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Novo Benfica

Novo Benfica

10
Jun10

O BENFICA 2010/2011

José Esteves de Aguiar

 

O nosso Benfica é hoje, sem margem para dúvidas, um clube altamente profissionalizado, no qual as épocas desportivas são cuidadosamente planeadas até nos mais pequenos detalhes.

 

Não tenho a menor dúvida de que ninguém se encontra a “dormir sobre os louros conquistados” e de que a próxima época já se encontra a ser preparada desde há uns meses.

 

Desde logo pela inevitabilidade da saída de dois ou três jogadores que foram muito importantes na época 2009/2010, face ao poderio económico dos colossos europeus que os pretendem contratar e, porque não dizê-lo, face à legítima expectativa de qualquer ser humano em querer melhorar o seu nível de vida e iniciar uma nova etapa na carreira profissional.

 

Se assistimos, todos os anos, a transferências milionárias de jogadores – e mesmo de treinadores – entre clubes que têm uma capacidade financeira equivalente (casos de Real Madrid, Manchester United, Barcelona, Milão, Inter, Chelsea, Arsenal, etc.), como poderemos ter a veleidade de pretender que o Benfica resista ao assédio de tais clubes?

 

O Benfica é enorme, mas escusado será relembrar a diferença do nível salarial praticado nas Ligas Espanhola, Inglesa ou Italiana.

 

Acresce que é muito importante o factor da motivação dos jogadores. Concordo em absoluto com Jorge Jesus quando afirma não querer jogadores contrariados na sua equipa.

 

Se Di Maria ou Cardozo pretendem ir tentar a sua sorte num clube doutra Liga, que lhes proporciona a possibilidade de auferirem vencimentos muito superiores àqueles que o Benfica alguma vez lhes poderia pagar, penso que não lhes deveremos “cortar as asas”, desde que o encaixe financeiro para o nosso Clube seja significativo, embora algo abaixo das respectivas cláusulas de rescisão.

 

Tanto Di Maria como Cardozo deram importantes contributos desportivos ao Benfica e podem, agora, dar também importantes contributos financeiros. No entanto, nenhum deles alguma vez exteriorizou um amor ao Benfica tão devotado como o faz, por exemplo, David Luiz.

 

Nenhum jogador é exactamente substituível por outro, mas devemos acreditar na capacidade profissional de quem já escolheu e contratou alternativas para colmatar previsíveis saídas.

 

É claro que os jogadores que entrarem de novo terão que passar por um período de adaptação, principalmente os oriundos da América Latina. Neste particular, as notícias veiculadas nos últimos dias, que dão conta da eventual contratação de jogadores a actuarem em Ligas Europeias, parecem-me positivas.

Não deixo de lamentar, contudo, o facto de o Benfica não apostar mais em jogadores Portugueses, com óbvios reflexos nas convocatórias para a Selecção Nacional. Aproveito para saudar a chamada de Ruben Amorim, ainda que tardia e motivada pela lesão de Nani.

 

Ainda na época 2009/2010 pudemos constatar a diferença de capacidade de adaptação por parte de jogadores que já actuavam ou tinham actuado na Europa (casos de Javi Garcia, Saviola, Weldon ou Fábio Coentrão, por exemplo) face a outros acabados de chegar da América Latina (como Schaffer, Éder Luís, Keirrisson, ou mesmo Kardec). É certo que tivemos pelo menos dois jogadores que, pela sua rápida adaptação, contrariaram esta tendência (Ramires e Airton), mas tal poderá dever-se ao facto de serem jogadores com espírito mais “guerreiro”.

 

A mais rápida integração de jogadores chegados de novo, bem como a recuperação de jogadores que já integravam o plantel mas em sub-rendimento (tais como Di Maria, Cardozo, Aimar ou Carlos Martins), são inequivocamente obra de Jorge Jesus, um verdadeiro profissional e um profundo estudioso das características de cada um dos jogadores que tem à sua disposição.

 

Estou curioso para ver o Benfica da nova época e de que forma Jorge Jesus  irá organizar a equipa, mas extremamente confiante em que vamos continuar no ciclo vitorioso e com motivos para sorrir com as alegrias desportivas que iremos receber.

 

 

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