Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Novo Benfica

Novo Benfica

26
Ago09

O FUTURO DA ARBITRAGEM

José Esteves de Aguiar

 

Depois do meu post da semana passada, bastante crítico em relação às arbitragens, não me apetece nada voltar a falar das incidências da segunda jornada da Liga Sagres, sob pena de ter que repetir o título.
 
Acho que os pontos em destaque dos principais jogos já foram escalpelizados, tanto na imprensa escrita, como em diversos debates televisivos.
 
Também já ouvi e li que há muito boa gente que se opõe à introdução de novas tecnologias na arbitragem do futebol. Mesmo os auriculares que hoje em dia são utilizados, geraram alguma polémica, no início.
 
A este propósito, não posso deixar de fazer uma comparação com o que se passa com outro desporto, o rugby.
 
Porque se verificará uma tão grande diferença de atitude? As decisões dos árbitros nos jogos de rugby praticamente não são contestadas pelos praticantes desta modalidade. Provavelmente, muitos dos leitores deste blog lembrar-se-ão de um dos exemplos mais tristes de pressão de jogadores profissionais de futebol sobre um árbitro, no caso de jogadores do FCP sobre José Pratas: (http://captomentes.blogspot.com/2008/10/jos-pratas-lembram-se.html).
 
Será que os jogadores de rugby têm menos envergadura física do que os do futebol? É evidente que não, se podemos imaginar um quadro ameaçador seria o de um grupo de jogadores de rugby, pesando no seu conjunto mais de uma tonelada de músculos, enfurecidos contra um árbitro…
 
No entanto, este é um cenário que não se vê nos jogos de rugby, nos quais as decisões dos árbitros são geralmente bem acatadas. Apesar deste tradicional bom comportamento dos jogadores de rugby, os meios tecnológicos colocados ao dispor dos árbitros são bem mais sofisticados.
 
Desta forma, o desporto sai indiscutivelmente beneficiado e prestigiado.
 
Há quem diga que o visionamento das imagens pelo árbitro, em caso de dúvida, levaria a interrupções do jogo. Mas será que tais interrupções seriam maiores o que as que se verificam actualmente, com verdadeiras assembleias populares concentradas à volta dos árbitros, das quais resulta, quase sempre, a amostragem de cartões amarelos ou mesmo vermelhos?
 
Não bastaria que o quarto árbitro – que se encontra fora do terreno de jogo – desse uma informação ao árbitro principal, utilizando para o efeito os equipamentos actualmente ao dispor? Parece-me que sim…e a verdade desportiva seria certamente menos torpedeada!
 
Bem sei que, mesmo com recurso às imagens televisivas, por vezes é difícil ter certezas, mas a margem de erro seria certamente reduzida.
 
Aplacar-se-iam assim os espíritos que defendem, a todo o transe, que o erro faz parte do espectáculo. Sempre sobrariam ainda alguns erros que não fossem fáceis de esclarecer com as imagens televisivas. Para mim, o erro que faz parte do espectáculo é o protagonizado pelos jogadores e não pelo árbitro.
 
Por outro lado, a profissionalização dos árbitros em muito poderia contribuir também para a dignificação do espectáculo.
 
No entanto, parece-me que há demasiados interesses em manter tudo na mesma, para assim continuar o regabofe que eu referia na semana passada.
 
 
 
 

13 comentários

Comentar post

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2010
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2009
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2008
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D