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Dez09
TÃO CALADINHOS QUE ELES ANDAVAM!
José Esteves de Aguiar
A boa pré-época e o excelente arranque de época que tivemos levou a que a maior parte dos nossos opositores mais acérrimos – principalmente portistas e sportinguistas – se tenha remetido ao silêncio, abstendo-se de tecer grandes comentários ao Benfica, neste blog.
Bastou, no entanto, que alguns resultados fossem menos conseguidos, para que surgissem como cogumelos - mais ou menos venenosos nos seus comentários – tentando passar agora uma imagem de fraqueza que não corresponde, de forma alguma, ao nosso grande clube.
Circunstâncias várias levaram àqueles resultados menos conseguidos, mas não afectam de forma grave a estabilidade e qualidade do nosso plantel de futebol profissional.
Parece-me claro que o Benfica precisa de contar, dentro dos seus quadros, com um profissional competente na área do apoio sociológico e psicológico, capaz de ajudar a controlar emoções e reacções imaturas de alguns dos nossos jogadores.
O que se passou em Olhão, a nível de provocações aos nossos jogadores, procurando levá-los a “perder a cabeça”, era de tal forma previsível, que não consigo perceber como não houve um trabalho prévio de mentalização que tivesse ajudado os mais “emotivos” a conterem as suas reacções.
Não julguem os nossos adversários que somos a única equipa que necessita de controlar melhor as emoções de alguns dos seus atletas. Na presente época já assistimos a reacções despropositadas de jogadores como Hulk, Raul Meireles, Liedson, Cristiano Ronaldo ou Miguel Veloso, para referir apenas alguns.
Tal como os Benfiquistas não deveriam “embandeirar em arco” com os resultados – alguns estrondosos – obtidos nesta época, também os nossos adversários não deverão assumir como um dado adquirido que o Benfica “já deu o que tinha para dar”.
Desde o princípio da época que os responsáveis do nosso clube sempre recordaram que uma goleada conta apenas três pontos, que a nossa caminhada será feita jogo após jogo e que só no fim se farão contas.
O campeonato é longo e é uma prova de regularidade, por isso acredito que a estabilidade e o controlo das emoções são peças fundamentais para o êxito.
Desenganem-se os nossos adversários se julgam que podem encomendar o funeral do Benfica. Estamos vivos e bem vivos e vamos prová-lo no jogo do próximo domingo, frente a um F.C.Porto que parece ter-se convencido, assim de repente, que já atirou para trás das costas os fantasmas que o atormentaram num passado muito recente.
Daqui a algum tempo, espero estar a escrever um texto ao qual, referindo-me aos portistas, eu dê o título “tão caladinhos que eles andam novamente”!