MAIS UMA FINAL GANHA!
O Benfica deu mais um passo importante na sua caminhada rumo ao título de campeão nacional 2009/2010.
A vitória sobre o Sporting não foi nada fácil, até porque os nossos adversários entraram no jogo de uma forma desinibida, contrastando com alguma ansiedade visível nos nossos jogadores.
Para além da ansiedade de quem já “cheira” o título, é notório o mau momento de forma de alguns dos jogadores do Benfica.
Neste ponto, parece-me ser de salientar – pela negativa – Javi Garcia e Ramires. Não questionando, de forma alguma, o profissionalismo destes jogadores, constata-se mesmo assim que não conseguem apresentar em campo a qualidade de que já anteriormente deram provas.
Perdem mais bolas do que ganham, deixam-se antecipar pelos adversários e fazem faltas escusadas.
Pareceu-me que, durante a maior parte dos primeiros 45 minutos, o Sporting conseguiu ser “mais equipa” e controlar melhor o meio-campo, aproveitando o nervosismo de alguns dos nossos jogadores que, inclusive, discutiram uns com os outros por mais do que uma vez.
No meio do desacerto generalizado por parte dos nossos jogadores, Éder Luís salienta-se por ter sido, até agora, a menos conseguida das contratações de Inverno.
Durante o intervalo, no balneário, Jorge Jesus deve ter “dado na cabeça” dos nossos jogadores, tal a transformação que apresentaram da primeira para a segunda parte o jogo.
A substituição de Éder Luís por Aimar não explica por si só uma transformação tão radical - a equipa surgiu confiante, dominadora, com capacidade para ligar as jogadas e para empurrar o Sporting para o seu meio-campo, fazendo circular a bola em carrossel e criando sucessivas avalanches de futebol ofensivo.
Os defesas laterais foram muito atacantes, destacando-se mesmo mais do que os extremos que tinham à sua frente e ficando, aliás, ambos ligados ao primeiro golo do Benfica.
Quanto a este golo, parece-me justo salientar o espírito de sacrifício de Cardozo que, apesar de lesionado, se manteve em campo durante o tempo necessário para deixar a sua marca neste jogo.
A clarividência com que Aimar entrou no jogo pareceu contagiar os seus colegas de equipa, os quais se desinibiram mais, contribuindo de forma decisiva para uma vitória inteiramente justa, perante um adversário valoroso, mas que foi incapaz de resistir ao aumento de intensidade competitiva colocado em campo na segunda parte, pelos jogadores futuros campeões de Portugal.