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Novo Benfica

Novo Benfica

23
Dez09

CONFIRMADOS E CONFORMADOS

José Esteves de Aguiar

 

O jogo de domingo passado, contra o Porto, foi pródigo em contrastes, parecendo-me de realçar que houve confirmações e conformações notórias.
 
Desde logo, a confirmação de que temos equipa para todo-o-terreno e para todas as estações do ano.
 
Que temos “matéria-prima” em quantidade e qualidade suficiente para controlar totalmente um jogo contra o Porto, à partida apontado como grande favorito para esta partida, não só porque se apresentava na máxima força, mas também devido às limitações impostas ao nosso plantel por lesões e castigos.
 
Que um Urreta que pouco tem jogado consegue substituir o Di Maria e o Fábio Coentrão, mantendo o mesmo nível de eficácia ofensiva e defensiva e dando-se mesmo ao luxo de dar espectáculo, com toques de calcanhar e tabelinhas de grande nível, como se estivesse a jogar contra a defesa de uma equipa menor.
 
Que um Carlos Martins regressado de lesão assume com mestria e competência a batuta da organização do jogo, perante a indisponibilidade do Pablo Aimar.
 
Que a vontade de vencer evidenciada pelos nossos atletas consegue superar as mais variadas contrariedades, incluindo um adversário sempre incómodo e um árbitro apostado em fazer esquecer – precisamente neste jogo – o lapso cometido na final da Taça da Liga.
 
Foi confirmado também – se dúvidas ainda houvesse – que a grande nação Benfiquista está unida à sua equipa de forma incondicional, arrostando com um frio de rachar e uma chuva persistente, para dizer presente. E presente, de que maneira, porque o apoio foi quase permanente, através de cânticos e aplausos. Foi mais uma noite inesquecível, que me fez sentir feliz por estar no estádio do meu clube!
 
Passando agora àquilo que chamo conformações notórias, não posso deixar de referir que há muito tempo não encontrava tantos portistas conformados. Bem sei que alguns “iluminados” persistem em arranjar mil e uma desculpas para aquilo que foi evidente: o Porto foi dominado, manietado, controlado mesmo no período mais perigoso e, em largos momentos da partida, reduzido a uma equipa vulgar, procurando desesperadamente evitar uma goleada.
 
No entanto, foi notória a conformação dos adeptos portistas que se deslocaram ao nosso Estádio, os quais passaram calados muitos momentos do jogo.
 
Além disso estou certo que muitos benfiquistas sentiram o mesmo que eu quando conversei com amigos portistas sobre o jogo – ficaram conformados com a derrota, quase aliviados por ter sido pela margem mínima e reconhecendo que, nesta partida, foram inferiores ao Benfica.
 
Aliás, aquilo com que os portistas não se conformam é com a falta de eficácia demonstrada pelos seus jogadores, com o facto de quase não terem conseguido criar oportunidades para rematar à nossa baliza, tendo sido expoente máximo de tal o Falcão – máximo goleador do Porto - que não rematou uma única vez, nem que fosse ao lado!
 
Mais uma vez, o Jesualdo Ferreira mostrou o seu mau perder e falta de capacidade de análise crítica ao jogo, ao afirmar que o resultado mais justo teria sido o empate. Com a falta de remates dos jogadores do Porto, só mesmo se fosse com um auto-golo de algum jogador do Benfica…
 
Fez-me lembrar uma célebre declaração que fez há dois anos, depois de ter ganho 1-0 no Estádio da Luz. Nessa altura saiu-se com esta pérola: o Porto dominou na primeira parte, o Benfica dominou na segunda, por isso o resultado é justo (!!!).
 
Sem mais, aproveito para desejar a todos quantos visitam e animam, de forma civilizada, este blog, independentemente do clube pelo qual “torcem”, um Bom Natal.

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