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Novo Benfica

Novo Benfica

12
Mar09

OBVIAMENTE, CANDIDATO-ME

Bruno Carvalho

 

Quando iniciei este blog estava longe de imaginar o caminho que iria percorrer nestes meses.
 
E estava longe porque apesar da péssima época realizada o ano passado, em que ficámos em 4º lugar, a 23 pontos do 1º classificado, acreditei que o Benfica poderia trilhar um caminho diferente com a chegada de novos jogadores e com um novo Director Desportivo.
 
No entanto, para mim, o Benfica continua a ser um clube sem um rumo vencedor, sem uma estratégia que o guie, vivendo sem o planeamento necessário para alcançar as vitórias em alta competição.
 
Parece-me claro que o problema do Benfica não está nos jogadores.
 
Parece-me evidente que o problema do Benfica não está nos vários treinadores que vai tendo.
 
Parece-me que o problema do Benfica não estará, seguramente, no Director Desportivo.
 
Se dúvidas há, basta olhar para as dezenas de jogadores que passaram no Benfica sem terem conseguido afirmar o seu valor.
 
Se há dúvidas, pode ver-se que treinadores como Manuel José, Mourinho, Ronald Koeman, Camacho ou mesmo Jesualdo Ferreira não serviram ao Benfica. Até Trapattoni, que foi campeão no Benfica, acabou por não servir.
 
O problema do Benfica é, então, muito mais profundo.
 
É um problema de gestão, de organização e de saber.
 
E é por achar que é possível alterar este estado de coisas, e por pensar que a actual equipa de gestão já esgotou tudo o que poderia dar ao clube, que creio que é hora de mudança.
 
Todos aqueles que são bem-intencionados sabem que tenho uma enorme paixão pelo Benfica.
 
Chamo-me Bruno Carvalho, tenho 40 anos e sou pai de 3 filhos maravilhosos.
 
Nasci em Bissau, em 1968, tendo vindo para Portugal com 8 meses. Nasci em África porque os meus pais aí viveram dois anos enquanto o meu pai combatia na guerra que aí se travava.
 
Fiz toda a minha vida no Porto excepto no período em que estudei no Reino Unido.
 
Sou licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, sou licenciado em Marketing pelo Chartered Institute of Marketing de Londres e tenho um MBA, com especialização em Marketing Management, tirado na Cardiff Business School da Universidade do País de Gales.
 
Fui e sou Administrador de algumas empresas, tendo sido Administrador e Director do canal de televisão NTV que hoje é a RTP-N.
 
Actualmente, sou Director Geral e Accionista do canal de televisão Porto Canal.
 
Lancei na televisão portuguesa algumas caras conhecidas como Isabel Figueira, Marta Leite Castro, Merche Romero, Cristina Alves, Olga Diegues, Inês Gonçalves, Francisco Meneses, Eduardo Madeira, Andreia Teles, Luísa Sequeira, Ana Guedes Rodrigues ou Maria Cerqueira Gomes.
 
Não sou filiado em nenhum partido político. No entanto, nas últimas eleições autárquicas fui mandatário do candidato do Partido Socialista à Câmara do Porto, Dr. Francisco Assis.
 
Sou membro da Direcção Nacional da ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários) onde ocupo o cargo de Vice-Presidente.
 
Finalmente, e o mais importante de tudo, sou benfiquista.
 
Sempre fui e sempre serei benfiquista.
 
Sou um benfiquista que sofre com o clube, que fica emocionado nas vitórias e frustrado nas derrotas.
 
Sou benfiquista por influência do meu avô que também era benfiquista.
 
O meu avô chegou, inclusivamente, a ser jogador de futebol do Benfica para além de, mais tarde, quando foi viver para o Porto, ter sido Presidente do Boavista num tempo em que as coisas eram muito diferentes de hoje.
 
Com o meu avô, que era coronel do exército, aprendi o que é que o Benfica representava e quais eram os valores do clube. Com ele, percebi a grandeza do Benfica e o respeito que todos lhe devemos.
 
Não gosto nem pretendo dizer muito mais coisas acerca da minha vida pessoal, mas compreendo que as pessoas tenham que conhecer o meu passado e o meu percurso que, em meu entender, me habilita a poder ser Presidente do maior clube português.
 
Tenho a minha vida pessoal organizada no Porto, mas o Benfica é um clube do mundo, um clube maior do que as palavras e pelo amor que lhe tenho estou disposto a mudar de cidade.
 
Neste nosso blog “Novo Benfica” tenho vindo a fazer uma análise exaustiva do estado em que se encontra o Benfica hoje.
 
O Benfica, na minha opinião, assemelha-se a um mau aluno, mas que é um rapaz inteligente e capaz. É claro que a culpa das más notas é da escola, dos professores ou dos colegas, em vez de se olhar para a verdadeira causa do insucesso. É que esse aluno não estuda e não se aplica. Passa a vida a gabar-se que é o mais inteligente da turma em vez de trabalhar. E depois fica surpreendido por ter maus resultados, passando a vida a queixar-se de tudo e de todos.
 
O Benfica não tem sido capaz de parar para pensar e de reconhecer os seus erros.
 
No Benfica prefere-se adoptar uma postura de desculpabilização permanente em vez de se procurar as verdadeiras causas dos problemas.
 
Essa atitude é extremamente perigosa porque nos conduz a soluções fáceis, mas que nada resolvem.
 
Todos sabemos que o Benfica é um clube popular, mas isso não deveria conduzir ao triunfo sistemático do populismo.
 
Os benfiquistas são permanentemente enganados porque eles próprios também parecem pouco interessados em encarar a realidade de frente.
 
Talvez por isso tenham dado a vitória a João Vale e Azevedo que prometia o regresso de Rui Costa. Talvez por isso tenham, depois, dado a vitória a Manuel Vilarinho quando este prometeu o ingresso de Jardel no Benfica. Talvez por isso os benfiquistas ficaram tão felizes com o 4º lugar da época passada, uma vez que essa realidade foi logo esquecida com a contratação de Rui Costa para Director Desportivo ou pelo ataque que o Benfica fez ao Porto na UEFA para tentar conseguir na secretaria o que não conseguiu em campo.
 
Os benfiquistas têm vivido de ilusão em ilusão.
 
É preciso parar com isto!
 
É necessário falar verdade aos benfiquistas.
 
No Benfica actual não é preciso ganhar, basta dar a ilusão que se vai ganhar.
 
No Benfica fala-se permanentemente em ganhar na Europa quando o que conseguimos são presenças vergonhosas na Taça UEFA. Deste modo, todo o prestígio ganho com o suor de grandes jogadores vai-se degradando ano após ano.
 
No Benfica actual fala-se de Fundações quando não se respeitam devidamente as antigas glórias, onde os dirigentes nem se dignam a estarem presentes num funeral de um jogador que foi campeão europeu com a camisola do Benfica.
 
No Benfica falam-nos de uma recuperação financeira e de credibilidade enquanto o que se vê na prática é o passivo aumentar 22 milhões de euros, só nos últimos 6 meses.
 
Recentemente o Benfica contraiu alegremente um endividamento de 40 milhões de euros que é somente metade do passivo de um clube destroçado como o Boavista, sendo que, desse montante, 12 milhões destinavam-se ao pagamento de salários.
 
Como é que isto é possível?
 
Numa coisa concordo com a actual Administração do Benfica: o Benfica não pode cair jamais em mãos de aventureiros, apesar de eu considerar que a actual política do Benfica é de alto risco e longe da prudência que estes tempos difíceis recomendariam.
 
É claro que alguns falarão do “timing” deste meu anúncio e de que é altura de darmos as mãos e sermos campeões.
 
Mas a esses eu direi o seguinte: as eleições são só em Outubro e eu não farei qualquer acção de campanha até o título estar decidido.
 
Deste modo fica demonstrado a todos que não sou nenhum abutre, que não estou à espera de nenhum desastre para dizer o que me proponho fazer no Benfica. Sei bem que outros haverá que, permanecendo na sombra, estarão a congeminar estratégias de actuação no caso de o Benfica não ser campeão.
 
Eu não faço nada disso.
 
Ponho tudo claro em tempo útil, garantindo que não causarei qualquer perturbação no Benfica.
 
Espero, com todas as minhas forças, que o Benfica seja campeão. Mas esse título sabe-me a muito pouco. Parece-me que o Benfica, a ser campeão, o será de uma forma parecida com 2005, isto é, com pouco futebol e com pouca classe e com um custo financeiro completamente incomportável.
 
Eu quero um Benfica bem diferente deste.
 
Quero um Benfica bem organizado, bem estruturado e ganhador.
 
É necessária uma política contra o sistema. Mas contra o verdadeiro sistema, contra a incompetência e falta de visão.
 
Tenho a certeza que é possível fazer, de novo, do maior clube português aquele que mais ganha.
 
Sei que o lugar do Benfica é ser o número 1.
 
Uma palavra final de agradecimento a todos aqueles que neste blog foram demonstrando o seu apoio às coisas que por aqui vou escrevendo.
 
Saudações benfiquistas,
 
Bruno Carvalho
 
 
PS: No momento do lançamento, foi afirmado por nós que este blog não representava nenhuma tendência dentro do Benfica. E continua a não representar, pelo que peço aos meus companheiros do Novo Benfica que clarifiquem a sua posição face à minha candidatura, se assim o entenderem fazer.
 

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