Ano de Má Gestão
O Benfica começou a época a gerir bem. A venda de Ramirez, Di Maria e, mais tarde David Luiz, apesar da saudade que deixam e da indiscutivel importância que tinham na equipa, é um acto de gestão indispensável a quem tem o passivo do Benfica.
O mesmo da compra de Salvio e Nico Gaitan, a compensaram aquele dia malévolo em que deixamos fugir Falcão.
Já não de Roberto que me parece ter altos e baixos que comprovam a sua imaturidade, maior para mim da de Júlio Cesar e, principalmente, da de Moreira. Para não falar do episódio serôdio que envolveu a saida de Quim.
Mas na primeira Taça que disputou contra o Porto, percebeu-se bem que equipa ainda estava de ressaca de uma festa de alguém que nos últimos anos, andava arredado dos festejos. e por isso se deslumbrou.
Depois foi o inicio de época desastroso no Campeonato, com arbitragens também desastrosas que quase condenaram a época à quinta jornada. Este periodo culminou com o vergonhoso 5 a 0 no Dragão.
A equipa acordou então e, a espaços, chegou a mostrar que bem poderia ser a melhor equipa portuguesa.
Entretanto na Europa sairamos sem honra da mitica Liga dos Campeões que Jesus (tal como Luis Filipe Vieira no passado) prometeram vencer.
A má gestão mais gritante foi a gestão fisica e psicológica da equipa: O Benfica começou a época cansado e acabou a época... também cansado.
Perdemos depois o Campeonato (já vamos a muitos pontos do Porto) e mais tarde a Taça de Portugal, em condições quase incompreensíveis perdendo uma vez mais com um Porto que, apesar de ajudado pelas arbitragens, mereceu vencer o campeonato.
Ganhamos depois, com pouca festa, a Taça da Liga, um troféu pequeno de mais para o Benfica.
E agora temos a Liga Europa.
Julgo, tal como Mourinho, que as finais não se jogam, ganham-se e nesta final (se o Benfica passar o Braga) não há má gestão que afecte o sonho dos jogadores ganharem este único jogo.
É essa a minha esperança e, julgo, que de todos os Benfiquistas.
E isso mostraria que apesar da má gestão, nos resta ainda defender a nossa grandeza.
Com a esperança e a convicção que temperaram o carácter de campeões que nunca poderemos perder!