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Novo Benfica

Novo Benfica

29
Dez09

2009, DE A a Z

Pedro Fonseca

Este é o meu último artigo de 2009. Aqui fica, por isso, o meu balanço do ano de A a Z.

A – Apito Dourado. A Justiça portuguesa no banco dos réus; B – Benfica. Uma segunda metade do ano à dimensão do clube; C – Campeão. Aquilo que queremos atingir em 2010; D – Défice. O do Estado é preocupante, o do Benfica não; E – Estádio. Uns às moscas, como Alvalade, outros, como a Luz, a bater recordes de assistência; F – Família. Direcção, Administração, Equipa Técnica, Jogadores, Adeptos, Casas do Benfica – uma família benfiquista unida; G – Golos. Goleadas, a imagem de marca a fazer recordar os tempos de Eusébio; H – Homenagem. A Robert Enke, paz à sua alma; I – Idiotas. Todos os comentadores e escrevinhadores que disseram que mal chegasse o Inverno o Benfica cairia. Viu-se!; J – Jorge e Jesus. Jorge Jesus. Mais que o novo Mourinho, o novo Eriksson; L – Luís Filipe Vieira. O Benfica tem um líder; M – Mantorras. Que possa aparecer, de novo, em 2010; N – Nuno Gomes. Um verdadeiro capitão; O – Operário. Foi Javi Garcia, uma das melhores contratações dos últimos 10 anos; P – Pablo Aimar. Rui Costa disse-o em privado e está a confirmar-se, Aimar é para 4 anos, não para 4 meses; Q – Queda. Do Papa ; R – Rui Costa. Depois do tirocínio, um director desportivo de classe mundial; S – Saviola. Um “coelho” de se tirar a cartola; T – Tacuara. Um goleador à moda antiga, não é senhor Quique Flores? U – Ultras. Há-os mais nos bastidores e nos túneis do futebol português que nas bancadas ; V – Vitórias. Muitas em 2009, muitas mais em 2010; X – Empate. Vale 1 ponto, mas são precisos 4; Z – Zandinga. Morreu há alguns anos, mas ainda há quem goste de bruxarias.

23
Dez09

CONFIRMADOS E CONFORMADOS

José Esteves de Aguiar

 

O jogo de domingo passado, contra o Porto, foi pródigo em contrastes, parecendo-me de realçar que houve confirmações e conformações notórias.
 
Desde logo, a confirmação de que temos equipa para todo-o-terreno e para todas as estações do ano.
 
Que temos “matéria-prima” em quantidade e qualidade suficiente para controlar totalmente um jogo contra o Porto, à partida apontado como grande favorito para esta partida, não só porque se apresentava na máxima força, mas também devido às limitações impostas ao nosso plantel por lesões e castigos.
 
Que um Urreta que pouco tem jogado consegue substituir o Di Maria e o Fábio Coentrão, mantendo o mesmo nível de eficácia ofensiva e defensiva e dando-se mesmo ao luxo de dar espectáculo, com toques de calcanhar e tabelinhas de grande nível, como se estivesse a jogar contra a defesa de uma equipa menor.
 
Que um Carlos Martins regressado de lesão assume com mestria e competência a batuta da organização do jogo, perante a indisponibilidade do Pablo Aimar.
 
Que a vontade de vencer evidenciada pelos nossos atletas consegue superar as mais variadas contrariedades, incluindo um adversário sempre incómodo e um árbitro apostado em fazer esquecer – precisamente neste jogo – o lapso cometido na final da Taça da Liga.
 
Foi confirmado também – se dúvidas ainda houvesse – que a grande nação Benfiquista está unida à sua equipa de forma incondicional, arrostando com um frio de rachar e uma chuva persistente, para dizer presente. E presente, de que maneira, porque o apoio foi quase permanente, através de cânticos e aplausos. Foi mais uma noite inesquecível, que me fez sentir feliz por estar no estádio do meu clube!
 
Passando agora àquilo que chamo conformações notórias, não posso deixar de referir que há muito tempo não encontrava tantos portistas conformados. Bem sei que alguns “iluminados” persistem em arranjar mil e uma desculpas para aquilo que foi evidente: o Porto foi dominado, manietado, controlado mesmo no período mais perigoso e, em largos momentos da partida, reduzido a uma equipa vulgar, procurando desesperadamente evitar uma goleada.
 
No entanto, foi notória a conformação dos adeptos portistas que se deslocaram ao nosso Estádio, os quais passaram calados muitos momentos do jogo.
 
Além disso estou certo que muitos benfiquistas sentiram o mesmo que eu quando conversei com amigos portistas sobre o jogo – ficaram conformados com a derrota, quase aliviados por ter sido pela margem mínima e reconhecendo que, nesta partida, foram inferiores ao Benfica.
 
Aliás, aquilo com que os portistas não se conformam é com a falta de eficácia demonstrada pelos seus jogadores, com o facto de quase não terem conseguido criar oportunidades para rematar à nossa baliza, tendo sido expoente máximo de tal o Falcão – máximo goleador do Porto - que não rematou uma única vez, nem que fosse ao lado!
 
Mais uma vez, o Jesualdo Ferreira mostrou o seu mau perder e falta de capacidade de análise crítica ao jogo, ao afirmar que o resultado mais justo teria sido o empate. Com a falta de remates dos jogadores do Porto, só mesmo se fosse com um auto-golo de algum jogador do Benfica…
 
Fez-me lembrar uma célebre declaração que fez há dois anos, depois de ter ganho 1-0 no Estádio da Luz. Nessa altura saiu-se com esta pérola: o Porto dominou na primeira parte, o Benfica dominou na segunda, por isso o resultado é justo (!!!).
 
Sem mais, aproveito para desejar a todos quantos visitam e animam, de forma civilizada, este blog, independentemente do clube pelo qual “torcem”, um Bom Natal.
21
Dez09

TRÊS BANHOS

Pedro Fonseca

Abençoada chuva diluviana que não afastou nenhuma alma da catedral da Luz. Abençoado Manuel José, que em entrevista recente disse que o Benfica era uma equipa assustada e, assim, acabou por confirmar a razão do seu despedimento por incompetência. Abençoado clube que tem adeptos como aquelas dezenas de milhares que foram à Luz, apesar da equipa ter sido antecipadamente derrotada pelos comentadores encartados: uns porque disseram que as ausências eram demais para confrontar o todo-poderoso fcporto; outros porque vaticinaram que o “general Inverno” iria colocar um ponto final naquela cavalgada triunfal de goleadas por uma equipa de classe mas “excessivamente tecnicista e leve”.

Ponto final assim no mito de que chegando o Inverno ia ser o descalabro. Não foi. Foi Glorioso. Ou, como dizia hoje “A Bola”, numa fantástica capa, foi “Grandioso”. Queriam terreno pesado? Queriam chuva a potes? Tiveram tudo isso e tiveram uma equipa de luta, sofrimento, carácter, classe, talento.

Faltam adjectivos para explicar os 90 minutos. Mas aqueles milhões que viram o espectáculo Benfica, esmagador nos primeiros 45 minutos, fazendo do fcporto um parceiro menor como nunca nenhum equipa esta época, Chelsea incluído, tinha feito, sabiam que sabia a pouco aquele 1-0 ao intervalo.

Urreta? Fabuloso, como o tínhamos pressentido há dias no “O Inferno da Luz”., em cujo post a 13 de Dezembro escrevi "para o lugar de Di Maria, Urreta", como podem confirmar .Carlos Martins, soberbo, desmentido os arautos da desgraça que o veêm como irregular e um pouco afastado da realidade. David Luiz? Imperial, mas sabíamos todos, sabia ele também, que a campanha encomendada era para levar o amarelo por nada. Não chegou.

Javi Garcia? Portentoso, como só ele sabe ser – encheu o campo de classe e generosidade. E Maxi? Luisão? Peixoto? Mais Saviola – que génio!!! E Cardozo, magnífico. 1-0, está bem chega, são três pontos e quatro de avanço. Mas aquele penálti do tamanho da Torre dos Clérigos fez-nos lembrar os célebres “roubos de igreja”. Rodriguez tentou o andebol ou o voleibol, porque percebeu que no futebol o banho estava dado.

Um banho de futebol? Nem pensar. Três banhos. O banho da chuva diluviana. O banho de futebol. O banho táctico que Jorge Jesus deu a Jesualdo Ferreira. E que chega um Bom Natal para todos vós!

21
Dez09

BANHO DE BOLA NA CATEDRAL

Raul Lopes

Este  BENFICA- Porto foi um jogo disputado sob um clima curioso e fez reviver algumas facetas dos jogos disputados nos anos sessenta, setenta e oitenta.  Com efeito, o jogo de bastidores entre treinadores, dominou grande parte da semana que antecedeu este clássico.

Um dizia que determinado jogador estava lesionado e não jogava, porque não tinha tempo para recuperar as suas mazelas, outro dizia que determinado dirigente, do seu clube, sempre atento às movimentações do adversário, constatou que determinado jogador, considerado por toda a imprensa lesionado, iria fazer o jogo.

Aqui falo, obviamente, da declaração de Jesualdo sobre a informação de Antero Henrique, no que diz respeito a RAMIRES.

Neste momento, o que importa é dizer que o nosso BENFICA foi um justo vencedor do clássico fazendo uma exibição de grande nível, sobretudo na primeira parte.

Com um fcp assustado, amedrontado, receoso, recuado durante a primeira parte, o BENFICA demonstrou  inequivocamente porque é melhor e porque está na frente desta liga.

O fcp, durante a primeira parte, jogou exactamente da mesma forma como tinha jogado em Londres, com o Arsenal, e perdeu por quatro golos sem resposta.

A dinámica do jogo do BENFICA esmagou, de forma evidente, o jogo do fcp.

Esta equipa não teve qualquer oportunidade de se desenvicilhar da aranha construída por JJ.

A primeira parte do fcp foi totalmente ineficaz, não produzindo, não construindo qualquer jogada de perigo para as redes à guarda de QUIM.

Após o golo do grande SAVIOLA o fcp ainda abanou mais tornando-se totalmente irrelevante.

Na segunda parte, com o BENFICA a gerir o resultado e com o terreno de jogo, sobretudo na zona 

central em muito mau estado, o SLB demostrou grande bravura e eficácia perante um fcp repleto de equívocos.

Mais uma vez ficou demonstrado que Jesualdo tem erros que podem sair caros.

Esta noite foi mais um exemplo.

Não quero aqui e agora falar da arbitragem de Lucílio Baptista nem do penalty evidente.

BOAS -FESTAS para todos.

19
Dez09

Venha o Porto!

António de Souza-Cardoso

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Ganhamos ao AEK, num jogo agradável onde Jorge Jesus pôde recolher indicações. Umas boas, outras menos boas.

Ganhamos o grupo com brilho e estamos na Europa, hoje, de forma bem diferente daquela em que estivemos o ano passado frente a um grupo de intervenientes semelhantes. Um ponto, lembram-se, fizemos um só pontinho e sofremos 5 ridículos golos do vulgar Olympiakos.

Agora vem o Hertha de Berlim e, estou convicto, que seguiremos em frente na Liga Europa até cumprirmos a nossa ambição.

Felizmente o Benfica tem hoje outra atitude, outra cultura, outra vontade.

Julgo que ainda não completamente consolidada o que provoca alguma irregularidade exibicional, mas diferente muito diferente, para melhor, do que a que demonstrou nos últimos anos.

Claro que os grandes campeões se vêm também, senão principalmente, nos grandes momentos.

A diferença entre uma circunstância benévola e uma realidade sustentada é por vezes pequena, mas revela-se quase sempre nos momentos grandes.

Vamos ter no Domingo o momento maior deste tempo de Jesus.

O momento em que estou certo se perceberá que este Benfica não é uma equipa artificialmente “acelerada” para o princípio da época, mas antes o próximo campeão nacional.

Mesmo sem alguns jogadores fundamentais que as muitas coincidências dispensaram do “derby”.

Esteja Lucilio Baptista à altura de uma responsabilidade definitiva: a de que se aprendeu alguma coisa com o apito dourado. É que apesar de todas as ilibações recentes, houve acusações e acusados, lembram-se?

Venha o Porto, na certeza que todos acreditamos que este jogo grande confirmará definitivamente um Grande Benfica.

 

António de Souza-Cardoso

 

16
Dez09

TÃO CALADINHOS QUE ELES ANDAVAM!

José Esteves de Aguiar

 

A boa pré-época e o excelente arranque de época que tivemos levou a que a maior parte dos nossos opositores mais acérrimos – principalmente portistas e sportinguistas – se tenha remetido ao silêncio, abstendo-se de tecer grandes comentários ao Benfica, neste blog.
 
Bastou, no entanto, que alguns resultados fossem menos conseguidos, para que surgissem como cogumelos - mais ou menos venenosos nos seus comentários – tentando passar agora uma imagem de fraqueza que não corresponde, de forma alguma, ao nosso grande clube.
 
Circunstâncias várias levaram àqueles resultados menos conseguidos, mas não afectam de forma grave a estabilidade e qualidade do nosso plantel de futebol profissional.
 
Parece-me claro que o Benfica precisa de contar, dentro dos seus quadros, com um profissional competente na área do apoio sociológico e psicológico, capaz de ajudar a controlar emoções e reacções imaturas de alguns dos nossos jogadores.
 
O que se passou em Olhão, a nível de provocações aos nossos jogadores, procurando levá-los a “perder a cabeça”, era de tal forma previsível, que não consigo perceber como não houve um trabalho prévio de mentalização que tivesse ajudado os mais “emotivos” a conterem as suas reacções.
 
Não julguem os nossos adversários que somos a única equipa que necessita de controlar melhor as emoções de alguns dos seus atletas. Na presente época já assistimos a reacções despropositadas de jogadores como Hulk, Raul Meireles, Liedson, Cristiano Ronaldo ou Miguel Veloso, para referir apenas alguns.
 
Tal como os Benfiquistas não deveriam “embandeirar em arco” com os resultados – alguns estrondosos – obtidos nesta época, também os nossos adversários não deverão assumir como um dado adquirido que o Benfica “já deu o que tinha para dar”.
 
Desde o princípio da época que os responsáveis do nosso clube sempre recordaram que uma goleada conta apenas três pontos, que a nossa caminhada será feita jogo após jogo e que só no fim se farão contas.
 
O campeonato é longo e é uma prova de regularidade, por isso acredito que a estabilidade e o controlo das emoções são peças fundamentais para o êxito.
 
Desenganem-se os nossos adversários se julgam que podem encomendar o funeral do Benfica. Estamos vivos e bem vivos e vamos prová-lo no jogo do próximo domingo, frente a um F.C.Porto que parece ter-se convencido, assim de repente, que já atirou para trás das costas os fantasmas que o atormentaram num passado muito recente.
 
Daqui a algum tempo, espero estar a escrever um texto ao qual, referindo-me aos portistas, eu dê o título “tão caladinhos que eles andam novamente”!
14
Dez09

PLANO B

Pedro Fonseca

Olhão foi o costume. Já se previa. Em Braga foi igual. A estratégia tem anos e só os ingénuos é que caem. Jorge Jesus é tudo menos um ingénuo. Porquê, então, ter caído na esparrela? Os próximos tempos vão responder.

 

Percebeu, porém, que estava tudo preparado para mais uma cena no túnel e tomou precauções, impedindo os jogadores do Benfica de entrarem ao mesmo tempo que os jogadores do clube-satélite do fcporto. Chama-se Olhanense, como anos atrás se chamava Leça.
A história sempre se repete. Uma vezes em farsa, outras em comédia. A nota positiva do que aconteceu em Olhão é que agora Jorge Jesus já tem um Plano B. Obrigatoriamente. E se todos já conheciam a forma de jogar do Benfica, agora ninguém sabe que táctica vai JJ utilizar para o jogo de domingo na Luz.
Nem ninguém sabe que jogadores vai escalar para substituir Di Maria, Coentrão, Ramires, talvez Aimar. Jesualdo vai ter uma surpresa, oh se vai! Até lá pode ser que o CD da Liga se entretenha a investigar os insultos que Bruno Alves dirigiu ao fiscal de linha do jogo de Guimarães.
Não foi em nenhum túnel mais ou menos obscuro. Foi à vista de toda a gente e captados pelas câmeras da Sport TV. Como veêm, é muito fácil apanhar prevaricadores. As provas estão todas disponíveis, basta usá-las e julgar quem pisou o risco.
Post Scriptum: Lamento mas não vou especular sobre o Plano B de Jesus para domingo. Não dou armas ao adversário.
13
Dez09

INTRANQUILIDADE E NERVOSISMO

Raul Lopes

No PORTO CANAL disse, no ínicio desta liga, que o BENFICA iria ter grandes dificuldades nos jogos com o Braga e com Olhanense. Com o Braga perdemos e em Olhão empatámos. Não sabia, na data dos factos, que o jogo de Olhão antecedia a disputa com o Porto. Com esta carga, obviamente que o jogo do Algarve se disputou de uma forma atípica  e que demonstrou, mais uma vez, que um jogo de futebol não se disputa só nas quatro linhas. O jogo de bastidores no futebol nacional é cada vez mais importante na decisão dos resultados dos mesmos. Não escrevendo sobre a arbitragem de SOARES DIAS, árbitro inscrito  no Porto, tenho que relevar que, para se ser campeão nos tempos hodiernos. há que preparar uma equipa para todas as adversidades que possam ocorrer durante um jogo com este cariz.

 

A intranquilidade e o nervosismo que o BENFICA demostrou durante o jogo são sintomas que resultaram em perdas de pontos. Responder a provocações só pode conduzir a resultados menos esperados, a expulsões e a amarelos menos desejados. Sobretudo quando os amarelos podem provocar a ausência de jogadores fulcrais para um jogo importante.

 

Com efeito pareceu-me que o BENFICA durante todo o jogo foi uma equipa permanentemente desastibilizada fruto de um jogo de bastidores para a qual não estava devidamente preparada.

 

Sem DI MARIA, FÁBIO COENTRÃO e RAMIRES (este por lesão) para o jogo com o Porto, além de ter sido irreconhecível, no Algarve, o GLORIOSO vai ter vida díficil na próxima jornada.

 

É nestas pequenas questões que os jogos anteriores a uma  jornada importante têm grande relevo.

 

Quero eu dizer que BENFICA-Porto começou a ser disputado no Algarve.

 

Importante é ter uma equipa preparada para estas situações. Será que JJ a preparou para tal?

Penso que aqui falhou e não advertiu alguns dos nossos jogadores para tal tarefa.

 

 

Perder pontos com o "PortoB" é a mesma coisa de perder pontos com o "PortoA".

 

Será isso que vai acontecer? Está lançado o desafio.

12
Dez09

OLHANENSE-BENFICA

José Esteves de Aguiar

 

É sempre arriscado fazer prognósticos a jogos, mas apeteceu-me fazê-lo em relação a este.
 
Na pré-época o Benfica defrontou o Olhanense na final do Torneio do Guadiana e teve que suar muito para ganhar o jogo e o troféu.
 
Jorge Costa socorreu-se de marcações apertadas aos principais criativos do Benfica para manietá-los durante grande parte do encontro, tendo dado ordens aos seus jogadores mais rápidos da frente de ataque para explorarem as costas da defensiva benfiquista.
 
Esta estratégia resultou num jogo bastante eficaz por parte do Olhanense, que conseguiu dominar os acontecimentos durante largos minutos.
 
De cada vez que Ukra, Rabiola e Zequinha partiam para o ataque, faziam-no de forma muito rápida e com boas trocas de bola, bem lançados por Castro, Rui Baião e Messi.
 
Lembro-me perfeitamente de pensar, no final daquele jogo, que o Olhanense era sério candidato a ser a agradável surpresa desta Liga. Afinal enganei-me e anda pelos últimos lugares da classificação.
 
No entanto, os atributos de boa organização, jogo pressionante a meio-campo e rápidos contra-ataques continuam presentes na equipa do Olhanense, a qual pode por isso mesmo causar-nos alguns dissabores no jogo desta noite.
 
Para além das características que acabei de referir, há que acrescentar a motivação extra que todas as equipas têm quando defrontam o Benfica e o facto de contar nas suas fileiras com alguns jogadores emprestados pelo Porto e, naturalmente, empenhados em facilitar a vida ao clube-patrão.
 
Por outro lado, o treinador Jorge Costa é uma daquelas personagens que, no futebol português, sempre nutriu um ódio de estimação pelo Benfica.
 
Sabendo-se que estamos nas vésperas do Benfica-Porto, não é nada difícil prever que a estratégia do Olhanense passará por marcações apertadíssimas aos jogadores do Benfica, que podem ter duas componentes, ambas penalizadoras para o nosso clube – por um lado lesões de jogadores fundamentais do Benfica, por outro levar estes a reagir às provocações que, sem dúvida, lhes serão dirigidas, sendo passíveis de sanção disciplinar.
 
Num caso e no outro o grande beneficiado seria, sempre o Porto. Espero, sinceramente, que o árbitro (apesar de portuense) Artur Soares Dias consiga ser isento e evitar a estratégia que, não duvido, está montada para este jogo.
 
Espero, também que JJ tenha preparado psicologicamente os jogadores do Benfica para a realidade que os espera hoje à noite.
 
É certo que tudo pode alterar-se se o Benfica entrar no jogo – como deve – de forma decidida e a marcar cedo. Nesse caso, o melhor ataque da prova pode voltar a fazer das suas, frente a uma equipa que se apresenta como mais um osso duro de roer na nossa caminhada para o título de campeões nacionais 2009/2010.
 
Vamos jogar à Benfica, do primeiro ao último minuto!
09
Dez09

BENFICA TV: UM ANO À CAMPEÃO

Pedro Fonseca

Nos últimos dias, por influência do meu filho mais velho, tenho passado algumas horas a ver a Benfica TV. “Ver” não é bem o termo, mais correcto é dizer “deliciar-me”. Pela voz do Presidente do Benfica fiquei a saber ontem que hoje o canal faz um ano de emissão.

 

Já aqui o escrevi e repito: a Benfica TV é um projecto com a importância da construção do novo estádio e do centro de estágios. São estes os três pilares fundamentais do presente e do futuro do Benfica. E os três têm um nome em comum em termos de autoria: Luís Filipe Vieira.
Voltemos à Benfica TV. Nos últimos dias, dizia eu, deliciei-me com horas e horas de benfiquismo: os infantis, os iniciados, os juvenis, os juniores, a disputarem encontros de todas as modalidades; as modalidades seniores e de alta competição, com treinos, entrevistas a treinadores, a jogadores; as tertúlias de debate de ideias e de denúncia dos ataques ao Benfica, etc, etc, etc.
A Benfica TV traduz, como ninguém, o que é o Mundo Benfiquista. E acreditem, é um mundo imenso, incomparável, que mesmo a nós que conhecemos bem o clube há muitos anos nos deixa espantados, estupefactos, boquiabertos.
Sem o canal, talvez que os milhões de benfiquistas não tivessem a percepção total e global do gigante mundial que é o Sport Lisboa e Benfica, das dezenas de milhares de atletas que todos os dias competem com a camisola do Benfica envergada em todos os escalões e em todas as modalidades (muitas delas de que a esmagadora maioria dos portugueses nem conhece o nome) e que todos os dias tornam o Complexo Desportivo da Luz num enorme formigueiro de actividade, de luz, de som, de cor, de alegria.
Sem a Benfica TV era como se tudo isto não existisse. E eu gostava de ver a cara dos nossos adversários, sporting e fcporto, fechados no seu pequenininho mundo, olhando para esta realidade do Benfica que lhes parece tão de ficção científica quando comparada com a sua: pequena, paroquial e provinciana.
Mas mais. Estive também a observar os canais televisivos de outros grande clubes mundiais, como o Real Madrid e o Manchester United (são poucos os clubes que têm este projecto 24 horas a emitir, como o Benfica). A diferença é enorme: os canais do Real Madrid e do Manchester United limitam-se, quase na íntegra, a transmitir antigos jogos de futebol, o que torna a emissão pobre e monótona.
É certo que não têm a dimensão desportiva do Benfica, mas podiam ter mais alguma criatividade nos conteúdos que apresentam. É por isso que não posso deixar, neste seu 1º aniversário, de agradecer a todos quantos fazem a Benfica TV e transmitir-lhes aqui os meus parabéns pelo sensacional trabalho – uma palavra de agradecimento e de parabéns especial para o seu director, Ricardo Palacin.
Os benfiquistas devem estar orgulhosos da Benfica TV. Se as Casas do Benfica, como diz e bem Luís Filipe Vieira, são “embaixadas” e “braços armados” do Benfica, a Benfica TV é a difusora do benfiquismo, da palavra benfiquista, da fé benfiquista.
Uma última palavra para o Presidente do Benfica. O Sport Lisboa e Benfica precisa ainda durante muitos anos da liderança de Luís Filipe Vieira. Se tudo correr bem no plano desportivo, como tudo indica que vai correr, Luís Filipe Vieira merecerá que o seu busto seja colocado no átrio principal do Estádio da Luz, junto aos de Cosme Damião, Joaquim Ferreira Bogalho e Maurício Vieira de Brito.

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