O "BOM GIGANTE"
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Este é o meu último post de 2008. Nestas alturas, a tradição obriga a que façamos um balanço do ano. Para mim, a tradição ainda é o que era. Por isso, elegi os momentos que marcaram, na minha opinião, 2008.
Pouco há a dizer hoje, no último sábado do Ano, a não ser desejar a toda a Família Benfiquista, a quem este Blog é especialmente dedicado, um novo Ano Bom:
- Com paz e concórdia entre os Homens de boa vontade (tão poucos no futebol);
- Com verdade, justiça e equidade (tão fustigada e diminuída no futebol);
- Com um olhar especial pelo Outro (que só existe no futebol se for do nosso Clube; e mesmo assim…)
- Com anseio de felicidade e prosperidade para todos os Povos (tão difícil no “Ano Negro”em que vamos entrar)
- COM O BENFICA CAMPEÃO! (não acredito em campeões do Natal do Carnaval e da Páscoa. Só me conformo mesmo com o autêntico e genuíno Campeão que é o que o Benfica vai ser no final desta época).
A todos os que participam neste Blog de forma construtiva e edificante, mesmo que discordante e controversa, os meus desejos sinceros de um Ano de 2009 pleno de boas realizações.
António de Souza-Cardoso
PS: Ainda este Ano a Comissão Disciplinar da Liga analisará o castigo ignóbil aplicado a Nuno Gomes no último jogo com o Nacional. Fica a esperança que a Justiça desportiva esteja melhor neste último “julgamento” do que esteve em todo o ano de 2008 e que mesmo aconteça com os “Henriques” e os ”Xistras” deste Mundo.
Espero que todos estejam a ter umas Festas Felizes e que a consoada tenha sido fantástica. E que 2009, um ano que se prevê difícil, seja um bom ano para cada um de vós e que para o nosso Benfica seja a confirmação de um virar de página, com a conquista de mais um título!
Custa-me a entender que num país em crise (financeira e desportiva) e onde os estádios cada vez estão mais vazios, não se aproveite esta época para promover o espectáculo. Muitas pessoas estão de férias, estão disponíveis e por certo seria uma boa forte de mobilizar o público para ir ao futebol promovendo a união de famílias inteiras em torno deste grande espectáculo. Parar entre o dia 22 e o dia 4, não me parece ajudar em nada o futebol!
O jogo com o Nacional já foi por aqui analisado e reanalisado, por isso a única coisa que me apraz dizer é que é lamentável quando se erra e se justifica o mesmo com o injustificável. Não é um sinal de boa fé nem de inteligência! E a verdade é que o Benfica nesta altura estaria com mais 2 pontos que podem vir a fazer falta.
Mas cuidado, jogámos pouco, muito pouco, e não se pode tapar o sol com a peneira à conta de um erro óbvio de arbitragem. Temos de ser melhores e a principal razão pela qual não ganhámos não foi só a incompetência do árbitro mas sim a falta de qualidade do futebol que praticámos. Para sermos campeões temos de ser melhores, até porque ao que parece e pela amostra podemos continuar a esperar arbitragens deste nível!
Uma última nota para dizer que parto para 2009 com grande esperança na equipa e na estrutura que a suporta. Está coesa, fala a uma voz e desportivamente parecem estar criadas as condições para dar o salto!
Um Bom Ano para todos e que o Benfica seja Campeão,
Paulo Ferreira
Mais uma vez o Benfica não entrou bem no jogo e a primeira parte foi jogada a ritmo lento e sem grande perigo para a baliza do Nacional.
A entrada da segunda parte revelou uma equipa do Nacional muito perigosa, que podia ter marcado, em jogadas bem construídas mas que não deixam bem na fotografia a defesa do Benfica.
A última meia hora de jogo mostrou um Benfica esforçado, procurando, embora de forma algo previsível, chegar ao golo. Tivéssemos começado o jogo com a vontade demonstrada neste período e talvez o resultado e o comentário fossem completamente diferentes. Mais uma vez a equipa do Benfica não fez tudo o que estava ao seu alcance para garantir a vitória e um avanço mais confortável na liderança da Liga, pelo que deve ser feita uma reflexão interna para encontrar soluções para a ineficácia atacante.
Dito isto, para que não restem dúvidas que acho que o Benfica tem obrigação de render mais e de apresentar melhor qualidade de jogo, sobretudo nos jogos em casa, não posso calar a revolta perante a saga do apito. De facto, as agressões à verdade desportiva (e não só) são cada vez mais uma constante na Liga Sagres.
No final do jogo o Benfica marcou um golo limpo, mal anulado pelo árbitro. Pedro Henriques já se pronunciou sobre o lance e disse que não teve dúvidas porque "Miguel Vítor, no momento de rotação, toca com a mão na bola e faz com que a bola, que vinha numa trajectória contrária à da baliza, voltasse para o sentido da baliza. E é com a acção da mão que ele coloca a bola nos pés do avançado, que acaba por rematar e fazer o golo" e ainda diz que a questão da intenção é pouco importante, pois "é com a acção da mão que ele coloca a bola nos pés do avançado, que acaba por rematar e fazer o golo".
Se o critério é esse, porque não marcou então penalty quando o jogador do Nacional desviou, no mesmo lance, a bola com a mão dentro da área? É que a bola também foi rematada em direcção da baliza e só não prosseguiu nessa direcção por ter sido desviada com a mão.
O que parece é que o critério é outro - se a jogada favorece o Benfica então marca-se falta, se favorece qualquer adversário do Benfica, então não se marca.
O que se passou com as agressões no túnel do Dragão mostram mais uma faceta preocupante de uma situação que, sinceramente, pensava já estar erradicada da nossa Liga. Altamente comprometedora foi a clara omissão noticiosa desta ocorrência e dos seus contornos, com a excepção da referência imediata, embora tímida por falta de concretização, de Rui Santos no tempo extra da Sic Notícias.
A reedição deste tipo de comportamentos e a complacência da imprensa perante tal são, de facto, altamente preocupantes.
Termino desejando a todos um Santo e Feliz Natal, e que o ano de 2009 nos traga arbitragens isentas e de qualidade, para podermos chegar àquilo que mais desejamos: o título!
Depois da tempestade vem a bonança. As eliminações da Taça de Portugal e da Taça UEFA, que marcaram a semana, podem culminar hoje à noite, na Luz, contra o Nacional, com uma vitória que nos deixe mais isolados no primeiro lugar da Liga.
A frase que eu repeti neste Blog vezes perdidas não é, desta repetida vez, de minha autoria.
Quem a afirmou foi o Senhor Quique Flores na hora da despedida do Benfica da Taça UEFA.
E não teve razão para menos, não tanto porque precisava de emendar a mão de ambições segundas e menores que transmitiu em momentos recentes mas, principalmente, porque o tal Benfica Europeu, o tal grande projecto galvanizador de um Clube á altura do seu prestigio mundial, acaba sem brio nem glória na porta pequena da mais pequena competição Europeia.
E não acaba de qualquer maneira: acaba em último lugar, sem qualquer vitória, com um único ponto, nove golos sofridos e apenas um golo marcado. E isto, veja-se bem, às mãos (ou aos pés) de 4 equipes pouco destacadas, de outros tantos campeonatos pouco competitivos.
Até o Sporting de Braga, num grupo, com clubes mais destacados de campeonatos mais competitivos, cumpriu com grande dignidade (e pouca fortuna, diga-se) o que está ao alcance de uma equipe de média estatura, que é passar a fase de grupos desta segunda Liga europeia.
Disse há “uns posts atrás” que tive vergonha do Benfica na derrota com o Olympiakos. E andamos aqui no Blog a discutir sentimentos entre todos. Digo agora, mais alto que, independentemente de sentimentos e daquilo que é (e significa) “ter vergonha na cara”, o desempenho do Benfica na Europa, foi uma verdadeira vergonha e merece a nossa reflexão e preocupação.
Tínhamos acabado de ser eliminados da Taça pelo Leixões(!!!) e bem sei que só um milagre nos manteria aberta a porta da Europa.
Mas perder outra vez???
Com miúdos, sem miúdos, com sorte ou azar, com corrupção ou lisura, foi perder outra vez no “santuário” da Luz, contra uma equipe de que seguramente poucos ouviram falar.
E, por isso, o Benfica deste novo ciclo, o Benfica de todas as promessas, do nosso menino Rui Costa, do jovem e ambicioso Quique Flores, fica reduzido a poder ganhar o campeonato (coisa que matematicamente pode ocorrer a qualquer dos clubes da chamada Liga Sagres).
Mas não vamos em primeiro? Vamos, é verdade. Sim, com muito orgulho – já aqui falei do truculento sabor de não “vermos ninguém à nossa frente”.
Mas depois de tudo isto, começo a pensar se este primeiro lugar não será mais por demérito, nomeadamente do FC Porto que renovou mais profundamente a equipe e que tardou mais do que é habitual a ganhar rotinas e procedimentos.
E agora que as tem vindo a ganhar, ao contrário desta confrangedora intermitência exibicional do Benfica, começo a pensar naquele dramático “até quando?”.
E começo outra vez a duvidar, se para além do nosso menino Rui e do jovem e ambicioso Quique, algo mudou de verdadeiramente estrutural na Organização e na Gestão desportiva do Clube?
Digam o que Vos apetecer, mas não posso calar o que me vai na alma: que começo a estar cansado de perder, de acreditar em novos ciclos, de aprovar papel comercial para comprar ainda mais jogadores, num faz de conta que somos ricos e de que é só dar um tempinho que seremos seguramente o Clube Maior que já fomos.
Já sei que batemos no fundo e que foi preciso tirar o Benfica do pântano onde se atolou. Serão certamente poucas, todas homenagens e felicitações feitas e a fazer a esta Direcção pelo papel que teve nesse capitulo importante da vida do Clube.
Mas o que me preocupa, porque a memória é fraca, é que também muitos de nós diziam do Benfica dessa altura pantanosa o mesmo “ amanhã é que vai ser” e” é preciso dar tempo ao tempo” que hoje insistentemente dizem quando alguém se atreve a duvidar.
Como Quique Flores, também eu “não estou aqui para fazer parte da história recente do Benfica”.
Como Quique Flores também eu “não me conformo com o se não for hoje é amanhã!”.
Quero ser Campeão, Já!
Viva o Benfica!
António de Souza-Cardoso
Quando em 1904 Cosme Damião e mais 23 entusiastas criaram o Grupo Sport Lisboa, dificilmente imaginariam a dimensão do monstro que se ergueria.
Da implementação da sede, passando pelo 1º título nacional em 29/30, continuando pela construção do Estádio e fazendo desfilar virtuosos como Cavém, Chalana, Simões, Coluna, Eusébio, Humberto Coelho, Costa Pereira, Bento, entre tanto outros, o Benfica foi-se construindo um dos maiores e mais populares clubes do Mundo!
Foi através do seu ecletismo, das suas vitórias dentro e fora de portas, das grandes estrelas, e da célebre mística que se foi desenhando um Benfica de dimensão dificilmente descritível e da qual só nos apercebemos realmente quando ouvimos um “Ninguém pára o Benfica” em Anfield depois de eliminar o Liverpool, quando estamos fora de Portugal ou em outras situações que nos fazem arrepiar e perceber e sentir realmente o clube.
Os nossos principais rivais minimizam a nossa história, em detrimento de um passado recente menos condizente com a grandeza e herança do passado. Fazem-nos porque não a têm com a mesma dimensão e sentem necessidade de reduzir a importância de algo que é manifestamente fantástico.
Mas o Benfica continua a ser um Clube Grande porque é quem mais sócios e adeptos tem, é uma das maiores marcas nacionais (se não a maior), é quem tem adeptos mais fiéis e presentes, é quem tem o melhor palmarés (e a história conta e temos orgulho nela), é o único com uma real expressão mundial e concorde-se ou não com algumas medidas é quem tem estado na vanguarda da inovação e modernização (como sendo o primeiro a lançar um canal de televisão por exemplo)!
E também é um Grande Clube porque e apesar de uns anos recentes menos felizes, está neste momento em 1º na Liga, em 1º invicto no Basquetebol (onde o FCP está em 8º e o SCP não existe), em 4º no Voleibol e com várias vitórias seguidas (e o SCP e O FCP não existem) tem dois medalhados olímpicos no Atletismo, está à frente do SCP no Futsal (onde o FCP não existe), é 2º no Andebol apenas uma vitória atrás do FCP (e o SCP está em 5º) e em 3º no Hóquei (onde o SCP nem na I Liga está). E se a acção nas modalidades não está isenta de críticas (a saída de Fernando Tavares da liderança e de treinadores vitoriosos mal explicadas, investimentos seguidos de desinvestimentos com pouco critério, entre outros) a verdade é que se conseguiu manter grande parte das modalidades, torná-las menos dispendiosas e mais autónomas e ainda assim vai-se conseguindo ser competitivo (gostaria que o fossemos ainda mais, mas o balanço é positivo). E sei que muitos pensam que o Benfica é um clube de futebol mas discordo… basta recordar o antigo pavilhão cheio num Benfica vs Porto de Basquetebol ou Hóquei para perceber que os benfiquistas gostam do Benfica e apoiam-no em que modalidade for! O Benfica é prioritariamente um clube de futebol mas pode e deve ser mais do que isso e felizmente é-o!
Mas é por ser o que é e por dever muito à sua história que o Benfica tem de caminhar para um futuro de renovado sucesso, onde as vitórias sejam recorrentes e a Europa se curve perante a nossa competitividade. E tem de caminhar através de um presente ambicioso, mas sensato! A sede de vitória não pode provocar (novamente) loucuras que levem ao total desequilíbrio financeiro e consequente retrocesso neste processo de revitalização do clube que quero acreditar estar em marcha e no bom caminho. Muitos clubes já provaram que com orçamentos baixos mas grande capacidade de organização e gestão, com grande competência e com uma cultura de vitória se conseguem fazer grandes equipas e se consegue garantir consistência ano após ano.
Num período de desejos para o ano seguinte faço votos para que:
Não sei se é demais mas apenas desejo um Benfica melhor desportivamente e mais equilibrado financeiramente e que honre e prestigie o seu passado, mas viva o presente e prepare um grande futuro!
Viva o Benfica!
Paulo Ferreira
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