AVISO: POSTS AO DOMINGO
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1 - Como já disse e escrevi, não me parece provável que o Benfica ganhe este campeonato, atendendo a que o período de preparação da equipa se estenderá por umas boas semanas de competição.
2 - Tal facto, infelizmente, não me concede a graça de sofrer menos com os tropeços dos rapazes:(.
3 - Nem me torna míope quanto ao que se passa no relvado e fora dele.
4 - Certos meios de comunicação social e comentadores já deixam perceber que não desdenhariam fazer um enterro precoce a Quique Flores, à base dos resultados e de um ambiente conspiratório ao redor de Diamantino.
5 - A dupla Luisão-Katsouranis não me satisfaz, mesmo antes do chorrilho de asneiras do segundo contra o Porto. Jogando sistematicamente contra equipas a utilizar o contra-ataque, vão ficar a ver "passar os ciclistas" com frequência. Acho que a contratação de um central experiente se teria justificado, mas David Luiz é muito bom e Sidney promete.
6 - Com Maxi à direita, sem uma alternativa mais atacante, receio que o jogo vire demasiado à esquerda e se torne muito previsível.
7 - Mesmo dando de barato que Aimar não está em forma, duvido que me venha a convencer naquela posição, acabamos a jogar em 4-4-1,5. Com a chegada de Suazo e a permanência de Nuno Gomes será preciso tomar decisões baseadas nos factos e não em ideias preconcebidas.
8 - A enxurrada de problemas físicos ontem à noite surpreendeu-me, achei a equipa escorreita em Vila do Conde. Quique disse que agora se exige aos jogadores mais do que no passado, sobretudo ao nível da pressão. Acho muito bem! Mas lá que foi preocupante...
9 - Os rapazes bateram-se com denodo. Não o fazer, é o único pecado que considero sem perdão.
10 - Aproximam-se tempos de credo na boca. Mais um campo pequeno, depois os vizinhos da Segunda Circular, o sorteio europeu foi madrasto. Ou seja: na segunda quinzena de Outubro tanto poderemos navegar em velocidade de cruzeiro como estar à beira de uma crise de nervos. No segundo caso, não contem comigo para pedir cabeças. O Benfica, ao que julgo saber, está financeiramente equilibrado e tem ao leme do futebol um homem em quem confio e me desperta ternura. Não crucificarei o treinador e os jogadores que escolheu para reconstruir um edifício sólido ao fim de um par de meses.
Hoje teremos mais um clássico.
Não vale a pena diminuir a expectativa, a emoção e a competitividade destes jogos, onde directamente nos confrontamos com o principal opositor.
Gostamos de ganhar sempre, mas ganhar estes jogos tem realmente um sabor e um sentimento especiais.
Só aparecer no café ou no trabalho de papo cheio, sorriso aberto e crista levantada, é uma perspectiva bem mais reluzente do que termos que fintar a troça, acabrunhados no gabinete ou em casa, com aquela premente necessidade de desaparecer, enquanto remoemos o indigesto sabor da derrota.
Estive em Vila do Conde e não gostei. Do nevoeiro, da equipe, da forma como foi armada na primeira parte, da amnésia do Carlos Martins, da falta de sorte da cabeça de Yebda, ou da falta de jeito (ou de árbitro?) de Aimar naquela jogada quase final (e fatal).
Houve pouca sorte, pouco árbitro e pouco Benfica no Estádio dos Arcos.
Por isso não queria nada levar com o Porto à segunda jornada. Com a nossa equipe ainda em fase de progressão e aprendizagem que já depois do jogo de Vila do Conde recebeu mais dois jogadores provavelmente “titularíssimos” – Di Maria e David Suazo.
Sei bem que o Porto também mexeu significativamente na sua estrutura e teve um resultado diferente com o Belenenses, porque os da “Cruz de Cristo” resolveram nascer outra vez e por outros, pequenos, pormenores (como o remate de Hulk) que só a fortuna sabe explicar.
Mas ainda assim preferia que não fosse agora.
A importância dos clássicos tem, para além das razões emotivas, razões de pura raiz matemática. De facto, nas contas finais dos jogos entre 2 opositores directos estão, sempre, doze pontos em jogo: seis que podemos ganhar e outros seis que podemos evitar que o nosso adversário ganhe.
O Benfica dos últimos anos, perdeu alguns campeonatos precisamente nos clássicos.
Porque, para além de tudo o que é azul, encarnado ou dourado (não vou falar, mas apetecia-me muito, de Jorge Sousa), lhe tem faltado a atitude vencedora, imprescindível em confrontos com este nível de pressão.
Por isso não vou fazer para este jogo de treinador de bancada.
Venha a melhor equipe que tivermos disponível, mas venha principalmente a raça e a mística que a camisola do Benfica deve dar a qualquer jogador que a vista.
Aquela meia vitória que é entrar em campo com a convicção, a vontade e a inquebrantável determinação de ganhar.
Dizendo de dentes cerrados, depois de afagar a relva e benzer a testa um – Até os comemos!
António de Souza-Cardoso
É só.
No domingo passado quando acordei pensei sinceramente que ia ter um dia
feliz: manhã a ler os jornais; almoço e tarde em família e à noite grande
vitória do Benfica.
Tal como muitos benfiquistas que residem no Norte decidi ir ver o jogo de
estreia do Benfica a Vila do Conde.
Estando convicto que o Benfica que dominara o Feyenoord e que lutara de
igual para igual com o poderoso Inter não poderia vacilar perante um
regressado à 1a divisão, decidi levar o meu filho.
Agora é que ele ia definitivamente esquecer o FCP... Um Benfica em grande, a
golear na sua estreia, a afirmar-se como um verdadeiro candidato ao título.
Afinal eu é que estava definitivamente enganado...
Para vos ser sincero não gostei do jogo. Não gostei da atitude da equipa
demasiado passiva. Não gostei de Aimar, faz-me lembrar JVP em fim de
carreira. Não gostei de ver Rui Costa ....
Por outro lado, gostei de ver o estádio cheio de benfiquistas e gostei de
ver o Nelson a sofrer na bancada (ups já foi...)
Chega a ser impressionante, como é que uma equipa que é praticamente toda
nova, do director desportivo aos suplentes, se assemelha tanto à equipa do
ano passado (ou dos últimos dez anos).
Quando o árbitro apitou para o final do jogo pensei em tudo.
Pensei em como seria bom poder desligar o meu amor pelo Benfica como quem
desliga um interruptor. Pensei em como seria bom se de repente os jornais
desportivos deixassem de existir. Pensei que poderia bloquear no meu
computador todos os sites desportivos. Pensei como seria bom cortar a 2f do calendário
No fundo, poder afastar o Benfica da minha vida, e de repente um dia ouvir
da boca de um amigo: - Sabias MO, o Benfica é campeão! Campeão!
Como hoje é terça-feira, e como a minha paixão não se extingue facilmente já
comecei a pensar de maneira diferente. Confesso-vos que hoje até sonhei que
o Benfica goleava o Porto e que isso me tinha feito esquecer aquele primeiro
jogo.
Por isso, sábado lá estarei de novo. Como um jogador que entra no Casino
acreditando que um dia, numa hora ou num minuto a sua sorte mudará...
Um abraço a todos,
MO
PS1: ao reler o post que acabei de escrever, parece que estou a ver os meus
amigos sportinguistas. Acho que posso dizer que já sei o que é ser do
Sporting.
PS2: ao menos que venha o canal Benfica para nos ir entretendo...
PS3: ...continuamos a aceitar posts....:-)
Munidos dos bilhetes e dos apetrechos normais nestas situações – cachecóis, bandeiras, camisolas, etc ... – combinadas as boleias, lá fomos para Vila do Conde para assistir ao primeiro jogo do Benfica nesta edição da SuperLiga.
Trânsito intenso nas imediações levou-me a deixar o carro e seguir a pé para o Estádio dos Arcos, acompanhando uma multidão equipada a rigor; aí ganhávamos largamente pois, para além do vermelho e branco, lá se viam algumas camisolas rosa, do antigo equipamento alternativo, e só de longe a longe uma ou outra verde e branca.
Nas imediações do Estádio parámos num café, para comer qualquer coisa e reunir o grupo de amigos, onde vimos um pouco da parte final da transmissão televisiva do Porto-Belenenses, assistindo ao extraordinário golo de Hulk que tranquilizou os portistas.
Já no Estádio viu-se um Benfica a tomar conta do jogo, conseguindo circular bem a bola e chegar muitas vezes à área adversária, mas sem conseguir criar os desequilíbrios que tornassem as jogadas verdadeiramente perigosas. Excepção para um excelente remate de Carlos Martins – fica a ideia que o jogo poderia ter sido diferente se não tivesse saído lesionado – e para o cabeceamento de Yebda à trave, que seria um golo extraordinário.
Na segunda parte continuou a ver-se uma defesa sem grandes dificuldades mas sem se mostrar muito segura, que acabaria por permitir um golo ao Rio Ave; sobretudo a partir desse momento o Benfica subiu muito de rendimento e viu-se que tem em Aimar o melhor jogador em termos de transporte da bola e construção de jogo, pelo que não se compreende a insistência de o colocar como 2º avançado, como na primeira parte, na qual esteve longe do jogo e quase não tocou na bola.
Infelizmente não assisti à exibição que esperava do Benfica, que tornasse ineficaz o esforçado trabalho dos jogadores do Rio Ave e nos proporcionasse uma vitória inequívoca. A haver um vencedor neste jogo seria o Benfica, mas o empate não fica mal.
Espero que no próximo Sábado, já com Reyes e di Maria, o Benfica mostre mais argumentos e derrote o Porto na Luz.
P.S. – De todos os comentários que vi e li, encontrei várias referências inflamadas aos erros de arbitragem nos jogos do Sporting e do Porto (sem influência significativa no desfecho final) mas nenhuma à falta sobre Quim, na sequência da qual o Rio Ave conquistou o canto que daria origem ao seu golo. Critérios ...
Amanhã, já amanhã, recomeça a magia do futebol competição. Renovam-se esperanças, confirmam-se certezas, alvitram-se prognósticos, fazem-se balanços retroactivos e prospectivos.
Amanhã, só amanhã, no exacto momento em que estamos todos iguais, na mesma esperançosa linha de partida, seremos todos futebol.
E percebemos, amanhã, nessa única vez do ano, que há um profundo sentimento que nos distingue e que nos reúne: A imensa paixão que todos temos pelo futebol.
Existimos nós, os apaixonados de todas as raças, de todos os clubes, e os outros - os que desgraçadamente não foram tocados por esta arrebatadora paixão proporcionada pelo desporto Rei .
Espero sinceramente que o Benfica que amanhã entre em campo em Vila do Conde esteja o mais perto possível deste “Novo Benfica” que nos reuniu há pouco mais de 2 meses neste blog.
Um Benfica de têmpera, de raça, de cabeça erguida, na busca incessante da vitória. Um Benfica orgulhoso mas emancipado do seu passado, a querer fazer-se ainda mais glorioso ali, no momento em que tudo conta, que é o presente.
Amanhã lá estarei em Vila de Conde com outros companheiros do Blog, em especial e animada reportagem.
Passemos ao jogo. Confesso que continuo preocupado com a direita da defesa, onde julgo que jogará Maxi Pereira. Gostava que David Luiz pudesse jogar no eixo com Luisão, libertando Katso para o meio no apoio a Carlos Martins. Uma vez que Reyes está impedido de jogar apostava em Urreta para o lado esquerdo e Ruben Amorim para a direita (não gosto dele aqui). Na frente Aimar (tambémnão gosto dele aqui) e Cardozo.
Se David Luis não puder jogar, surpreendentemente tudo encaixa melhor para um verdadeiro Benfica de ataque. Recua Katso; Ruben Amorim , Carlos Martins e Aimar fazem um miolo de luxo. Depois teremos Urreta à esquerda, Balboa à direita e Cardoso na frente, num muito dinâmico 4x3x2x1. Se neste modelo de jogo o Benfica tiver que segurar resultados (espero que não) tem sempre Bynia para substituir Ruben ou Carlos Martins; Ou mesmo Katso por entrada de Sidnei para o eixo da defesa.
Com esta ou com outra equipe o importante é ganhar. Para afastar todos os fantasmas e enfrentar o Porto, de garimpa erguida, na segunda jornada.
Temos por isso que ganhar. Melhor ou pior, de qualquer maneira, mas ganhar. Não escolhi propositadamente o titulo “Entrar com o pé direito” para não esquecer (nem “azarar”) aquele deslumbrante pé esquerdo de Óscar Cardozo (confesso que me sossega ter um Cardozo a jogar na equipe).
Ganhar amanhã é de tal maneira importante que só a ausência tão prestigiante de Di Maria na final olímpica me permitem resistir á tentação de desejar uma vitória a qualquer preço.
Falo de uma vitória que até podia ser marcada, já não com a mão de Deus, mas com a de um… “Angelito”.
António de Souza-Cardoso
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