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Novo Benfica

Novo Benfica

03
Out09

As idas ao estrangeiro ...

Miguel Álvares Ribeiro

 

 

 

Contra uma equipa desmoralizada e sem qualidade para fazer frente ao melhor Benfica desta época, fizemos uma das exibições mais pobres dos últimos tempos e o AEK aproveitou as facilidades para dar um pontapé na sua crise interna.

 

Pela segunda vez nesta época o Benfica jogou fora para a Liga Europa, perdeu e não mostrou o bom futebol a que nos vem habituando.

 

Não acho que o Benfica merecesse perder, mas também não fez o suficiente para ganhar o jogo, sobretudo na primeira parte, em que cometeu o erro de oferecer a iniciativa ao adversário, que se foi convencendo que podia fazer um bom resultado contra aquele Benfica que estava em campo.

 

Sem grandes mexidas na equipa base de Jesus, menos se compreende esta pálida imagem da equipa que temos visto a jogar esta época.

 

Júlio César teve outra oportunidade mas não ofereceu confiança e poderá ter perdido de vez o lugar para Quim, pelo menos nos tempos mais próximos. César Peixoto, que até tem sido opção frequente de Jesus, era aqui titular por doença de Shaffer e também não foi nada feliz.

 

Para além destes, alinharam os habituais jogadores da equipa base, mas não foram capazes de jogar com o entusiasmo e a qualidade que vêm mostrando; apenas di Maria e Ramires e, a espaços, Javi Garcia e David Luiz, me pareceram manter a atitude que vem caracterizando o Benfica vencedor.

 

No ataque, que vem sendo a imagem do Benfica 2009, estiveram as exibições mais desinspiradas; a falta de chama de Aimar (praticamente passou ao lado do jogo) terá sido a maior razão para a queda exibicional a que assistimos e desta vez não houve Weldon salvador.

 

É verdade que Sebastian Saja, o guarda-redes argentino ao serviço do AEK, fez meia 3 ou 4 defesas que evitaram outros tantos golos do Benfica. Se pelo menos uma destas ocasiões tivesse resultado em golo, poderia ter empolgado a equipa para outra exibição e pelo menos o resultado seria bem mais positivo.

 

O único lado positivo deste jogo terá sido o de não comprometer nenhum objectivo e afastar euforias excessivas. Para os jogadores terá ficado a lição de que têm que entrar em campo sempre com uma enorme determinação e capacidade de entrega ao jogo e que não se pode relaxar por o adversário ser, teoricamente, mais fraco.

 

2ª feira o Benfica joga em Paços de Ferreira sem 3 titulares indiscutíveis: Aimar, di Maria e Maxi Pereira. Será um teste difícil (jogar na Mata Real é-o geralmente), que nos irá permitir ver até que ponto a equipa consegue reagir bem a esta exibição menos conseguida e também se as soluções do banco (aposto em Ruben Amorim, Fábio Coentrão e Carlos Martins) dão a resposta que o Benfica precisa quando os titulares estão indisponíveis.

 

 

P. S. 1 – Pela grande diferença relativamente a alguns erros do passado, saúdo a forma organizada e sistemática como o Benfica tem vindo a rever a situação contratual dos seus principais jogadores.

 

P. S. 2 – A nossa equipa de futsal começou da melhor forma as competições europeias desta época, com duas goleadas (15-1 e 7-1) e o apuramento para a fase seguinte da UEFA futsal Cup. Tal como se previa Joel Queirós está a provar ser um grande reforço e Ricardinho continua a espalhar magia pelos pavilhões.

 

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