OPINIÃO DOS LEITORES - CARLOS FROTA
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Esta foi uma semana de sonho.
Não evidentemente pelo Porto ter sido humilhado por uma equipe que veste de vermelho e branco. E só não ter perdido pelo dobro dos golos que perdeu por manifesta infantilidade dos jogadores do Arsenal (até o treinador se ria…).
Não sou dos que se contenta com a desgraça alheia. A derrota dos outros só me interessa se o jogo for com o Benfica. Isto é, se eu puder comemorar legitimamente uma vitória.
Mas não deixa de confirmar aquilo que venho dizendo e que muitos portistas com notoriedade pública que andaram a falar de “queixinhas”, hoje já reconhecem, afirmando que algumas “das novas aquisições do Porto não tinham lugar na Sanjoanense”.
Digo e reafirmo que ao contrário do que é habitual o Porto fez uma transformação demasiado radical na estrutura da equipe, não só pela perda de influência de jogadores chave como José Bosingwa, Quaresma ou Paulo Assunção, mas principalmente com um protagonismo demasiado exagerado de aquisições cujo valor não é ainda claro e cujo entrosamento ainda não existe.
Para um plantel com este grau de novidade e de risco não podiam ter Jesualdo Ferreira, tinham mesmo que ter José Mourinho.
Como não têm Mourinho, o resultado está à vista e não me admirava que o Porto continuasse nesta angústia de voltar a agradar, com aumento da pressão sobre a equipe, influência negativa nos resultados e a saída do “mal amado” professor - o homem de que ninguém gosta e que, pelos vistos, também não gosta de ninguém.
Mas a minha paixão é o Benfica e depois do brilhante contra o Sporting que já se julgava invencível, tivemos na mesma semana a categórica exibição contra um Nápoles a fazer lembrar os tempos antigos. Um equipe que não é por acaso que vai em segundo no campeonato italiano e que tem uma “afficcion” e uma carismo do tamanho da grandeza e da história do Clube.
O “Novo Benfica” foi em alargada representação ao Estádio da Luz. Eu, o Bruno Carvalho, o Pedro Fonseca e o Miguel Álvares Ribeiro lá estávamos a representar o “Novo Benfica” e a testemunhar o muito de bom e de novo que há nesta equipa do Benfica.
Julgo que posso dizer em nome de todos que ficamos consoladinhos, com a autoridade de um miúdo chamado Sydnei, a energia transbordante de Yebda e a magia de Di Maria ou de Reyes que são sempre jogadores de quem se espera um golpe de génio.
O provavelmente prematuro dizermos que ganhamos para além de dois jogos decisivos uma equipe capaz de vencer o campeonato e lutar pelo titulo europeu. É ainda mais prematura dizer que, por um golpe de mágica o Benfica ganhou a organização que não teve nos últimos anos.
Mas a verdade é que é tudo mais promissor. Cada um faz o que tem que fazer. O Presidente preside, o Director desportivo dirige, o Treinador treina e os jogadores jogam (vêem como é fácil).
E também é verdade que independentemente de todos os apitos (e eu fui dos que os denunciei desde a primeira hora) o Benfica tem sempre melhores desempenhos quando se concentra naquilo que deve fazer que “jogar à bola”.
Venha agora o Leixões – actual líder do campeonato.
António de Souza-Cardoso
Trabalhar depois de uma noite europeia como a de ontem é um prazer...aliás diria que toda a semana foi particularmente mais alegre depois de duas grandes vitórias, coroadas com exibições convincentes.
O Benfica parece definitivamente no bom caminho, não só pelas melhorias que vai manifestando de jogo para jogo mas também por um conjunto de indicadores, dos quais destaco:
1) O treinador não cede a pressões, não se assusta com nomes e faz um trabalho sério baseado nas suas convicções e competências.
2) A equipa tem alterado peças importantes de jogo para jogo, sendo que tal não se tem notado. Isto não acontecia no passado e demonstra que o Benfica é mais do que um conjunto de bons jogadores e não só demonstra uma boa coesão como um célere assimilação dos métodos e processos tácticos de Quique.
3) As declarações do treinador vão no sentido de destacar a importância do treino (ainda ontem para justificar a inclusão de Luisão no lugar de Miguel Vitor). É um discurso que não se houve muito e tantas vezes é substituido pela "fé", "convicção", "em função do jogo anterior" e outras expressões que fazem crer que o treino não é mais que um local onde se corre (devagar) e se mandam uns pontapés na bola. Na minha convicção que o trabalho e o treino são a base do sucesso registo com alegria a importância que Quique lhe dá
4) O Benfica começa a consegui exercer uma notável pressão na bola. Passou a correr muito e bem e os frutos estão à vista.
5) É impressionante a qualidade dos jogadores que se têm sentado no Banco e boas as indicações e a atitude que deixam em campo quando entram para jogar.
Posto isto e o entusiasmo com as recentes vitórias e exibições e com a postura do treinador (ainda não consigo olhar para Paulo Bento sem pensar "que bela lição de humildade levaste tu..."), é agora tempo de colocar água na fervura. O Benfica em anos anteriores também foi forte na Europa (Koeman por exemplo) e forte internamente a espaços.
O desafio agora é manter uma regularidade exibicional e garantir uma grande humildade perante jogos com equipas teoricamente mais fracas.
Neste sentido o próximo jogo é o mais importante! Ganhar em Leixões vale os mesmos pontos que vencer em casa o Sporting. Sendo uma frase feita não deixa de ser verdade e a principal dificuldade em ganhar estará na cabeça dos nossos jogadores e a atitude que vão colocar em campo. Vencer é um hábito!
Parabéns e vamos em frente com tudo o que ainda temos para fazer até atingirmos os nossos objectivos!
Saudações.
Paulo Ferreira
Não quero usurpar o espaço de ninguém, mas tinha de vos vir dar um abraço. Trabalhei à noite, não vi, não ouvi, sou um pessimista inveterado e depois..., ganhámos, carago! Em verdade vos digo - amanhã o MEO será meu:). Fiquem bem e viva o Benfica.
Quando ia começar a escrever o meu post resolvi dar uma vista de olhos ao que tinha escrito até hoje neste nosso “Novo Benfica”. Por incrível que pareça, já escrevi 20 posts que tiveram o privilégio de obter cerca de 1.800 comentários!
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