HISTERIA JUVENIL
Neste início de campeonato, têm sido sobejamente referidas as numerosas situações em que sucessivas arbitragens têm prejudicado o Benfica.
Tais situações já nos causaram a perda de pontos muito importantes, cuja recuperação vai exigir um esforço suplementar aos nossos jogadores, mas também a nós, sócios ou adeptos, que temos que nos manter sempre com a equipa.
Aquando do jogo em que fomos mais escandalosamente espoliados – em Guimarães – não faltou quem viesse meter “foice em seara alheia”, procurando branquear a miserável actuação de Olegário Benquerença.
À cabeça de todos os ataques verbais contra o Benfica, revelando uma “azia” supostamente incompatível com a sua idade e com a consequente contabilização de mais êxitos para o FCPorto, tem estado André Villas Boas.
Parece ter, permanentemente, um ressabiamento típico de quem inveja o sucesso alheio, quando a realidade até é a de que o FCPorto tem ganho – bem ou mal, não é isso que está aqui em causa - nos últimos anos, bastantes mais títulos do que o Benfica.
No final do jogo em que o FCPorto empatou em Guimarães, André Villas Boas asseverava, a pés juntos, que o seu clube havia sido prejudicado com um penalty não marcado e que poderia ter resultado no 2-0.
Após visionamento das imagens do referido lance, AVB vem agora dar o dito por não dito e, louvavelmente, admitir que se enganou e que não houve qualquer penalty por assinalar contra o Vitória de Guimarães. Não deixa, no entanto, de criticar a arbitragem por outras decisões, entre as quais o fora de jogo inexistente assinalado a Falcão.
Muito convenientemente, no entanto, “esquece-se” de referir o claro penalty cometido – e não assinalado - por Fucile sobre Edgar, a respectiva punição disciplinar que deveria ter sido aplicada, bem como a entrada violenta do mesmo Fucile, que lhe deveria ter valido um cartão vermelho directo e não o segundo amarelo.
Entretanto, Pinto da Costa também já tinha vindo a terreiro reclamar pelo pretenso penalty contra o Guimarães mas, que conste, ainda não veio retratar-se.
A campanha anti-Benfica tem sido escandalosamente notória e, em todos os jogos do campeonato disputados até agora, sempre houve grandes penalidades por marcar a favor do Benfica e decisões que nos prejudicaram seriamente.
Ao mesmo tempo, os adversários do FCPorto têm sido frequentemente espoliados de grandes penalidades, de tudo isto tendo resultado o “passeio” que tem sido proporcionado ao nosso grande adversário. Esperemos que o jogo de Guimarães constitua um ponto de viragem, porque ainda vamos muito a tempo de recuperar a desvantagem de sete pontos e de revalidarmos o título de campeões nacionais, tão brilhantemente conquistado na época passada.
Tudo o que pedimos – aliás, exigimos – são arbitragens isentas e que permitam que os jogos sejam decididos pelos jogadores e não pelos árbitros.
Quanto a André Villas Boas, aconselho-o apenas que evite cenas de histeria juvenil como aquela que proporcionou em Guimarães. Se assim reagiu perante um empate, se o FCPorto tivesse perdido, seguramente que necessitaria de assistência médica urgente.