Escrevo na refrega de um Lyon- Benfica.
Gostei da forma como o Benfica entrou.
Confirmei que o Lyon tem traquejo, experiência e dimensão europeia. É para mim, sem nenhuma hesitação, um dos grandes da Europa.
Quando ocorreu o sorteio muito gente achou que o Benfica tinha tido sorte em ter ficado no Grupo do Lyon. Eu fui dos que afirmei que o Benfica teve azar em ter ficado no Grupo do... Shalke 04. Porque do "Pote 1", venha o diabo e escolha. Na fortuna dos "Pote 2 e 3" é que se joga o elenco final. E no elenco final deixam de haver favoritos.
Voltemos ao jogo:
O Benfica entrou bem e não jogou mal, pelo menos em boa parte do jogo.
Que ficou marcado por 2 momentos principais: A perda de bola displicente e distraida de Carlos Martins (que até ai confirmava a seu grande momento de forma) que deu origem ao primeiro golo do Lyon e a falta displicente de Nico Gaitan que apanhou o árbitro distraido e o fez mostrar-lhe o segundo amarelo (julgo que o árbitro só com o cartão na mão se apercebeu que estava a expulsar o jogador). Falta tão desnecessára como de julgamento claramente excessivo que marcou o jogo quase até ao fim.
Julgo que Jorge Jesus tardou em mexer na equipa e em reequilibrá-la. Quando o vez, à custa do pulmão e do génio de Fábio Coentrão, o Benfica esticou-se, voltou ao jogo e não deixou de sair de cabeça levantada de Lyon.
Perdeu o jogo, mas não perdeu o sonho de ser apurado. E ganhou a definitiva confiança que ainda poderia faltar no talento e no virtuosismo do guarda-redes Roberto.
Julgo que nada está perdido. Precisamos de ganhar, claro, mas receberemos em casa os nossos adversários directos.
Agora, em Portimão, temos que regressar ao campeonato e ao crescendo de forma que o Benfica tem demonstrado.
Para não perdermos pontos até ao Dragão.
Para não perdermos pontos no Dragão.
E assim voltarmos à condição de favoritos. Aquela que está normalmente reservada aos campeões!
António de Souza-Cardoso