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Novo Benfica

Novo Benfica

17
Fev09

Finalmente Di Maria!

Miguel Álvares Ribeiro

  

 

 

No último jogo que fez para a Liga, contra o Paços de Ferreira, o Benfica foi capaz de mostrar o melhor e o pior da equipa.

 

O Benfica entrou bem na primeira parte, criando uma flagrante oportunidade em que Luisão e depois Aimar podiam ter começado a resolver o encontro; depois fez uma exibição muito contida, sem grandes oportunidades mas também sem sobressaltos defensivos.

 

Na segunda parte, depois da substituição de Carlos Martins por Di Maria, o Benfica mudou muito. Passou a dispor de dois extremos para abrir mais o jogo nas laterais e, pela primeira vez, vimos Rúben Amorim a jogar no seu lugar natural.

 

Depois de algumas jogadas de ataque bem delineadas o Benfica chega ao golo por Cardozo, numa fífia monumental do guarda redes do Paços, e a equipa passou a jogar ainda mais distendida, voltando a marcar por Rúben Amorim passados uns minutos.

 

Mas tão distendida ficou a equipa que demonstrou uma passividade defensiva a que já não estamos habituados e permitiu o golo do Paços numa jogada aparentemente inofensiva.

 

A partir daí só deu Benfica até que aos 87 minutos se deu o momento da noite com um golo de levantar o estádio de Di Maria, a justificar finalmente o estatuto que lhe vem sendo atribuído.

 

Quando já se gritavam olés (nunca gostei desta atitude do público, que além de ser de pouco desportiva e mostrar mesmo alguma desconsideração pelo adversário, muitas vezes acaba por perturbar os próprios jogadores) e não se esperava senão a possibilidade de o Benfica ampliar a vantagem, eis que em dois contra-ataques o Paços faz o segundo golo e por muito pouco não faz o empate em cima do apito final.

 

Resultado justíssimo para o jogo, a reflectir a maior atitude atacante do Benfica e a displicência que mostrou na defesa em certos momentos do jogo perante uma equipa adversária que nunca se rendeu mas que claramente não tem argumentos perante o Benfica.

 

Grande destaque para o enorme golo de Di Maria bem como para o grande golo e a grande exibição de Rúben Amorim. Muito bem também esteve Cardozo, bastante mais interventivo do que é habitual, a quebrar um longo jejum de golos. Destaque final para a equipa, pela solidariedade e espírito de entreajuda, como muito bem ressaltou Quique, apesar das inexplicáveis quebras de concentração quando tinha o jogo controlado com dois golos de vantagem.

 

A experiência de jogar com dois extremos puros e Rúben Amorim no meio mostrou claramente que o Benfica sobe de rendimento em termos ofensivos com este esquema, e não terá sido por ela que as desconcentrações defensivas ocorreram, embora Rúben Amorim seja de uma extrema eficiência a “fechar” o seu corredor em termos defensivos, o que já não é o caso de Di Maria.

 

 

Para terminar vou plagiar-me a mim próprio, copiando o que escrevi aqui há 15 dias, apenas alterando o nome do nosso adversário:

 

Espero realmente que o Sporting-Benfica seja um grande jogo, comentado ao longo de toda a semana pela qualidade e beleza do futebol jogado (sobretudo o do Benfica, espero eu!) e não pelos casos de arbitragem. (Infelizmente Paulo Bento já começou a “chorar-se” e o Porto tem interesse na nossa derrota, o que é uma má combinação de elementos para uma arbitragem de qualidade e isenta).

 

A vitória do Benfica irá dar novo alento à nossa equipa e fazê-la arrancar para uma 2ª volta muito mais positiva, a culminar com mais um título de campeão. Para isso é fundamental que toda a equipa se empenhe fortemente no jogo e que Quique consiga mais uma vez retirar todo o rendimento que aquele conjunto de jogadores já demonstrou ser capaz de proporcionar.

 

 

 

PS – As recentes “pérolas” de Jesualdo

 

Os jogadores do Porto são dos mais agredidos – com esta Jesualdo começou a desvendar os seus métodos de trabalho disciplinadores.

 

Dentro de campo os árbitros encarregam-se de que nenhum jogador se aproxime de um raio de 1-2 m de qualquer jogador do Porto sem que seja marcada falta/penalty e sanção disciplinar (veja-se os casos de Gaspar e Yebda e de nos dois últimos jogos no dragão).

 

As agressões a que Jesualdo se refere só podem, portanto, passar-se ao intervalo, nos balneários ou nos treinos, ou quando ainda assim não chega, no contacto com os adeptos mais entusiastas.

 

Agora é mais fácil perceber a fúria incontrolada de Bruno Alves, que, no fundo, apenas põe em prática aquilo que lhe ministram nos treinos e nas palestras.

 

A minha actuação como árbitro terminou no domingo – Mais uma “pérola” de Jesualdo, mas esta com melhores resultados para todos os desportistas. A acreditar no que Jesualdo disse (não aconselho pois o homem não é de fiar), não haverá mais patacoadas sobre a actuação dos árbitros da sua parte. Que alívio! É que ele não acertava uma única para amostra!

23
Ago08

Entrar Direito

António de Souza-Cardoso

 

Amanhã, já amanhã, recomeça a magia do futebol competição. Renovam-se esperanças, confirmam-se certezas, alvitram-se prognósticos, fazem-se balanços retroactivos e prospectivos.

Amanhã, só amanhã, no exacto momento em que estamos todos iguais, na mesma esperançosa linha de partida, seremos todos futebol.

 E percebemos, amanhã, nessa única vez do ano, que há um profundo sentimento que nos distingue e que nos reúne:  A imensa paixão que todos temos pelo futebol.

 Existimos nós, os apaixonados de todas as raças, de todos os clubes, e os outros - os que desgraçadamente não foram tocados por esta arrebatadora paixão proporcionada pelo desporto Rei .

Espero sinceramente que o Benfica que amanhã entre em campo em Vila do Conde esteja o mais perto possível deste “Novo Benfica” que nos reuniu há pouco mais de 2 meses neste blog.

Um Benfica de têmpera, de raça, de cabeça erguida, na busca incessante da vitória. Um Benfica orgulhoso mas emancipado do seu passado, a querer fazer-se ainda mais glorioso ali, no momento em que tudo conta, que é o presente.

Amanhã lá estarei em Vila de Conde com outros companheiros do  Blog, em especial e animada reportagem.

Passemos ao jogo. Confesso que continuo preocupado com a direita da defesa, onde julgo que jogará Maxi Pereira. Gostava que David Luiz pudesse jogar no eixo com Luisão, libertando Katso para o meio no apoio a Carlos Martins. Uma vez que Reyes está impedido de jogar apostava em Urreta para o lado esquerdo e Ruben Amorim para a direita (não gosto dele aqui). Na frente Aimar (tambémnão gosto dele aqui) e Cardozo.

 Se David Luis não puder jogar, surpreendentemente tudo encaixa melhor para um verdadeiro Benfica de ataque. Recua Katso; Ruben Amorim , Carlos Martins e Aimar fazem um miolo de luxo. Depois teremos Urreta à esquerda, Balboa à direita e Cardoso na frente, num muito dinâmico 4x3x2x1. Se neste modelo de jogo o Benfica tiver que segurar resultados (espero que não) tem sempre Bynia para substituir Ruben ou Carlos Martins; Ou mesmo Katso por entrada de Sidnei para o eixo da defesa.

Com esta ou com outra equipe o importante é ganhar. Para afastar todos os fantasmas e enfrentar o Porto, de garimpa erguida, na segunda jornada.

Temos por isso que ganhar. Melhor ou pior, de qualquer maneira, mas ganhar. Não escolhi propositadamente o titulo “Entrar com o pé direito” para não esquecer (nem “azarar”) aquele deslumbrante pé esquerdo de Óscar Cardozo (confesso que me sossega ter um Cardozo a jogar na equipe).

 Ganhar amanhã é de tal maneira importante que só a ausência tão prestigiante de Di Maria na final olímpica me permitem resistir á tentação de desejar uma vitória a qualquer preço.

 Falo de uma vitória que até podia ser marcada, já não com a mão de Deus, mas com a de um… “Angelito”.

 

António de Souza-Cardoso

 

 

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