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Novo Benfica

Novo Benfica

14
Out08

Novamente a liderança

Miguel Álvares Ribeiro

 

Uma semana sem futebol e sem casos levou a que, embora não tenha havido qualquer combinação entre os intervenientes neste blog, se abordasse de uma forma geral, o problema da liderança do nosso Benfica.
 
Não sou nem indefectível nem opositor de LFV e, para mim, o seu percurso no Benfica tem pontos altos e baixos. Acho que o Benfica lhe tem muito a agradecer em termos da reorganização e recuperação financeira que fez, mas acho que a gestão desportiva teve, no passado, mais pontos baixos que altos e o seu estilo frequentemente não é o de um Presidente do maior clube do Mundo.
 
Para mim o Presidente do Benfica deve ser uma pessoa com visão estratégica, capaz de impor um rumo para o Clube de acordo com a sua visão do mesmo, que seja a imagem do Clube e o seu representante institucional. Deve ser uma pessoa cuja opinião sobre o fenómeno desportivo é ouvida e respeitada, que não se deve abster na denúncia de casos como o Apito Dourado, que mancham a credibilidade do desporto.
 
Para atingir os objectivos deve saber rodear-se das pessoas indicadas para cada função; os grandes clubes são cada vez mais clubes de futebol (apesar de eu não gostar desta perspectiva), mas o Presidente de um grande clube não deve ter a tentação de dirigir o futebol. Ele deve estar acima disso e a sua intervenção directa em assuntos dessa natureza deve ser muito esporádica, sob pena de perder eficácia.
 
Embora seja o coordenador de toda a actividade do Clube e, em última análise, o principal responsável por tudo de bom e de mau que nele acontece, a sua atitude deve ser de algum distanciamento relativamente aos problemas da gestão diária. A sua intervenção directa em assuntos desta natureza deve ser reservada para situações muito especiais, para que produza, de facto, um impacto relevante.
 
Além disso, a gestão da macro-estrutura organizativa e a representação institucional do Benfica exigem uma disponibilidade que não permite a acumulação com outras tarefas.
 
Neste aspecto acho que o Benfica, por diversos motivos coincidentes nesta época, está a evoluir no sentido desejado. A entrega da gestão do departamento de futebol a Rui Costa e das principais declarações sobre os jogos e os problemas da equipa ao treinador e aos jogadores, com a reserva do Presidente para situações mais institucionais, parecem-me um claro progresso em relação ao que vinha acontecendo em épocas anteriores.
 
O grande mérito é do trio Luís Filipe Vieira/Rui Costa/Quique mas, em última análise, como sempre, do responsável máximo, o Presidente Luís Filipe Vieira, que confiou em Rui Costa para construir uma equipa com boas soluções (… ai a falta que faz um lateral direito), com as condições que a Direcção lhe pôs à disposição, e para encontrar um treinador à dimensão das necessidades e da grandeza do Benfica. Neste particular, Quique tem dado provas de ser capaz de realizar um trabalho de excelência, em termos técnicos e comunicacionais, que deve ser motivo de orgulho para todos os Benfiquistas.
 
Ainda não está tudo feito? Claro que não.
 
Situações de oscilação exibicional como as que se verificaram num intervalo de poucos dias entre os jogos com o Nápoles e com o Leixões não podem acontecer. Ainda falta claramente dar passos no sentido da implantação de uma cultura de exigência e de excelência permanentes.
 
De qualquer modo, reafirmo aquilo que disse neste blog após o jogo com o Porto, na sequência do início algo titubeante da época: Eu acredito no Benfica 2008/2009!
 
E mais, se continuarem a ser dadas condições para o trabalho destes profissionais, eu acredito que este é um projecto que voltará a trazer o Benfica para o seu devido lugar:  o Maior do Mundo!
 

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