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Novo Benfica

Novo Benfica

04
Nov08

Cartão vermelho à arbitragem

Miguel Álvares Ribeiro

 

Fiquei tão desgostado com a Xistrada de Domingo, que fui ver ao dicionário o significado da palavra árbitro, e acho que percebi o que se passa com os nossos “árbitros”.
 
Antes da entrada que diz “Aquele que nos jogos desportivos fiscaliza a observância das regras, intervindo sempre que são violadas”, aparece “Senhor absoluto” e “Que tem grande influência”.
 
É preciso fazer uma profunda reciclagem dos nossos árbitros e explicar-lhes que as duas primeiras definições não se lhes aplicam.
 
É que, infelizmente, a primeira, usada de forma figurada, por exemplo em “Deus é o árbitro dos nossos destinos”, tem sido muito usada para lhes manter um estatuto de intocáveis e a segunda, que o dicionário sugere poder ser usada numa frase do tipo “o árbitro da moda”, parece ter sido interpretada como obrigando o árbitro a ter que se habituar à moda de ter grande influência nos resultados.
 
Enquanto se continuarem a verificar situações degradantes de prejuízo de uma equipa e, por consequência, do espectáculo que deve ser um jogo de futebol, este, em vez de ser o veículo de promoção dos elevados valores do espírito desportivo, será cada vez mais associado entre nós ao próprio desvirtuar do espírito desportivo, com frequentes manifestações de profundo desrespeito pelos adversários por parte de jogadores e adeptos.
 
A postura de Quique neste domínio tem sido para lá de exemplar. Mesmo quando fomos ostensivamente prejudicados, não cedeu a falar da arbitragem, optando por um discurso pedagógico e auto-exigente. Bem sei que o facto de o Benfica estar a ganhar e a construir uma equipa que ainda nos dará muitas alegrias, ajuda a ultrapassar este sentimento de profunda injustiça, que algumas exibições das equipas de arbitragem têm transmitido, mas este é, sem dúvida, o caminho a percorrer.
 
É evidente que o ideal seria que as arbitragens fossem sempre correctas e isentas. Mas esse combate não compete à equipa técnica nem aos jogadores; compete-nos a todos enquanto espectadores, comentadores, dirigentes, etc.
 
Enquanto não se conseguir isso, mais do que denunciar e queixar-se desse estado de coisas, a equipa tem que se unir e ser ainda mais forte do que as outras para ultrapassar os prejuízos que a falta de isenção provoca a si mesma e ao futebol em geral.
 
 
PS - Por mera casualidade, calha-me a mim a honra de escrever o post no dia em que o Novo Benfica comemora 5 meses de vida e prepara o primeiro convívio com os seus mais fiéis leitores. A meta, já ultrapassada, das 140 mil visitas em 5 meses é sinal claro do sucesso deste Novo Benfica.
 
Quando aceitei o convite do meu amigo António Souza-Cardoso para participar nesta aventura, nunca imaginei que o sucesso fosse tão grande. Quero, por isso agradecer-lhe a oportunidade de participar neste fórum, bem como a todos que se empenharam na construção deste espaço de discussão do Benfica.
 
 A prenda para o Novo Benfica vai ser a equipa a dá-la, depois de amanhã, com uma grande vitória sobre o Galatasaray!
 

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