Dizia-me um amigo meu, que ontem me acompanhou a Guimarães para ver o Benfica, que Roberto é o nome que se dá aos bonecos de marionetas. Na conversa de final de jogo, todos os caminhos iam dar ao homem que agora ocupa a baliza do Benfica, o espanhol Roberto, olvidando a máquina goleadora em que se está a transformar o Benfica, ainda sem Cardozo, Ramires, Luisão, Coentrão e Maxi.
Eu esforçava-me para defender o portero, mas as minhas palavras esbarravam num evidência: a exibição tinha sido preocupante. Na retina ficou-me também a atitude de Moreira. O jovem (?) guarda-redes português nem por um momento se abeirou de Roberto. No início do jogo, enquanto se encaminhava para o banco de suplentes, Moreira agradeceu os aplausos da bancada, com os bracos no ar.
Depois do intervalo, o guarda-redes português foi o primeiro a regressar das cabines. Enquanto caminhava para o banco, voltou a erguer os braços para a bancada. Sentou-se sozinho no banco de suplentes e aí ficou alguns minutos, só depois chegaram os seus companheiros.
No final, enquanto que Roberto se ia tentando explicar e os colegas procuravam discretamente apoiá-lo, Moreira manteve sempre um distanciamento calculado. Depois do "post" no facebook, em que pedia uma oportunidade. Moreira está a forçar a nota.
Jorge Jesus não tem um, mas dois problemas na baliza. Estou certo que os irá resolver a contento, como bom psicólogo e gestor de balneário que é. Roberto está para ficar e ainda tem mais 4 jogos pela frente para fazer valer a sua categoria: Mónaco, Tottenham, Aston Villa e Sunderland. Depois, vem o fc porto para a Supertaça e, aí, não há perdão possível.
Post- Scriptum: Terceiro jogo, terceiro equipamento. Primeiro foi todo verde, depois todo preto, ontem todo amarelo. Trata-se de alguma superstição?