Temos que Acreditar!
As férias prolongadas e o morno inicio de campeonato, fizeram com que estivesse distante do Novo Benfica, facto para o qual junto de todos os leitores, sinceramente me penintencio.
Não é fácil desde o último post actualizar a minha opinião.
Julgo que não começamos bem e não estou seguro se substituimos bem os dois elementos de que toda a gente fala - Di Maria e Ramires, e um terceiro de que pouca gente fala - Quim!
Mas a verdade é que a equipe está fechada, pelo menos até Janeiro, e é nela que temos que depositar o nosso sonho e a nossa confiança.
Estamos a ser, como o jogo com o Guimarães provou à abundância, fustigados pelas arbitragens. Não será um ano fácil. Até porque o Porto reencontrou a sua mistica e, julgo, que a sua "influência".
Ontem, no jogo com o Appoel (que bela equipa, pelo menos na baliza e na frente), vi ainda um Benfica preso, com pouca bola e com poucas rotinas. Algures pela segunda-parte, muito por força dos ajustes de meio campo e da experiência e génio de Pablo Aimar, Carlos Martins e Ruben Amorim, vislumbrei lampejos do Benfica glorioso da época transacta.
Mas não posso estar descansado. Sei bem que Cardozo é como é - quando não tem as rotinas certas parece indolente e preguiçoso, mas também sei que marcou 38 golos o ano passado em provas oficiais, feito de que poucos no mundo se podem gabar.
E por isso, quando ele me mandou calar (e a todos os Benfiquistas), por altura do fácil segundo golo contra o Appoel,.... calei-me.
E assim permanecerei até ao momento em que entenda que se deve exigir mais a um jogador que esteve na África do Sul e integrou muito tardiamente a preparação do Benfica.
Domingo vem o Sporting - que faz já o seu habitual discurso de calimérica vitimização.
Dispenso-me de sublinhar que este é o primeiro encontro decisivo para o Benfica no actual campeonato. Porque não pode perder - já perdeu mais vezes que em todo o campeonato anterior, e porque é o primeiro derby que realiza com um putativo candidato.
Vamos dar tempo ao tempo e acreditar que, no essencial, pouca coisa mudou neste Benfica que há tão pouco tempo tantas alegrias nos deu.
António de Souza-Cardoso