Venha o Porto!
Ganhamos ao AEK, num jogo agradável onde Jorge Jesus pôde recolher indicações. Umas boas, outras menos boas.
Ganhamos o grupo com brilho e estamos na Europa, hoje, de forma bem diferente daquela em que estivemos o ano passado frente a um grupo de intervenientes semelhantes. Um ponto, lembram-se, fizemos um só pontinho e sofremos 5 ridículos golos do vulgar Olympiakos.
Agora vem o Hertha de Berlim e, estou convicto, que seguiremos em frente na Liga Europa até cumprirmos a nossa ambição.
Felizmente o Benfica tem hoje outra atitude, outra cultura, outra vontade.
Julgo que ainda não completamente consolidada o que provoca alguma irregularidade exibicional, mas diferente muito diferente, para melhor, do que a que demonstrou nos últimos anos.
Claro que os grandes campeões se vêm também, senão principalmente, nos grandes momentos.
A diferença entre uma circunstância benévola e uma realidade sustentada é por vezes pequena, mas revela-se quase sempre nos momentos grandes.
Vamos ter no Domingo o momento maior deste tempo de Jesus.
O momento em que estou certo se perceberá que este Benfica não é uma equipa artificialmente “acelerada” para o princípio da época, mas antes o próximo campeão nacional.
Mesmo sem alguns jogadores fundamentais que as muitas coincidências dispensaram do “derby”.
Esteja Lucilio Baptista à altura de uma responsabilidade definitiva: a de que se aprendeu alguma coisa com o apito dourado. É que apesar de todas as ilibações recentes, houve acusações e acusados, lembram-se?
Venha o Porto, na certeza que todos acreditamos que este jogo grande confirmará definitivamente um Grande Benfica.
António de Souza-Cardoso