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Novo Benfica

Novo Benfica

25
Fev11

O REGRESSO DO BENFICA EUROPEU

José Esteves de Aguiar

 

Como todos se lembram e eu próprio cheguei a escrever nestas páginas, a participação do nosso Benfica na fase de grupos da Champions foi absolutamente desastrosa, deixando mesmo antever que, uma vez milagrosamente repescado para a Liga Europa, o futuro não seria muito auspicioso.

 

No entanto, a transfiguração verificada no Benfica nos últimos meses e, muito particularmente, desde o início de 2011, chegou hoje à Alemanha, com uma força extraordinária.

 

Para além de ter tornado aparentemente fácil a passagem à eliminatória seguinte da Liga Europa e de ter ultrapassado uma “mala pata” que, até hoje, nos tinha impedido de vencer na Alemanha, é inegável que o Benfica deu no jogo desta noite mais uma prova da sua grande força física e anímica.

 

Ao contrário do que tinha feito - sempre que actuava fora de casa - nos anteriores jogos europeus desta época, desta vez o Benfica entrou de forma totalmente desinibida, impondo a sua classe desde o apito inicial, lançando autênticos diabos (vermelhos, pois claro!) à solta por aquele relvado, sempre com os olhos postos na baliza do Estugarda.

 

Foi, aliás, tanto na exibição como no resultado, um jogo muito semelhante ao brilhantemente ganho em Alvalade, na última jornada da Liga portuguesa.

 

É espectacular ver a vontade com que aqueles jogadores se lançam ao ataque, em vagas sucessivas que vão moendo as defesas contrárias, até que os golos surgem com a maior das naturalidades. O entendimento entre os argentinos do nosso plantel é visivelmente crescente, gizando jogadas de extraordinário recorte técnico, mas sempre com o espírito prático de lutar pela vitória de forma esclarecida.

 

De salientar, também, que jogue quem jogar a equipa não parece ressentir-se de tal facto, sendo extraordinariamente solidária e privilegiando uma notável entreajuda.

 

Neste particular, é notório como estamos bem servidos de guarda-redes. Qualquer um que jogue transmite confiança à equipa e quem vê o Roberto hoje em dia dificilmente consegue acreditar que seja o mesmo do início da época que, realmente, chegou a comprometer alguns resultados do Benfica.

 

A jogar com esta vontade e esta qualidade, o Benfica pode legitimamente aspirar a vencer a Liga Europa, deslumbrando sem se deslumbrar, jogando cada jogo como se de uma final se tratasse.

 

As grandes noites europeias sempre foram uma imagem de marca do Benfica e eu acredito que esta equipa ainda está a crescer, pelo que é perfeitamente legítimo sonhar com uma conquista europeia, que há muitos anos nos foge.

17
Fev11

FUTEBOL ESPECTÁCULO

José Esteves de Aguiar

 

 

Se dúvidas ainda houvesse, o jogo do passado Domingo, contra o Vitória de Guimarães, desfê-las totalmente – o Benfica que protagoniza grandes espectáculos de futebol, que vence e convence, está mesmo de volta.

 

Assim dá gosto ver futebol e é com espectáculos como aquele que se enchem estádios.

 

Na corrente época, apesar de já ter visto o nosso Benfica a fazer belíssimos jogos, ainda não tinha visto nenhum assim!

 

Foi um jogo de sentido único, com os nossos jogadores a pressionarem constantemente os adversários, positivamente “abafando-os” e massacrando-os com jogadas de elevadíssima “nota artística”.

 

Bem sei que há partidas em que, por muito bem que se jogue, a bola teima em não entrar. Esta, no entanto, aliou a grande exibição colectiva a três golos validados, dois invalidados (quando o do Saviola foi limpíssimo…), um penalty falhado, uma bola na barra, outra no poste e várias grandes defesas do guarda-redes adversário.

 

Juntando tudo isto, é legítimo afirmar que o Benfica passou ao lado de uma goleada histórica e logo frente a um Guimarães tradicionalmente muito difícil de bater.

 

Deu prazer ouvir os comentários de portistas e sportinguistas, totalmente rendidos ao enorme jogo que o Benfica fez. Também deu prazer constatar que, mesmo alguns jornalistas que costumam ter sempre algo de mau a dizer do nosso Glorioso – por exemplo de O Jogo, Jornal de Notícias ou Record – não conseguiram evitar comentar em tom elogioso a grande exibição do Benfica.

 

Jorge Jesus tem razão quando afirma que a nossa equipa é que melhor futebol pratica em Portugal e o entendimento entre os vários jogadores é cada dia mais evidente, o que permite que eles próprios se divirtam notoriamente com as belíssimas jogadas que protagonizam.

 

No entanto, é fundamental não perder a noção da realidade e manter elevados níveis de concentração ao longo de todo o tempo que duram os jogos, evitando qualquer sobranceria que, mais cedo ou mais tarde, acaba por dar mau resultado.

 

É preciso abordar todos os jogos e todos os adversários com enorme determinação, mas também com a humildade que apenas está ao alcance dos verdadeiramente bons.

 

Vamos ter, nos próximos tempos, diversos testes de elevado grau de exigência, a começar já pelo Estugarda, mas a continuar nos jogos com o Sporting (não esquecer que nos derbies a equipa que se encontra na “mó de baixo” habitualmente se transfigura…) e com todos os adversários nacionais que hoje olham para o Benfica com algum temor e, por isso mesmo, dispostos a colocar dois autocarros em frente das suas balizas.

 

Apesar disso, acredito firmemente que vamos realizar um resto de época de alto nível, que só não nos levará a revalidar o título de campeão nacional se o Porto não ceder os pontos que lhe foram oferecidos de bandeja no início do campeonato, quer por erros (?) crassos de arbitragens, quer por alguma ineficácia própria, de que podemos queixar-nos.

 

Entretanto, deleitemo-nos com os grandes espectáculos que o Benfica continua a proporcionar-nos!

 

 

27
Dez10

O VOO DA ÁGUIA

José Esteves de Aguiar

 

 

Durante a semana passada houve quem quisesse fazer do diferendo entre o tratador da águia Vitória, Juan Bernabé e o Benfica um caso importante.

 

É claro que quem mais quis tornar aquele diferendo num caso importante foi o próprio Juan Bernabé, mas logo surgiram algumas vozes a apoiá-lo de forma mais ou menos irónica, vozes essas predominantemente originárias de clubes que sempre tiveram inveja por o Benfica ser o único a ter uma mascote viva.

 

De forma muito serena e objectiva, a Administração da SAD do Benfica esclareceu em comunicado o que realmente se tinha passado.

 

É sabido, desde há bastante tempo, que o tratador da Vitória é uma pessoa que não soube remeter-se ao seu papel, querendo ser mais protagonista do que a própria águia…

 

Por diversas vezes e em relação a vários responsáveis do , tomou atitudes agressivas, altivas e desrespeitadoras, esquecendo-se que o nosso clube já era muito grande ainda antes dele ter nascido!

 

Sabe-se que, para além de ser muito bem pago pelos serviços que prestava ao Benfica, Juan Bernabé recebia ainda, em exclusivo, os lucros das inúmeras fotografias que os adeptos tiravam com a águia Vitória.

 

É indesmentível a emoção que o voo da águia Vitória causava nos espectadores Benfiquistas, principalmente em dias de casa cheia. Até os jogadores e os adeptos das equipas estrangeiras que actuavam no nosso estádio manifestavam a sua admiração pelo majestoso voo da águia.

 

Era um espectáculo dentro de outro espectáculo, chegando mesmo a ser arrepiante para todos os Benfiquistas que a ele assistiam em pleno estádio.

 

No entanto, nada nem ninguém - incluindo jogadores, treinadores, dirigentes ou colaboradores - pode ter a pretensão de ser superior ao próprio Benfica. Todos se encontram lá para servir o nosso clube e não para se servirem dele.

 

Ora, a partir de certa altura, Juan Bernabé parece ter-se deslumbrado, querendo assumir um protagonismo inaceitável, como se toda a organização dos jogos em nossa “casa” devesse estar sujeita e dependente aos caprichos e decisões dele.

 

Ao ser contrariado, voltou-se contra quem antes lhe tinha dado a mão, revelando uma faceta irascível que nunca poderia ser aceite.

 

Apesar de ser um espectáculo relativamente recente na grande história do nosso clube, certo é que o voo da águia Vitória se tinha transformado num “ex-libris” do nosso estádio e seria uma pena que tal terminasse.

 

No entanto, sabe-se que quem de direito dentro do Benfica se encontra já a estudar uma alternativa, que poderá passar pela utilização de uma nova águia ou, até, da mesma Vitória.

 

Aliás, atendendo ao mau relacionamento que Juan Bernabé vinha causando há já largos meses, tal alternativa começou atempadamente a ser preparada, pelo que é possível que não demore muito a ser apresentada uma solução tão boa ou até melhor.

 

Não duvido que voltaremos a ter, brevemente, uma águia a voar no nosso estádio mas, entretanto, o mais importante é que a águia Benfica voe cada vez mais alto em termos desportivos, porque isso é, afinal, o que realmente conta!

17
Dez10

MISSÃO POSSÍVEL

José Esteves de Aguiar

 

Apesar de - reconhecidamente e agora até pelos próprios responsáveis - o Benfica se encontrar a realizar uma época abaixo dos seus pergaminhos e da qualidade do plantel que possui, ainda há muito para ganhar.

 

Daí o título deste post, uma vez que considero que o nosso clube tem que encarar todo o tempo que ainda resta nesta época como Missão Possível.

 

Com efeito, apesar de o FCP estar a praticar um futebol consistente, ainda no jogo da última jornada, em casa e contra o Vitória de Setúbal, ficou bem patente que poderá vir a perder bastantes pontos até final do campeonato.

 

Daí que eu seja daqueles que acreditam firmemente que a conquista do título de campeão nacional 2010/2011 não é uma miragem, mas sim uma missão possível.

 

De igual modo, a Taça de Portugal e a Taça da Liga são, desde que abordadas com seriedade e profissionalismo, duas competições que podem perfeitamente ser conquistadas pelo Benfica, constituindo-se assim como verdadeiras missões possíveis.

 

Quanto à Liga Europa e se tivermos como bitola o comportamento do nosso clube na Liga dos Campeões, o futuro não parece augurar nada de muito bom.

 

No entanto, parece que o sorteio não foi mau de todo, porque o Estugarda terá que ser considerado como uma equipa ao alcance das nossas possibilidades, logo, mais uma missão possível.

 

É claro que, com a abertura do mercado em Janeiro e ajustes de plantéis, a actual posição do Estugarda na tabela classificativa do campeonato alemão poderá nada significar, até porque a nível da Liga Europa, foi claramente superior no seu grupo, onde venceu cinco jogos e apenas perdeu um.

 

Será seguramente um adversário complicado, como o será qualquer outro que nos apareça de seguida, caso consigamos ultrapassar o Estugarda.

 

No entanto, jogo a jogo, eliminatória a eliminatória, o importante é que os nossos jogadores se mentalizem e capacitem de que a vontade supera muitas dificuldades, transformando situações complicadas em missões possíveis!

08
Dez10

UM GRITO DE REVOLTA

José Esteves de Aguiar

 

O jogo do Benfica contra o Schalke 04 chegou a ter momentos confrangedores, tal a inércia da maior parte dos nossos jogadores.

 

Apesar de um início algo prometedor, criando oportunidades de golo, rapidamente se viu que Óscar Cardozo não estava nos seus dias, falhando oportunidades e revelando uma falta de acerto e empenho inaceitáveis num profissional.

 

Aliás, as críticas que neste blog têm sido feitas nos últimos tempos, voltaram a ter toda a razão de ser.

 

Há uma estranha apatia que parece contagiar negativamente até jogadores como Fábio Coentrão ou Carlos Martins.

 

Pensando no jogo desta noite, se quiser dizer qual terá sido o melhor jogador do Benfica, não consigo decidir. O pior, sim, para mim foi César Peixoto, mas todos os outros – Roberto à parte – acumularam passes errados, cortes à toa, remates disparatados e muita displicência.

 

Este não é, seguramente, o Benfica que Jorge Jesus anunciou, no início da época, como tendo condições para ir longe na Champions. A jogar assim, continuar na Liga dos Campeões apenas poderia resultar em mais resultados desastrosos e indignos do nome do nosso grande Clube.

 

Por milagre da Nossa Senhora de Lyon, acabamos por ir à Liga Europa, em detrimento de um “colosso” do futebol mundial chamado Hapoel de Telavive.

 

É bom que o tempo que medeia até ao início da nossa participação naquela competição, seja aproveitado para, mais do que lições técnico-tácticas, incutir BENFIQUISMO nos nossos jogadores!

 

Não podemos admitir que jogadores bem pagos por nós todos, se dêem ao desplante de revelar uma displicência que nos envergonha.

 

Durante a parte final da transmissão televisiva do jogo com o Schalke, a dada altura, foi bem audível um grito de revolta – creio que de um espectador desesperado – o qual disse “joguem à bola, mexam-se, o Hapoel está a ganhar em Lyon!”

 

Penso que aquele grito de revolta simbolizou bem o estado de espírito de todos os Benfiquistas que estavam a assistir à nossa equipa a arrastar-se, desgarrada, pelo relvado, parecendo que o relógio jogava a nosso favor.

 

É, no fundo, o grito de revolta de tantos que retiram do magro salário familiar o dinheiro necessário para continuarem a pagar as quotas de sócio e os bilhetes para assistirem aos jogos e que se sentem defraudados por “meninos mimados e novos-ricos”, que não chegam a suar a camisola que um dia tiveram a honra de vestir.

 

PS – Estou curioso para ver como é que os portistas vão chamar a este campeonato – depois do “dos túneis” será o “dos penalties”??

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

02
Dez10

QUEM MANDA NO BENFICA?

José Esteves de Aguiar

 

A questão que coloco tem a ver, essencialmente, com a política de contratações para o nosso Clube.

 

Gostaria de perceber a continuação da obsessão pelo mercado sul-americano – especialmente o argentino e o brasileiro – em detrimento de jogadores Portugueses ou oriundos de outros países europeus.

 

Posso estar enganado, mas cada vez me convenço mais de que a política de contratações do Benfica é crescentemente controlada pelo Stars Fund, em detrimento da SAD do nosso clube.

 

Como consequência desta situação, Jorge Jesus é “obrigado” a colocar em campo jogadores muito imaturos e com reduzidas provas dadas – mesmo nos seus países de origem – por vezes com resultados desportivos desastrosos, especialmente quando o grau de exigência do adversário ou a importância crucial de uma partida elevam substancialmente o nível de responsabilidade.

 

É sabido, além disso, que os jogadores sul-americanos têm tendência para demorarem uma ou duas épocas a adaptarem-se ao futebol europeu.

 

O problema não é a integração de um ou dois jogadores ao mesmo tempo mas quando – para se satisfazerem interesses de Fundos ou de agentes - são depositadas sobre os ombros de vários jogadores inexperientes responsabilidades muito superiores às que eles estariam preparados para assumir.

 

Coincidência, ou talvez não, os jogadores do Benfica que apresentam, actualmente, melhores índices de concentração, a par de garra e amor à camisola são dois Portugueses: Fábio Coentrão e Carlos Martins. É certo que não se trata de dois jogadores da formação do Benfica mas, dentro do campo, agem como se o fossem.

 

Aliás, sou de opinião de que a ambição do Stars Fund querer valorizar alguns dos “activos” existentes – leia-se jogadores novos e inexperientes – de forma demasiado célere, voltou o feitiço contra o feiticeiro.

 

A falta de aposta em jogadores mais experientes para alturas decisivas de jogos fundamentais redundou numa eliminação precoce da Liga dos Campeões, afinal a grande “montra” para exibição dos ditos jovens talentos.

 

O Benfica sai sem honra nem glória da edição da Champions desta época e, seguramente, os seus jogadores não saíram valorizados. Pior, para além do prejuízo financeiro, a imagem desportiva e institucional do Benfica sai prejudicada desta aventura europeia.

 

Resta-nos a Liga Europa? Esperemos que sim, pois falhar esse objectivo secundário seria mau demais para ser verdade.

 

No entanto, penso que nós Benfiquistas, sócios e não sócios, deveremos questionar seriamente quem manda no nosso Clube, porque não podemos deixá-lo vogar às ordens e conveniências dos agentes desportivos ou de quaisquer Fundos de jogadores e deixar assim sobrepor os interesses financeiros de quem, muitas vezes, nem tem nada que ver com o Benfica, aos muito mais elevados valores do prestígio e extraordinária história do Glorioso!

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

24
Nov10

DAR TUDO POR TUDO

José Esteves de Aguiar

 

O nosso Benfica joga amanhã uma das duas finais que terá que enfrentar na Liga dos Campeões, para tentar passar a fase de grupos.

 

É claro que poderíamos – e deveríamos - estar, nesta altura, numa situação mais favorável, se tivesse havido uma atitude mais competitiva e profissional nos jogos disputados “fora”, principalmente naquele que perdemos de forma frustrante com o Schalke 04, uma equipa perfeitamente ao alcance do Benfica.

 

A nossa equipa tem que entrar, no jogo a disputar em Israel, com uma atitude ganhadora, dominadora e “guerreira”, demonstrando dentro de campo a evidente diferença de valores existentes nos dois planteis.

 

Já li, algures, que o Benfica teria que estar preparado para aguentar a pressão inicial do Hapoel, equipa que deverá entrar muito determinada, à procura da primeira vitória na Champions.

 

Acredito que os jogadores do Hapoel sintam motivação extra, por jogarem diante do seu público e que até tentem entrar a pressionar, tirando espaço de manobra à nossa equipa, mas o Benfica não poderá consentir isso.

 

Este jogo só é importante para uma das equipas, que é a nossa e, por isso mesmo, acho que deve ser do Benfica a iniciativa da partida, desde o apito inicial do árbitro.

 

Contra equipas como o Hapoel, principalmente quando jogam em casa, o Benfica tem que entrar “a fundo”, procurando confundir as marcações individuais que, certamente, irão ser dedicadas aos jogadores chave da nossa equipa.

 

O regresso de Cardozo, mesmo que não alinhe de início, pode funcionar como um incentivo extra, numa partida que teremos obrigatoriamente que ganhar e, se possível, marcando um número de golos que nos permita anular a desvantagem de “goal average” que temos em relação aos nossos adversários directos, na luta pela passagem à fase seguinte da competição.

 

O resultado do outro encontro do nosso grupo reveste-se, naturalmente, de grande importância para o Benfica desde que ganhemos o nosso jogo em Telavive. Se o Lyon ganhar fica automaticamente apurado, mas mesmo empatando ou perdendo ficará numa posição privilegiada, uma vez que recebe o Hapoel na última jornada.

 

Se o Schalke ganhar ou empatar, ficamos obrigados a vencer o jogo na Luz, na “final” do dia 07 de Dezembro próximo. Só se os alemães perdessem o jogo com o Lyon é que um empate na Luz nos bastaria para alcançarmos o segundo lugar do grupo.

 

Com tantas contas, já parecemos a Selecção Nacional, mas o certo é que os pontos desperdiçados nos primeiros jogos poderão fazer-nos falta no balanço final.

 

Do que não restam dúvidas é de que a nossa equipa tem que “arregaçar as mangas” e jogar as duas próximas partidas da Champions como se de duas finais se tratasse.

 

Vencer os últimos dois jogos do grupo é fundamental, não só para as legítimas aspirações da passagem à fase seguinte, mas também para relançar o prestígio do Benfica além fronteiras. Só estando entre os melhores da Europa – e de forma regular – o Benfica ficará no lugar onde pertence e onde deverá permanecer sempre!

 

 

 

04
Nov10

A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA

José Esteves de Aguiar

 

Tal como escrevi na passada semana, parece-me que falta, a vários dos jogadores do nosso Benfica actual, algum traquejo internacional.

 

É, seguramente, o preço a pagar pela juventude de grande parte do plantel, embora haja excepções à regra, como é evidentemente o caso de Fábio Coentrão.

 

Acontece que Fábio Coentrão é um jogador muito acima da média, conseguindo com a sua garra, técnica apurada e força inesgotável, superar os constrangimentos que frequentemente surgem a jogadores mais novos, quando confrontados com outros muito mais experientes. Este era o caso também de, por exemplo, Di Maria e Ramires.

 

A falta de experiência torna-se mais notória nos confrontos internacionais e, principalmente, numa Liga dos Campeões. Paradigmático foi o jogo da passada terça-feira, contra o Lyon.

 

Sob a batuta do experiente Carlos Martins, o Benfica pegou muito bem no jogo, dominando-o durante 75 minutos em que, por vezes, a exibição colectiva chegou a roçar o brilhantismo. Há quem diga que terá sido um dos melhores jogos do Carlos Martins desde que está no Benfica e até poderá ser verdade, mas certo é que a importância da sua presença em campo tem sido uma constante na presente época.

 

Neste jogo, em particular, são de referir dois “pequenos-grandes” pormenores: fez as assistências para os quatro golos do Benfica e, com a sua saída do campo, começou o descalabro defensivo da nossa equipa.

 

Carlos Martins até nem é um jogador que defenda muito, mas não há dúvida de que enquanto ele esteve em campo, ajudou a tapar muitos dos caminhos para a nossa baliza.

 

A experiência permite aos bons jogadores “adivinharem” onde a bola vai cair, ganhando assim muitos lances por antecipação e jogarem sempre de cabeça levantada, de forma a fazerem passes precisos para colegas de equipa que se desmarquem bem. Foi exactamente o que se passou com os dois passes para os golos do Fábio Coentrão.

 

Com a saída de campo do Carlos Martins, parece-me que o Jorge Jesus deveria tê-lo substituído pelo Airton, o que permitiria uma consistência muito maior ao meio-campo do que com Felipe Menezes. Este último, bem como Jara e mesmo Weldon mostraram-se completamente perdidos dentro do campo, parecendo não terem noção das funções que deveriam desempenhar.

 

Aliás, a falta de experiência fez-se notar inclusive no David Luiz, com alguns cortes disparatados para onde estava virado e tentativas de transportar a bola “à  Beckenbauer” que resultaram em perdas complicadas.

 

Para o jogo no Dragão, espero que os nossos jogadores consigam deixar-se de vedetismos e joguem com grande garra e concentração, para podermos vencer a partida.

 

Desde logo temos uma contrariedade que é o facto de ser arbitrada por um dos juízes que já por diversas vezes tem prejudicado o Benfica.

 

Recordemos, por exemplo, que em 21 de Agosto passado, na Madeira, Proença esteve na derrota da nossa equipa diante do Nacional (1-2), com amplas razões de queixa para o nosso lado.

 

O último clássico entre Porto e Benfica que dirigiu também foi no Estádio do Dragão, remontando a Fevereiro de 2009, partida que terminou igualada a uma bola, então com grande polémica devido ao penalty assinalado sobre Lisandro Lopez, que valeu o golo do empate aos portistas. 

 

Lembrem-se também outras “infelizes” actuações de Pedro Proença, em prejuízo do Benfica: http://www.youtube.com/watch?v=mP1FCaGbGF0

 

De qualquer forma, contra tudo e contra todos, FORÇA BENFICA!!!

 

 

27
Out10

COMPARAÇÕES SAUDOSISTAS?

José Esteves de Aguiar

 

Quem gosta de futebol, de assistir a espectáculos com muitos golos e magníficas jogadas, não pode deixar de lamentar a diferença verificada no Benfica, da época anterior para a presente.

 

É claro que as saídas de Di Maria e de Ramires não são fáceis de colmatar, mas todos os anos ocorrem transferências de jogadores importantes, dos mais variados clubes e a vida tem que continuar.

 

Mas, de facto, o nosso clube está diferente, para pior, do que na época anterior e tal tem-se reflectido nalguns resultados.

 

A nível nacional, considero que os pontos perdidos nas primeiras jornadas o foram muito mais devido a factores externos – como as arbitragens adversas – do que propriamente devido a fraquezas internas.

 

Com efeito, mesmo com a roubalheira descarada a que fomos sujeitos, o Benfica jogou mais do que o suficiente para vencer adversários como a Académica, o Nacional ou o Vitória de Guimarães. Não deslumbrou como na época passada, é certo, mas lutou para criar oportunidades de golo e, nalguns casos, só por manifesta falta de sorte não as concretizou.

 

A cada jogo que passa, Roberto vai dando mais razão a quem decidiu contratá-lo, mesmo que o valor da transacção tenha sido inusitadamente elevado para um guarda-redes.

 

É certo que, no início desta época, já perdemos pontos importantes por causa de falhanços incríveis de Roberto, mas também é verdade que, começando com o penalty defendido no jogo contra o Setúbal, a partir daí o guarda-redes tem feito defesas notáveis, tendo rendido pontos ao Benfica.

 

Um facto curioso a reter é que, desde que Roberto tem a jogar, à sua frente, a defesa titular da época passada, nunca mais deu um “frango”. A falta de confiança entre o guarda-redes e a sua defesa era evidente, como evidente é agora o crescente bom entendimento entre todos.

 

A nível europeu é que se verifica, a meu ver, um maior défice, relativamente à época passada. O Benfica que se vê em campo é amorfo, sem chama nem garra, parecendo conformar-se com o “perder por poucos”.

 

Ora, uma tal atitude num clube com a grandeza do nosso, é inadmissível. Dá a sensação de que alguns dos nossos jogadores têm acusado em demasia a “pressão” de jogarem na Liga dos Campeões, ficando como que bloqueados, para não dizer assustados perante os nomes de alguns dos jogadores das equipas adversárias.

 

Jorge Jesus também sofreu uma transformação para pior. Deixou de ser tão interventivo durante os jogos, parecendo pensar que o decurso do tempo se encarregará de proporcionar resultados positivos.

Além disso, tem adoptado uma postura arrogante e altiva em diversas declarações antecedendo os jogos, nomeadamente proclamando uma superioridade que, depois, não concretiza dentro de campo, em “jogo jogado”.

 

Confesso que preferia a versão do Jorge Jesus mais humilde mas mais eficaz, que conseguia motivar a nossa equipa, na época passada, de uma forma notável, fazendo-a somar pontos e espectáculo.

 

A versão do Benfica 2010/2011 ainda não conseguiu aliar as exibições aos resultados, fazendo lembrar mais a época em que a equipa era comandada pelo Trapattoni.

 

Vamos aguardar pelos próximos embates, com particular destaque para dois muito próximos e que podem afectar, de forma decisiva, a prestação desta temporada – os jogos contra o Lyon, na Luz e contra o Porto, no Dragão.

 

Tanto num como no outro, o Benfica deverá “arregaçar as mangas” e os nossos jogadores lutarem até à exaustão, mostrando que são dignos de envergarem as camisolas do nosso Glorioso!

06
Out10

HISTERIA JUVENIL

José Esteves de Aguiar

 

Neste início de campeonato, têm sido sobejamente referidas as numerosas situações em que sucessivas arbitragens têm prejudicado o Benfica.

 

Tais situações já nos causaram a perda de pontos muito importantes, cuja recuperação vai exigir um esforço suplementar aos nossos jogadores, mas também a nós, sócios ou adeptos, que temos que nos manter sempre com a equipa.

 

Aquando do jogo em que fomos mais escandalosamente espoliados – em Guimarães – não faltou quem viesse meter “foice em seara alheia”, procurando branquear a miserável actuação de Olegário Benquerença.

 

À cabeça de todos os ataques verbais contra o Benfica, revelando uma “azia” supostamente incompatível com a sua idade e com a consequente contabilização de mais êxitos para o FCPorto, tem estado André Villas Boas.

 

Parece ter, permanentemente, um ressabiamento típico de quem inveja o sucesso alheio, quando a realidade até é a de que o FCPorto tem ganho – bem ou mal, não é isso que está aqui em causa - nos últimos anos, bastantes mais títulos do que o Benfica.

 

No final do jogo em que o FCPorto empatou em Guimarães, André Villas Boas asseverava, a pés juntos, que o seu clube havia sido prejudicado com um penalty não marcado e que poderia ter resultado no 2-0.

 

Após visionamento das imagens do referido lance, AVB vem agora dar o dito por não dito e, louvavelmente, admitir que se enganou e que não houve qualquer penalty por assinalar contra o Vitória de Guimarães. Não deixa, no entanto, de criticar a arbitragem por outras decisões, entre as quais o fora de jogo inexistente assinalado a Falcão.

 

Muito convenientemente, no entanto, “esquece-se” de referir o claro penalty cometido – e não assinalado - por Fucile sobre Edgar, a respectiva punição disciplinar que deveria ter sido aplicada, bem como a entrada violenta do mesmo Fucile, que lhe deveria ter valido um cartão vermelho directo e não o segundo amarelo.

 

Entretanto, Pinto da Costa também já tinha vindo a terreiro reclamar pelo pretenso penalty contra o Guimarães mas, que conste, ainda não veio retratar-se.

 

A campanha anti-Benfica tem sido escandalosamente notória e, em todos os jogos do campeonato disputados até agora, sempre houve grandes penalidades por marcar a favor do Benfica e decisões que nos prejudicaram seriamente.

 

Ao mesmo tempo, os adversários do FCPorto têm sido frequentemente espoliados de grandes penalidades, de tudo isto tendo resultado o “passeio” que tem sido proporcionado ao nosso grande adversário. Esperemos que o jogo de Guimarães constitua um ponto de viragem, porque ainda vamos muito a tempo de recuperar a desvantagem de sete pontos e de revalidarmos o título de campeões nacionais, tão brilhantemente conquistado na época passada.

 

Tudo o que pedimos – aliás, exigimos – são arbitragens isentas e que permitam que os jogos sejam decididos pelos jogadores e não pelos árbitros.

 

Quanto a André Villas Boas, aconselho-o apenas que evite cenas de histeria juvenil como aquela que proporcionou em Guimarães. Se assim reagiu perante um empate, se o FCPorto tivesse perdido, seguramente que necessitaria de assistência médica urgente.

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  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D