O TREINADOR
Do Benfica se diz que é “um cemitério de treinadores”. Nos últimos anos, poucos têm sido aqueles que se têm aguentado mais de uma época ao comando do futebol profissional do Benfica.
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Do Benfica se diz que é “um cemitério de treinadores”. Nos últimos anos, poucos têm sido aqueles que se têm aguentado mais de uma época ao comando do futebol profissional do Benfica.
Triste, mas não surpreendente. Os jogadores, na sua maioria, não mereciam mais. E Quique continua sem perceber...
O Bruno Carvalho anunciou ontem que se iria candidatar à Presidência do Benfica e não poderia dissociar o meu post deste facto.
É importante clarificar que neste blog provavelmente existirão bloggers que o apoiarão e outros que não o farão, e como tal faz sentido que este espaço continue a ser um local de discussão e não de tendência ou de propaganda em que cada um defende e promove o que entender e está sujeito aos comentários de quem nos julga.
Concordando-se ou não com as opiniões de cada um, existe um mérito inequívoco neste passo de candidatura do Bruno. A partir de agora, ninguém o poderá acusar de criticar sem apresentar soluções! As soluções do Bruno serão ele próprio e a sua lista e projecto. Cabe-nos a todos julgar esta candidatura e todo o projecto e decidir no momento próprio se queremos ou não uma mudança na liderança do clube.
É um passo de coragem que gostando-se ou não tem de ser registado.
A minha posição, conhecendo o Bruno mas sem conhecer a fundo o projecto, é que será uma boa opção de viragem no clube e como tal terá o meu apoio. Reconheço e manifesto gratidão sobre o trabalho de LFV, mas entendo que está na altura de mudar. E está na altura porque o anunciado novo ciclo de mérito desportivo apregoado nunca chegou a acontecer e neste momento o “nervosismo” por tal começa a afectar o próprio equilíbrio financeiro devido à tentativa de ganhar a qualquer custo (não, não estou a falar dos métodos reprováveis dos outros…e ainda bem que por aí nunca fomos).
Depois de vários ciclos de novos treinadores, novos jogadores, este é o “click” da mudança que o Benfica necessita.
Boa Sorte Bruno!
Mas não desfoquemos do essencial porque existe um campeonato para ganhar antes de nos preocuparmos com as eleições. E esse filme de vitória tem mais um capítulo amanhã frente ao V. Guimarães.
Força Benfica!
Paulo Ferreira
O post de hoje resulta da sugestão de
“Adoraria que neste espaço pudessemos abrir uma frente de reflexão sobre o plantel de 2009-2010, algo que já foi aflorado. Sem esquecer o papel da formação e de alguns jogadores que andam por aí e que pertencem aos quadros do clube.”
Este tema torna-se mais actual quando vemos o Porto a prosseguir uma política de recrutamento entre as revelações da Liga, enquanto o Benfica aparentemente ainda não iniciou esta abordagem.
O último jogo do Benfica, contra a Naval, voltou a mostrar que a equipa está ainda muito longe do que se esperaria, quando estamos já na fase decisiva da Liga. Depois de entrar bem no jogo e marcar cedo, a equipa volta ao equívoco de recuar muito e ceder quase completamente a iniciativa do jogo ao adversário. Gostaria que a equipa mantivesse a atitude com que entrou, na procura da serenidade que um segundo golo permitiria, embora também compreenda que nessa situação haja a tendência para “gerir” um pouco o jogo; isso não pode é significar recuar até à nossa área e passar o resto do jogo num sufoco. Essa “gestão” tem que passar por manter uma pressão sobre o adversário, a começar na saída da defesa, e por uma maior qualidade na posse de bola. Parece faltar à vontade com a posse de bola na maior parte dos jogadores e há claramente um défice de criatividade, que faz com que o jogo se torne previsível e, portanto, mais fácil de contrariar.
Apesar do que atrás fica dito, continuo a manter a confiança em Quique e na sua equipa técnica; a Liga ainda é um objectivo realista e o trabalho de organização do futebol do Benfica aparentemente era mais profundo do que se imaginava, pelo que eu manteria esta equipa técnica na próxima época, pelo valor acrescentado que a estabilidade aporta e para poder mostrar a sua capacidade no planeamento integral de uma época.
Esta é a maior diferença de opinião com a perspectiva de
“... não podemos nunca falar de Rui Costa, porque este é o seu primeiro ano de dirigente e relativamente ao presidente ele mudou o paradigma da sua acção - "deixou de mandar no futebol"!
Eu pessoalmente até simpatizo com a elevada educação de Quique e até acho que provavelmente é um bom técnico... mas... afinal não nos inspira... nem a nós e parece que aos atletas também não (pelo menos nem sempre)...
Erros de casting:
Falta-nos um enorme guarda-redes.
Não temos um lateral esquerdo titular e com todo o respeito ao nosso suplente Ribeiro, a ele falta-lhe estofo atlético, não falo de altura, falo de outra coisa - até porque o Leo era também muito baixo. Porque é que deixaram sair o Léo?
Falta-nos um lateral direito suplente ou titular.
Falta-nos dois organizadores de jogo/médios centro - fortes e técnicamente evoluídos.
Falta-nos dois extremos direitos.
São sete jogadores.
A sair...
Moretto, Ribeiro, Bynia, Katso (porque quer ir), Balboa, Suazo (porque não é nosso) - são 6 jogadores.
A treinar colocaria Jesus se for consensual - tem discurso aguerrido e as suas equipas sempre jogaram bem, de todas as que me lembro sempre jogaram bem.
Foi um bom ano zero, vamos passar para o ano 1 com segurança.
É fundamental:
1º Acertar num treinador de longo prazo. Que possa compreender a instituição, a sua alma, o seu povo.
2º Manter a base do plantel.
3º Contratar jovens jogadores desconhecidos (de baixo valor comercial) para os lugares deficitários - que deverão possuir forte personalidade.
4º Incluir jogadores da formação no plantel.
5º Colocar jovens promessas da formação a rodar em equipas que lhe possam acrescentar valor.”
A minha perspectiva não anda muito longe da de Vitor Pereira, exposta atrás. Muito sinteticamente, porque o post já vai longo:
1 – Estabilidade. Aposta na continuidade da equipa técnica e de
2 - Apesar de ser um adepto incondicional da inclusão dos jovens valores, penso que primeiro é necessário ter uma base muito sólida, que permita a sua inclusão sem receio de os “queimar”. A rodagem em equipas que lhes possam dar ritmo competitivo e crescimento enquanto jogadores deve ser encorajada, mas sempre com a perspectiva do seu regresso.
3 – Primeira aposta, portanto, na constituição de uma equipa base forte, com um misto de experiência e juventude, com base na continuidade da maioria dos elementos do actual plantel.
4 – Estamos muito bem servidos de defesas centrais mas temos um claro défice nas laterais. Maxi tem cumprido bem, mas as saudades de Léo são muitas. Sepsi, um jogador muito jovem, a quem foram dadas poucas hipóteses na sua passagem pela equipa, parece-me um elemento interessante.
5 – Moretto (pela falta de qualidade) e Suazo (pelo custo incomportável) não são jogadores para o Benfica; Balboa ainda não mostrou valer o investimento que nele foi feito.
6 – Falta o maestro. Bem sei que
Este post pretende, sobretudo, ser um incentivo à participação de todos os benfiquistas interessados na reflexão sobre o Benfica do futuro. Termino com um agradecimento especial à participação interessada de
Há poucos meses atrás, o presidente do Sporting introduziu um novo termo no “léxico” do futebol português – Militância.
E depois de assim acusar Deus injustamente, pergunto-me:
1 - Faz sentido começar a defender o resultado aos cinco minutos?
2 - E descurar a pressão alta?
3 - E não conseguir trocar a bola e fazer as transições com a frieza necessária?
4 - E ficar à mercê do erro defensivo do costume ou de um golpe de azar?
5 - E arrancar cabelos - eu não me posso dar a esse luxo...:( - ao ver uma bola na trave e outra a beijar o poste (boa, Júlio, a imagem é de sexólogo!)?
6 - E aturar amanhã os andrades e os lagartos a dizerem que a falta de que resultou o golo não existiu?
7 - E respondo-me - NÃO!!!!!!!!!!! Fizeram um golo cedo? Magnífico! Procurem o segundo e matem o jogo (esta imagem já é de comentador desportivo...).
8 - E vou matar a fome, que com estes marotos já nem consigo jantar antes do jogo, com medo que me parem a digestão!
9 - E um abraço para todos, para a semana há mais paixão. No sentido de sofrimento, claro:).
Motivos profissionais levaram a que não escrevesse na semana passada e que durante esta semana não tivesse sido tão amiúde visita neste blog como de costume.
Lendo-o ontem não posso deixar de referir que me preocupa o facto de cada vez menos as pessoas terem a capacidade de ouvir os outros, respeitar as suas opiniões e debaterem ideias com ideias. De alguma forma, parece o caos do trânsito de onde as pessoas na sua “fortaleza” de metal soltam o pior de si e vomitam impropérios verbais perante qualquer coisa ou qualquer um.
Mas adiante, acho que o debate sobre o que é ser do Benfica é desnecessário e inútil. É do Benfica quem gosta do clube, quem sofre por ele, quem se entristece nos maus momentos e quem regozija nas vitórias e nas conquistas. Ou seja, todos neste blog (bloggers e comentadores) são do Benfica, com a excepção daqueles que têm outras preferências clubísticas e que também nos visitam.
Uma questão diferente é a forma como cada um entende ser mais eficaz ajudar o clube e a visão que cada um tem daquilo que é a gestão actual do clube.
Claramente, de um lado existe quem encontre na gestão actual do clube os maiores méritos e nenhum ou poucos defeitos e para este grupo normalmente o que é mau no Benfica passa a bom e o que é bom no Benfica passa a óptimo. Para estes não existem pontos fracos, o sistema assume uma importância vital (senão única) nos insucessos e dizer mal de algo é algo que se assume como uma heresia.
Do outro estão aqueles que entendem ser mais positivo ajudar o Benfica apontando de forma clara os erros de gestão e comunicação, na medida que estes influenciam de forma cabal o dia a dia do clube do ponto de vista financeiro e desportivos. Para estes o Benfica tem de ser melhor por si mesmo e não pode continuar adiado.
Qual destas é a forma certa? Não sei sinceramente, mas sei o que sinto. Até há 2/3 anos a esta parte, para mim era mais útil para o Benfica que se assumisse a posição dos primeiros aqui descritos. O Benfica estava em mudança, recuperara credibilidade, estava mais equilibrado financeiramente, fazia obra! Era para mim tempo de deixar o tempo correr e esperar resultados desportivos e a continuidade do equilíbrio financeiro.
Neste momento, sinto que esse tempo se esgotou e o Benfica entra numa espiral perigosa. Não posso deixar de valorizar e enaltecer o que foi feito (e continua a ser) mas por outro lado não posso também ignorar que sinto que o caminho actual não é o mais correcto. Para além dos resultados desportivos obviamente aquém do esperado, existe o aumento do passivo e os grandes investimentos que estão a ser feitos e que me parecem mais custos que investimentos, na medida que são despesas que não vão gerar receita…
Neste momento existem 5 pontos preocupantes:
Está tudo mal? Naturalmente que não.
Foi muito já feito e bem feito? Naturalmente que sim.
O Benfica é sistematicamente prejudicado e tem de lutar contra isso? Claro que sim.
Isto implica continuar a passar um cheque em branco para o rumo do clube? Não me parece a melhor forma. Penso que é mais útil fazer uma crítica construtiva e que ajude à melhoria.
Não sei se esta postura me colocará para o Fórum como menos “benfiquista” mas é a que honestamente julgo ser mais útil para ajudar o clube. Sem deixar de denunciar quando somos prejudicados, sem deixar de apoiar sempre e sem deixar de enaltecer os méritos.
Por último, estamos na fase decisiva do campeonato e a ida a Naval reveste-se de uma importância fundamental! Força Benfica!
Saudações Benfiquistas,
Paulo Ferreira
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