DAR TUDO POR TUDO
O nosso Benfica joga amanhã uma das duas finais que terá que enfrentar na Liga dos Campeões, para tentar passar a fase de grupos.
É claro que poderíamos – e deveríamos - estar, nesta altura, numa situação mais favorável, se tivesse havido uma atitude mais competitiva e profissional nos jogos disputados “fora”, principalmente naquele que perdemos de forma frustrante com o Schalke 04, uma equipa perfeitamente ao alcance do Benfica.
A nossa equipa tem que entrar, no jogo a disputar em Israel, com uma atitude ganhadora, dominadora e “guerreira”, demonstrando dentro de campo a evidente diferença de valores existentes nos dois planteis.
Já li, algures, que o Benfica teria que estar preparado para aguentar a pressão inicial do Hapoel, equipa que deverá entrar muito determinada, à procura da primeira vitória na Champions.
Acredito que os jogadores do Hapoel sintam motivação extra, por jogarem diante do seu público e que até tentem entrar a pressionar, tirando espaço de manobra à nossa equipa, mas o Benfica não poderá consentir isso.
Este jogo só é importante para uma das equipas, que é a nossa e, por isso mesmo, acho que deve ser do Benfica a iniciativa da partida, desde o apito inicial do árbitro.
Contra equipas como o Hapoel, principalmente quando jogam em casa, o Benfica tem que entrar “a fundo”, procurando confundir as marcações individuais que, certamente, irão ser dedicadas aos jogadores chave da nossa equipa.
O regresso de Cardozo, mesmo que não alinhe de início, pode funcionar como um incentivo extra, numa partida que teremos obrigatoriamente que ganhar e, se possível, marcando um número de golos que nos permita anular a desvantagem de “goal average” que temos em relação aos nossos adversários directos, na luta pela passagem à fase seguinte da competição.
O resultado do outro encontro do nosso grupo reveste-se, naturalmente, de grande importância para o Benfica desde que ganhemos o nosso jogo em Telavive. Se o Lyon ganhar fica automaticamente apurado, mas mesmo empatando ou perdendo ficará numa posição privilegiada, uma vez que recebe o Hapoel na última jornada.
Se o Schalke ganhar ou empatar, ficamos obrigados a vencer o jogo na Luz, na “final” do dia 07 de Dezembro próximo. Só se os alemães perdessem o jogo com o Lyon é que um empate na Luz nos bastaria para alcançarmos o segundo lugar do grupo.
Com tantas contas, já parecemos a Selecção Nacional, mas o certo é que os pontos desperdiçados nos primeiros jogos poderão fazer-nos falta no balanço final.
Do que não restam dúvidas é de que a nossa equipa tem que “arregaçar as mangas” e jogar as duas próximas partidas da Champions como se de duas finais se tratasse.
Vencer os últimos dois jogos do grupo é fundamental, não só para as legítimas aspirações da passagem à fase seguinte, mas também para relançar o prestígio do Benfica além fronteiras. Só estando entre os melhores da Europa – e de forma regular – o Benfica ficará no lugar onde pertence e onde deverá permanecer sempre!