A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA
Tal como escrevi na passada semana, parece-me que falta, a vários dos jogadores do nosso Benfica actual, algum traquejo internacional.
É, seguramente, o preço a pagar pela juventude de grande parte do plantel, embora haja excepções à regra, como é evidentemente o caso de Fábio Coentrão.
Acontece que Fábio Coentrão é um jogador muito acima da média, conseguindo com a sua garra, técnica apurada e força inesgotável, superar os constrangimentos que frequentemente surgem a jogadores mais novos, quando confrontados com outros muito mais experientes. Este era o caso também de, por exemplo, Di Maria e Ramires.
A falta de experiência torna-se mais notória nos confrontos internacionais e, principalmente, numa Liga dos Campeões. Paradigmático foi o jogo da passada terça-feira, contra o Lyon.
Sob a batuta do experiente Carlos Martins, o Benfica pegou muito bem no jogo, dominando-o durante 75 minutos em que, por vezes, a exibição colectiva chegou a roçar o brilhantismo. Há quem diga que terá sido um dos melhores jogos do Carlos Martins desde que está no Benfica e até poderá ser verdade, mas certo é que a importância da sua presença em campo tem sido uma constante na presente época.
Neste jogo, em particular, são de referir dois “pequenos-grandes” pormenores: fez as assistências para os quatro golos do Benfica e, com a sua saída do campo, começou o descalabro defensivo da nossa equipa.
Carlos Martins até nem é um jogador que defenda muito, mas não há dúvida de que enquanto ele esteve em campo, ajudou a tapar muitos dos caminhos para a nossa baliza.
A experiência permite aos bons jogadores “adivinharem” onde a bola vai cair, ganhando assim muitos lances por antecipação e jogarem sempre de cabeça levantada, de forma a fazerem passes precisos para colegas de equipa que se desmarquem bem. Foi exactamente o que se passou com os dois passes para os golos do Fábio Coentrão.
Com a saída de campo do Carlos Martins, parece-me que o Jorge Jesus deveria tê-lo substituído pelo Airton, o que permitiria uma consistência muito maior ao meio-campo do que com Felipe Menezes. Este último, bem como Jara e mesmo Weldon mostraram-se completamente perdidos dentro do campo, parecendo não terem noção das funções que deveriam desempenhar.
Aliás, a falta de experiência fez-se notar inclusive no David Luiz, com alguns cortes disparatados para onde estava virado e tentativas de transportar a bola “à Beckenbauer” que resultaram em perdas complicadas.
Para o jogo no Dragão, espero que os nossos jogadores consigam deixar-se de vedetismos e joguem com grande garra e concentração, para podermos vencer a partida.
Desde logo temos uma contrariedade que é o facto de ser arbitrada por um dos juízes que já por diversas vezes tem prejudicado o Benfica.
Recordemos, por exemplo, que em 21 de Agosto passado, na Madeira, Proença esteve na derrota da nossa equipa diante do Nacional (1-2), com amplas razões de queixa para o nosso lado.
O último clássico entre Porto e Benfica que dirigiu também foi no Estádio do Dragão, remontando a Fevereiro de 2009, partida que terminou igualada a uma bola, então com grande polémica devido ao penalty assinalado sobre Lisandro Lopez, que valeu o golo do empate aos portistas.
Lembrem-se também outras “infelizes” actuações de Pedro Proença, em prejuízo do Benfica: http://www.youtube.com/watch?v=mP1FCaGbGF0
De qualquer forma, contra tudo e contra todos, FORÇA BENFICA!!!