amanhã lá estarei para o que espero ser uma grande festa!

 

Viva o Benfica!

 

Paulo Ferreira

 

 

06
Ago09

Mata-Mata

António de Souza-Cardoso

Mata-Mata!

Todos se lembram desta frase dramática de Luiz Filipe Scolari, o então treinador da Selecção Portuguesa que considero um grande líder, um brilhante comunicador e… um vulgar treinador.

Com a empatia que só ele sabia criar Luis Filipe Scolari, atirava a nossa ansiedade para o mais alto dos píncaros, com esta frase que corresponde ao “ou mata, ou morre” da tradição proverbial portuguesa.

Somos normalmente impelidos a admirar esta ideia do “tudo ou nada”, com o que ela tem de heróico, destemido e generoso.

Ocorreu-me o “mata-mata” de Scolari na reflexão que tenho feito da actuação de Luís Filipe Vieira e da sua Direcção.

Recentemente legitimado pelo voto, numa eleição que apesar da contundência não foi clara nem limpa, Luis Filipe Vieira sente que o tempo se lhe escapa das mãos e, com o instinto de quem conhece a vida e a natureza humana, prefere arriscar tudo, do que … ficar sem nada.

Só assim se explica este tão irracional frenesim de contratações. Que por si só não teria mal nenhum uma vez que em “equipe que não ganha, mexe-se”!

O mal está em que isto cheira a “reprise”. Já vimos o filme, nas mais de cem contratações feitas em épocas anteriores.

E o mal está também em “quem” as faz e “como” as faz. Ainda ontem fomos buscar o “estonteante” Luis Filipe (que tão boas provas deu no Benfica!!!) porque o “virtuoso” Patric que tínhamos acabado de comprar não parece ser tão virtuoso.

O mal está que percebemos que quem arrisca tudo é afinal o Benfica, hipotecando as potenciais receitas (como agora se viu no contrato com a Centralcer) dos próximos anos e arriscando perigosamente o mesmo caminho que outros clubes (o Boavista é um caso lapidar!) estão agora a pagar com juros elevados.

Veremos quanto vai custar Luis Filipe Vieira ao Benfica.

Mas o “mata-mata” abra sempre um espaço de optimismo. E porque o Benfica está melhor e porque Jesus (goste-se ou não) está lá, pode ser que desta vez dê resultado.

Eu que acho que os Luis Filipes não estão à altura da grandeza do Benfica, espero que tenham sorte e que Benfica possa matar desta vez.

Mas se o não fizer apelo aos Benfiquista que abram os olhos e que responsabilizem quem arriscou, não deixando desta vez que se imolem mais cordeiros inocentes.

 

António de Souza-Cardoso

 

05
Ago09

O ANTI-BENFIQUISTA PRIMÁRIO ANDA PREOCUPADO!

José Esteves de Aguiar

 
Gosto de ler os livros que Miguel Sousa Tavares escreve e confesso que acho estranho que uma pessoa que considero culta e inteligente tenha algumas reacções tão primárias e mesmo irracionais, quando o assunto é um dos amores incondicionais dele: o tabaco e o anti-Benfica.
 
Quanto à cruzada de MST contra as leis que proíbem o fumo em determinados espaços, embora me pareça exagerada, não é para aqui chamada.
 
Já quanto ao anti-benfiquismo de MST, apetece-me escrever algumas linhas. Falo no anti-benfiquismo porque o ódio dele pelo Benfica consegue ser bem mais forte do que o próprio amor pelo FCP.
 
Este ódio de estimação já foi por ele destilado nos mais variados locais e órgãos de comunicação social mas, o que deve dar-lhe mais prazer, é a coluna semanal que escreve no jornal “A Bola”, sabendo-se como se sabe que é o jornal desportivo de eleição da maioria dos benfiquistas.
 
Alguém resolveu abrir-lhe aquela porta e, na esmagadora maioria das vezes que ali escreveu, MST aproveitou para zurzir no Benfica como se fosse a última coisa que pudesse fazer na vida. Lembro-me de ler, naquelas crónicas denominadas “Nortada”, autênticas pérolas de non-sense desportivo, de tal forma tendenciosas que o próprio Pinto da Costa não conseguiria fazer melhor, por muito que se esforçasse!
 
Vem este comentário a propósito do texto subscrito por MST no jornal “A Bola” desta terça-feira. Pela primeira vez, li a preocupação de MST acerca do actual momento de forma do Benfica. Apesar de todas as reticências por ele colocadas naquele texto, torna-se claro que o anti-benfiquista primário anda preocupado. Ele bem se esforçou por salientar que a competição “a doer” ainda não começou, que havia algumas condicionantes, mas era patente o desgosto que lhe consumia a alma ao ter que admitir que o Benfica está melhor e que o Porto está pior do que na época anterior.
 
Quase consigo imaginá-lo a “torcer-se” na cadeira, enquanto escrevia aquelas verdades, que tanto devem fazê-lo sofrer. De qualquer forma, parece-me que podemos tirar uma conclusão óbvia: se até um anti-benfiquista militante, do mais radical que existe, se vê obrigado a admitir que o Benfica está diferente, para muito melhor, como é que nós, Benfiquistas de corpo e alma, não haveríamos de andar felizes e esperançados?
 
Para além de tudo o que de muito bom já temos visto nesta pré-época, em termos desportivos, o nosso Jesus já conseguiu um milagre – levar o MST a escrever uma crónica que não destila ódio contra o Benfica.
 
A que outros milagres iremos ainda assistir? À conversão definitiva do anti-benfiquista primário, fazendo com que este passe a escrever crónicas equilibradas? Provavelmente não, para conseguir tal milagre só mesmo o Jesus lá de cima, tal como fez quando ressuscitou Lázaro!
03
Ago09

VIEIRA E FLORENTINO

Pedro Fonseca

Quando chegou ao Real Madrid, em 2000, Florentino Pérez era um ilustre desconhecido do mundo do futebol. Empresário de sucesso na área da construção civil, Florentino introduziu uma lógica de gestão até então nunca experimentada no Santiago Bernabéu.

 

Se o Real Madrid era o mais clube de Espanha, com mais adeptos (afficion) e com mais mediatismo, então havia que explorar esse potencial, apostando na “venda de emoções”. Chegaram, a peso de ouro, os “galácticos”: Figo, Zidane, Beckham, Ronaldo, Owen e Robinho. Para os ver jogar, os madridistas esgotaram os lugares do Bernabéu.
Esgotaram também as camisolas com os seus nomes na “Tienda Madrid”. Os cachets para jogos no estrangeiro começaram a ser dignos de uma vitória na Liga dos Campeões. A “marca” Madrid tornou-se universal.
Depois de se ter afastado voluntariamente, Florentino regressa agora. Com a mesma filosofia de gestão, que, sempre o disse, deu bons frutos no passado. Atacado por descurar a vertente desportiva, o líder do Real Madrid seguiu, no entanto, o seu instinto de empresário carismático. Foi buscar Cristiano Ronaldo, Káká, Benzema e, provavelmente, Ribery.
As bancadas do Bernabéu voltaram a encher de paixão e de sonho. Os “galácticos II” esgotam os lugares das bancadas para uma simples apresentação e as camisolas são vendidas como rebuçados. É o Real Madrid na sua versão “cinemascope”.
Luís Filipe Vieira encarna, como mais ninguém em Portugal, a figura do “Florentino português”. Até aqui as comparações entre Benfica e Real Madrid são evidentes e notórias. O maior clube português, com mais sócios e mais adeptos, e também o mais mediático, aposta em dar espectáculo.
Ora, como o sabem Vieira e Florentino, espectáculo só pode ser dado com grandes artistas. À dimensão da nossa economia, o Presidente do Benfica não poupou esforços financeiros para ir buscar Saviola, Javi Garcia, Keirrisson, Aimar. Como Florentino, mostrando uma especial predilecção pelos atacantes.
A Luz, ou qualquer outro campo onde jogue o Benfica (como ontem em Guimarães), é um palco de euforia, alegria, entusiasmo. É isto o futebol. É isto que Vieira e Florentino dão aos adeptos. É isto que os adeptos querem.
Curioso que Vieira e Florentino têm mais pontos em comum. Ambas são empresários de sucesso na mesma área. Mas, principalmente, apostam numa mesma filosofia de gestão – que, claro, só pode ter sucesso em clubes da dimensão planetária de Benfica e Real Madrid.
Vieira fez “explodir” o número de sócios do Benfica, ao ponto do clube ser considerado o maior do Mundo. A “marca” Benfica é hoje um património de valor incalculável. Valor patrimonial mas também valor intangível.
Florentino Pérez e Luís Filipe Vieira trilham um mesmo caminho. Sabem o que querem e para onde vão. Real Madrid e Benfica são almas gémeas na sua dimensão universal e na sua glória desportiva.
Vieira e Florentino romperam com um passado de líderes cinzentos e gestões amadoras e incipientes (quando não fraudulentas). O Benfica e o Real Madrid têm líderes à dimensão do seu passado e da sua História. E assim estão mais perto do sucesso.  

Pág. 2/2

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2010
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2009
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2008
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D