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Novo Benfica

Novo Benfica

28
Mai09

E se Quique quiser Ficar?

António de Souza-Cardoso

O episódio em torno de quem será o treinador do Benfica para a próxima época é um bom exemplo daquilo que tem sido a gestão do Benfica dos últimos anos.

No tempo de se comprometer com Quique Flores, a Direcção do Benfica, insistiu que se tratava de um projecto a longo prazo (mínimo de dois anos) ajustado à aposta no perfil de um treinador, jovem ambicioso e dinâmico.

Que afastasse o fantasma das mudanças sucessivas de treinador. Vínhamos de uma época miserável em que ficamos em 4º lugar e fomos servidos por 3 treinadores. A última fase de Fernando Chalana foi confrangedora e a prova evidente do equívoco que se instalou na gestão desportiva do Clube.

Era por isso natural este ímpeto de estabilidade. Com o habitual lavar das nódoas do passado e o consequente anúncio de (mais um) futuro florido.

O Benfica teve novamente esta época um percurso desportivo pouco digno e muito desfasado daquilo que foram as promessas dos dirigentes, o dinheiro investido e as expectativas legitimas da massa associativa.

Como ninguém assume e a culpa (outra tradição a que esta Direcção nos tem habituado) e ela não pode morrer solteira o olhar persecutório, ou o dedo acusador, viram-se para o Espanhol…

Dele esperam um único deslize para sustentar qualquer justa causa de rescisão. Mas o espanhol que pode até nem ser treinador para o Benfica, é um Homem civilizado e cortês e não comete deslizes dessa natureza.

Dado o impasse gerado, a Direcção do Benfica mostra as cartas que tem: Diz-se disposta a pagar parte da indemnização à equipe técnica, constituída por 4 elementos. Mas apenas parte daquilo a que legalmente têm direito, num valor que em caso algum pode ultrapassar os 1,5 milhões de euros.

Enquanto caem as máscaras, para utilizar uma expressão já usada no Blog (julgo que noutro sentido), levanta-se o impasse:

O treinador não diz que aceita menos do que legalmente tem direito. O Benfica não diz que paga mais que o limite definido.

Mas o treinador sabe que o Benfica não o quer. Como também sabe que pode legalmente ficar.

Entretanto vai-se preparando a nova época, com contratações anunciadas. Que não foram objecto da análise e do comprometimento do treinador. Nem deste, nem de um outro que o venha eventualmente substituir. Luis Filipe Vieira, o tal que não tem culpa de nada, nem responsabilidade sobre nada, proporciona (não se sabe a quem?) a centésima contratação dos seus curtos (ou longos?) anos de liderança. Tanta gente, tantas equipas, tantos ciclos…

Na crista deste impasse, duas coisas podem acontecer:

A mais provável e desejada por esta Direcção é que Quique saia. Mas quando? É certo que não a tempo do seu substituto escolher e estruturar a equipa. Quem vai assumir a culpa para o ano? Vamos ver o mesmo filme?

A outra, é ainda pior:

 E se Quique, que parece ser um Homem direito e cumpridor, não quiser mesmo sair?

 

 António de Souza-Cardoso

 

PS. No jornal “A Bola” da passada segunda-feira, a coluna habitual de Carlos Pereira Santos, provocou que alguns amigos me ligassem a perguntar se não seria eu o miserável senhor, alvo da indignação e dos impropérios do jornalista. De facto, as ligações ao Porto Canal e à Casa (não será Causa?) Real, permitiam essa putativa confusão. Quero dizer aos meus Amigos que não sou eu, pelo simples facto de que não fiz (nem faria) as afirmações que provocaram a revolta do jornalista. Mas já agora deixem-me que diga que não fica bem a Carlos Pereira dos Santos andar a fazer acusações genéricas que provocam suspeições específicas, só por achou que não deveria revelar o nome de quem pretendeu, tão gravemente, acusar. Para quem se ofende com tanta facilidade, deveria ter outro cuidado. Não vá alguém lembrar-se de proibir este tipo de jornalismo…

 

27
Mai09

Que estratégia?

Miguel Álvares Ribeiro

 

Confesso que foi com muita expectativa e esperança que vi as mudanças introduzidas no futebol do Benfica no final da época passada, que me faziam antever reformas profundas na sua organização e estratégia.

 

Finalmente passámos a ter um Director para o futebol, um benfiquista do coração, simples e honesto, conhecedor dos bastidores desse mundo por ter sido um notável jogador.

 

Contratou-se uma equipa técnica jovem e ambiciosa, à qual se concedia o prazo de dois anos para implementar uma profunda reforma do futebol do Benfica.

 

Reforçou-se a equipa com alguns jogadores jovens e outros mais experientes (estes, na sua maioria, por empréstimo) mas manteve-se a base da equipa da época anterior.

 

Na primeira fase da época, apesar de nem sempre as exibições serem convincentes, os resultados eram animadores e notava-se a construção de uma equipa mais segura.

 

A desastrosa participação na fase de grupos da Taça UEFA e a “desistência” da equipa após os jogos no Dragão e em Alvalade foram, portanto, surpresas muito negativas.

 

A incapacidade de produzir consistentemente boas exibições (apenas me lembro, assim de repente, dos jogos contra Nápoles, Sporting e Guimarães) e a aparente incapacidade de Quique para motivar os jogadores são as principais limitações que aponto ao nosso treinador.

 

Independentemente de todas as dúvidas que partilho sobre a manutenção de Quique como treinador do Benfica, a forma como todo este processo tem sido gerido pela Direcção do Benfica é, no mínimo, lamentável.

 

Não compreendo que não haja lisura e frontalidade na comunicação atempada das intenções relativamente à permanência ou não do treinador à frente da equipa, nem que o treinador do Benfica para 2009/2010 ainda não esteja a preparar a época com a Direcção.

 

Pela sua postura correcta e pela forma como vinha abordando o assunto relativo à sua permanência no Benfica, também não esperava que Quique fosse criar estes embaraços no que diz respeito à sua desvinculação.

 

Por outro lado, continuam a ser anunciadas contratações de jogadores e todos os dias a imprensa fala de jogadores que são dados como prováveis reforços do Benfica. Ramires terá sido o 100.º futebolista adquirido desde que Luís Filipe Vieira entrou no Benfica, em 2001/02, isto é, em média todas as épocas se compra uma equipa inteira!

 

Ao que tudo indica, a Direcção do Benfica desistiu da sua aposta e não tem uma estratégia bem definida; continuamos a navegar à vista, a despedir os treinadores e a contratar uma nova equipa todos os anos e a pretender resultados imediatos. Infelizmente, assim não vejo como podemos ter sucesso.

 

 

26
Mai09

CERTEZAS E EQUÍVOCOS – PARTE 2

José Esteves de Aguiar

 

Na semana passada expressei as minhas dúvidas quanto à questão do treinador e, pelo menos aparentemente, não sou o único a ter dúvidas. Uma semana depois mantém-se o tabu quanto a este tema e a ver vamos quando haverá uma decisão definitiva.
 
Antes de passar à segunda parte deste “Certezas e Equívocos”, queria aproveitar para esclarecer um ponto do meu texto da semana passada, que suscitou muita polémica - o nome de Humberto Coelho. A minha referência a este nome não passou de um exemplo de um grande Benfiquista.
 
Escreveram várias pessoas – certamente com razão – que devido à falta de curriculum não seria a pessoa certa para treinar o Benfica. No entanto, tal não afasta a minha convicção de que seria desejável que, entre os mais de seis milhões de almas que somos, houvesse um ou mais bons treinadores de futebol. Talvez seja altura de o Benfica investir na formação adequada de treinadores de futebol, para ter “matéria-prima” a curto ou médio prazo…
 
Passo agora à questão que deixei em aberto na semana passada: que faceta de Luís Filipe Vieira deverá ser mais valorizada – a de quem tanto fez, em termos patrimoniais e para reabilitação da imagem do nosso Benfica, ou a de quem não conseguiu que o futebol profissional nos desse as alegrias por que tanto ansiávamos?
 
Parece-me inequívoco que Luís Filipe Vieira ganhou um lugar de destaque na galeria dos Presidentes do Benfica. Goste-se ou não dele, dificilmente haverá um Benfiquista bem-intencionado que não considere que o Benfica tem uma dívida de gratidão para com o actual Presidente, tanto pelo seu trabalho neste cargo, como desde 2000, quando chegou à Luz pela mão de Manuel Vilarinho.
 
Em termos patrimoniais tem sido um período notável – a progressiva regularização do passivo, aliada à construção do novo estádio, do pavilhão dedicado a várias modalidades e do centro de estágio, à criação da Benfica TV e à aposta na vertente científica e de estudo, no que diz respeito ao rendimento dos atletas, para além da aposta na formação, constituíram passos muito importantes para a credibilização do nosso Clube e a reabilitação da sua imagem enquanto entidade.
 
Por outro lado, a atenção prestada aos sócios não pode deixar de ser salientada – falo, por exemplo, da criação do kit de sócio, da negociação de diversos protocolos com vantagens óbvias para os sócios, da possibilidade de voto electrónico “à distância” e do reforço notório da rede de casas do Benfica no mundo. Falo também do acesso de todos os sócios a contas devidamente auditadas, que nos conferem algum conforto e do facto de nos sentirmos membros da maior família desportiva do mundo, em número de sócios.
 
Em suma, pelo que diz respeito às questões patrimoniais e de imagem do Benfica, temos razões para andar de cabeça bem levantada e, porque não dizê-lo, nos sentirmos orgulhosos.
 
Já quanto aos resultados desportivos, o nosso sentimento é bem diferente – principalmente quanto ao futebol profissional, porque o ressurgimento de várias outras modalidades a alto nível e o lançamento do projecto olímpico permitiram-nos ter razões para sorrir.
 
A nível do futebol profissional tem-se verificado um notório défice de títulos. Obtivemos uma Superliga, uma Taça de Portugal (com um sabor especial, porque foi bem ganha contra o Porto de Mourinho), uma Supertaça e uma Taça da Liga. Tivemos uma boa prestação na Liga dos Campeões, quando eliminámos o Manchester United e o campeão em título Liverpool, mas convenhamos que, para um clube como o Benfica, é muito pouco.
 
Quase todos os anos me lembro de uma frase que Luís Filipe Vieira proferiu, aquando da sua primeira eleição como Presidente do Benfica e que foi algo deste género: “os Benfiquistas que não esperem ganhar muitos títulos nos próximos anos, porque há que limpar o passivo, construir infra-estruturas importantes e recomeçar quase do zero”.
 
Mesmo com este panorama e este realismo, Luís Filipe Vieira ganhou eleições de forma folgada e, é justo dizê-lo, envolveu-se em todas as frentes que entendeu necessárias para melhor defender os interesses do Benfica.
 
Cometeu erros? Seguramente que sim, mas só não erra quem nada faz.
 
Sendo eu Benfiquista desde que me lembro de ser gente, é evidente que sofro muito pela falta de melhores resultados desportivos do Clube do meu coração, ainda para mais quando vivo na cidade do Porto.
 
No entanto, à medida que fui escrevendo este texto, a minha dúvida inicial foi-se dissipando. Sem tudo o que tem vindo a ser feito nos últimos anos, só casuisticamente poderíamos ter êxito a nível desportivo. As condições excelentes que têm vindo a ser criadas hão-de, necessariamente, dar frutos.
 
A questão é: quem deverá colher tais frutos? Quem, ao longo dos últimos anos lutou para que aquelas condições fossem criadas ou quem chegar agora ao Clube, por muito legitimamente que o faça?
 
Acho que, por tudo quanto ajudou a criar para o Benfica, Luís Filipe Vieira merece continuar Presidente do nosso Clube. Contudo, parece-me imprescindível que reformule a sua equipa de apoio, introduzindo sangue novo, através de pessoas que possuam uma enorme vontade de vencer, para assim aliviar a sede de vitórias de todos os Benfiquistas!
25
Mai09

CAIU A MÁSCARA

Pedro Fonseca

Caiu o pano sobre a época 2008/2009. Começam agora a fazer-se os balanços rotineiros, clássicos, anuais. A minha retrospectiva analítica vai começar pelo fim: o mais que provável abandono de Quique Flores.

 

Dizem os jornais de hoje que o treinador espanhol não gostou que o Benfica tivesse mantido conversações com Jorge Jesus, sem lhe comunicar nada. Quem lhe disse que tal era verdade? Ou Quique já assimilou a velha premissa portuguesa de que se vem no jornal é porque é verdade. Ao refugiar-se nesse pretexto para dificultar a saída do Benfica e para fazer valer as suas condições de rescisão, caiu a máscara a Quique Flores.

 

O Benfica também podia dizer que não gostou de ver Quique Flores “tirar o tapete” a Nuno Gomes, quando comentou o alegado mau comportamento do capitão do Benfica após o polémico jogo com o Nacional. Lembram-se? Nuno desmentiu, Quique confirmou.
Nisto de “tirar o tapete” para ficar bem na fotografia, o treinador espanhol foi um mestre. Lembram-se do que disse no final do FC Porto – Benfica, ao comentar a simulação de Lisandro, que o árbitro Pedro Proença julgou faltosa e assinalou penálti? “Eu também fiz muitas simulações”.
E que dizer do seu elogio a Hulk? Eu recordo: “Hulk é espantoso”. Viu-se nos jogos com o Manchester United. Curioso, nunca ouvi Quique referir-se assim a nenhum jogador do Benfica. Pelo contrário, vi-o atacar publicamente Reyes, Cardozo, Balboa, Quim.
Há mais. Na defesa suprema da sua imagem, Quique Flores recusou-se sempre a criticar os árbitros. Meu Deus!, não era preciso chegar ao exagero doentio e anedótico de Paulo Bento, mas quando vê e ouve o treinador do FC Porto criticar o árbitro de um jogo do Benfica, será que era preciso fazer-lhe um desenho?
Quique deixou várias vezes a Direcção e a Administração da SAD desconfortáveis, minando a estratégia do clube que representa e que lhe paga principescamente – a tempo e horas. Será que era muito difícil a Quique também comunicar antes o que pretendia dizer? Será que lhe era muito complicado ser solidário com o clube e a equipa, que em vários jogos viu serem-lhe sonegados pontos devido a arbitragens vergonhosas, tendenciosas, premeditadas?
A sua imagem, a sua postura, o seu crédito junto da comunicação social foi sempre mais importante do que defender os seus jogadores, a sua equipa, o seu clube. E teve Quique alguma palavra para Diamantino e Chalana?
Por isso, esta postura de virgem ofendida mostra que Quique Flores é homem de duas faces. É claro que nesta estratégia de preservação da imagem, o treinador espanhol retirou fartos dividendos junto dos fazedores de opinião. Mas não foi para isso que foi contratado.
Não foi para vestir o fato de gala, nem para colocar um ar de “enfant terrible”, qual parte-corações. Foi para defender o Benfica, a equipa e os jogadores. Quique não foi solidário, nem foi respeitoso. Podia, ao menos, ter aprendido alguma coisa com Camacho.
Quando se diz e se escreve que manteve um comportamento digno apesar das notícias, esquecem-se de que quem pretende exigir a indemnização total (como parece ser o caso, lendo os jornais), tem de ter muito cuidado com o que diz.
Quique não deixa saudades. Foram-lhe criadas condições únicas, que desbaratou. Foram-lhe dados os jogadores que exigiu. Foi-lhe dada carta branca para tudo fazer e tudo decidir. Não soube fazer melhor. Quem esbanja 7 pontos com as duas equipas que desceram de divisão não pode almejar mais. Se fosse só isso, mas foi muito mais…
21
Mai09

Tudo Bons Rapazes!

António de Souza-Cardoso

Julgo que os benfiquistas que viram o jogo com o Braga que começou com a triste motivação do lugar no Pódio, tiveram como eu a mesma repetida sensação de alguns (infelizmente poucos) jogos desta época:

- Porque é que não jogamos sempre assim?

Temos teorizado muito sobre as opções, esta época, de Quique Flores e sobre os seus “pecados capitais”. Mas sinceramente, para além de alguns pecadilhos veniais, acho que o único verdadeiro pecado mortal do Espanhol foi não ter conseguido impor metodologias, procedimentos, autoridade que prevalecessem sobre o deficit de organização e responsabilidade que grassa no Benfica.

De facto, também eu gostava do Léo, mas reconheço que tinha a idade que tinha e que era bem melhor a atacar - que é o que a malta gosta, do que a defender – que é a função principal que deveria exercer.

Também eu sou apologista de 2 avançados – de preferência Cardozo e Nuno Gomes, mas não sei de quem foi a responsabilidade (nunca se sabe no Benfica) da contratação de Suazo e vi jogos de encantar do hondurenho (aquele com o Nápoles, por exemplo) em que ele esticava a equipe e justificava amplamente a aposta do treinador.

Julgo que houve jogadores em posições artificiais (David Luis, Ruben Amorim,  Pablo Aimar) mas a verdade é que equipe vinha desequilibrada desde o inicio, com jogadores a mais para certas posições (cheguei a temer que tivéssemos dois jogadores com a camisola 10) e jogadores a menos para outras (os laterais são disso exemplo gritante – julgo que não temos nenhum lateral de raiz!!).

E, também aqui, ninguém sabe de quem foi a responsabilidade.

Sabemos, isso sim, de quem não foi.

Não foi da equipe de gestão do Benfica (financeira, jurídica, etc) constituída por destacados sportinguistas e portistas, que têm estado entretidos com outras lutas (?) de grande produtividade e excepcional  retorno para o Benfica.

Não foi do Senhor Presidente do Benfica que, coitado, não marca golos, nem defende penalties, nem tem qualquer responsabilidade na gestão desportiva. Não é como aqueles clubes de bairro, como o actual tetracampeão, em que o Presidente mete o nariz em tudo (até, efectivamente, no que não deve).

Terá sido de Rui Costa? O Presidente trata o Rui como nós tratamos Santa Bárbara. Só se lembra dele quando chove que é como quem diz, quando lhe dá jeito.

Bom, como fica tudo a assobiar para o ar, o mais fácil é virarmo-nos para o espanhol e acharmos que o Benfica é como o vento e o casamento – não se dá com os espanhóis. Com Camacho não foi também assim. E o Presidente até era amigo dele…

E pronto, continuamos alegremente a disputar o terceiro degrau do pódio ou as primeiras eliminatórias daquelas taças pequeninas disputadas por clubes que não sabemos bem pronunciar os nomes.

Porque afinal ninguém sabe, ninguém estava lá, ninguém tem culpa ou responsabilidade. Os Directores e gestores do Benfica estão a tratar de coisas muito mais importantes para um clube desportivo, como a Fundação, do centro de estágios, do Benfica TV, a reformulação da Mística, os azulejos dos sanitários, a gastroenterite da Vitória e tanta, tanta coisa que faz o Benfica verdadeiramente grande.

 

No fundo, somos todos bons rapazes que, como alguns fidalgotes, fazemos lembrar os tubérculos:

Tudo o que temos de bom está enterrado!

 

António de Souza-Cardoso

 

20
Mai09

Desistências

Miguel Álvares Ribeiro

1 – No início da época foi anunciado aos benfiquistas um novo projecto, com a entrada de Rui Costa para a gestão do futebol, a contratação de um conjunto de jogadores de alto nível e a implementação de um projecto a dois anos, com uma equipa técnica jovem e ambiciosa.

 

Ainda o primeiro ano não acabou e já é dado como certo que a equipa técnica vai ser substituída (até já se sabe por quem), já foram anunciadas várias contratações de jogadores e todos os dias a imprensa fala de jogadores que são dados como prováveis reforços do Benfica.

 

Para além do facto de os resultados não terem sido os que todos gostaríamos, com a conquista do campeonato ou, pelo menos, de um lugar que desse acesso à Champions League, estes desenvolvimentos vêm demonstrar a falência total do projecto idealizado para o médio prazo – por estranho que pareça, falar de um projecto de dois anos já deve ser considerado médio prazo no futebol do Benfica (aliás, como me perguntava há dias um amigo, para quê fazer contratos com os treinadores a 2 ou mais anos se nos últimos anos nenhum treinador aguentou mais que 1 no Benfica?).

 

O que levou a Direcção a desistir do seu projecto a 2 anos e partir para um novo ciclo?

 

Infelizmente parece que a estratégia não terá sido devidamente delineada e, portanto, continuamos a navegar à vista e a pretender resultados imediatos, pelo que não os teremos, certamente, nem no imediato nem no médio prazo.

 

O Benfica não pode contratar um treinador apenas pelos seus créditos e depois dar-lhe carta branca para gerir os destinos da equipa de futebol. O treinador tem que ser escolhido dentro do perfil pretendido para o Benfica, mas tem que ser claro, desde o início, qual é o espaço de liberdade do treinador e quais são as funções que pertencem aos restantes membros da equipa que gere o futebol. Equívocos como, por exemplo, os que aconteceram com Diamantino e Chalana, não podem acontecer.

 

Por outro lado, o treinador tem que sentir, especialmente nas ocasiões mais difíceis, um apoio mais efectivo, por parte da Direcção do Benfica, do que aquele que foi dispensado a Quique. Não é possível fazer um trabalho de fundo, como o que é necessário na remodelação do funcionamento do futebol do Benfica, se o treinador sentir que à primeira contrariedade tem o lugar em xeque.

 

Muito importante para o sucesso do projecto desportivo é uma estratégia de comunicação muito bem delineada e que sirva os interesses da instituição. Ao longo da época não houve uma coordenação clara das intervenções dos diferentes protagonistas, o que conduziu em alguns casos a situações de aparente contradição, o que naturalmente não serve os interesses do Benfica. As fugas de informação constantes e as manchetes noticiosas a dar conta do que se passa no interior do clube só podem ser prejudiciais; as permanentes notícias de contratação de novos jogadores não serão certamente o melhor incentivo para os que já lá estão.

 

É também necessário definir objectivos e avaliar o sucesso da estratégia adoptada em função do maior ou menor grau com que são atingidos. Claro que, num clube com a grandeza do Benfica, os objectivos devem ser sempre ambiciosos. Penso, no entanto, que na situação actual do Benfica, mais do que apontar para a conquista do campeonato, se devia apostar claramente na construção de uma equipa que pratique um futebol alegre e bonito, que potencie e valorize os valores individuais dos jogadores e que faça o “casamento” da massa adepta com a equipa.

 

 

2 – Confrontado com a desistência de dois dos colaboradores habituais do blog, tenho que dizer que é com muita pena que os vejo partir pois eram, apesar de uma participação não regular, vozes de diferença num blog que se pretende plural e com diferentes visões sobre a realidade do Benfica.

 

Concordo que a publicação de um comunicado, de uma pessoa que se assumiu como candidato à presidência do Benfica, não é uma forma feliz de se participar num blog independente, como dei nota na resposta a um dos comentários que me foi oportunamente feito por um dos nossos leitores. No entanto, assim como eu sempre escrevi aqui o que achei que devia escrever, também acho que o facto de o Bruno se ter afirmado como candidato não lhe deve cercear a capacidade de intervir no blog; a avaliação da oportunidade e da justeza da sua intervenção será feita por quem frequenta o blog.

 

Como considero que a redução do leque de opiniões existentes no blog só poderá contribuir para que ele perca uma parte importante da sua atractividade, eu não desisto.

 

 

19
Mai09

CERTEZAS E EQUÍVOCOS – PARTE 1

José Esteves de Aguiar

 

Eu, Benfiquista, me confesso: tenho dúvidas. Posso afirmá-lo, sem qualquer problema, porque não venho para aqui com a pretensão de ser um farol orientador de opiniões alheias, ou guia espiritual seja de quem for.
 
Repito: tenho dúvidas e espero que da discussão (séria e construtiva) nasça a Luz (no sentido habitual da frase e, muito particularmente, para os lados da nossa Catedral).
 
Em relação ao Benfica, duas questões essenciais me provocam as dúvidas:
 
1 – Deveremos mudar de equipa técnica, ou deixá-la cumprir o contrato até ao fim?
 
2 – Que faceta de Luís Filipe Vieira deverá ser mais valorizada – a de quem tanto fez, em termos patrimoniais e para reabilitação da imagem do nosso Benfica, ou a de quem não conseguiu que o futebol profissional nos desse as alegrias por que tanto ansiávamos?
 
Para não aborrecer demasiado quem tiver a paciência de ler este texto até ao fim, proponho-me abordar hoje apenas a primeira questão, deixando a segunda para a próxima semana.
 
Reconheço que fui dos que ficaram entusiasmados e muito esperançados com a vinda do Quique Flores. Embora não tivesse um palmarés por aí além, era (é) considerado um treinador sério, de nova escola e ambicioso. Para mim, junta àqueles predicados um outro que muito prezo: a educação e os bons princípios. Pode ser que tenha sido este um dos primeiros problemas de Quique Flores – infelizmente, na selva em que se tornou o futebol português, provavelmente não há lugar para gentlemen.
 
Outro dos problemas de Quique foi (é) a nacionalidade. Quem conhece os Espanhóis sabe que são, por regra, pessoas orgulhosas, obstinadas e que não gostam de “dar o braço a torcer”. Ao longo desta época, Quique Flores deu vários exemplos (quase todos com maus resultados) dessa sua obstinação. Desde logo, desvalorizou o papel fundamental que os seus adjuntos Portugueses deveriam ter, para conhecer profunda e atempadamente, as equipas com que teria que defrontar-se em Portugal, todas treinadas por técnicos Portugueses…
 
Depois, “encostou” Leo, insistiu em manter Cardozo afastado da equipa principal de futebol - muitas vezes jogando apenas com um avançado “de raiz”- e apostou em Suazo em partidas que não estavam talhadas para as suas características, mesmo quando ele estava lesionado. Passou grande parte da época sem dar hipóteses a Miguel Vítor, colocou Aimar e Rúben Amorim a jogar fora dos locais onde mais podem render, colocou Bynia em campo injustificada e teimosamente (ou deixou-o ficar tempo demais, lembram-se do jogo na Trofa?), em detrimento de Yebda e, mais grave ainda, nunca assumiu uma postura clara de defesa dos seus jogadores.
 
A questão que deve colocar-se agora é: será que Quique Flores aprendeu com os seus erros, ou o orgulho espanhol continuará a prevalecer? Será ele capaz de se transformar, adaptando-se à realidade do nosso futebol? A veemência com que protestou com o quarto árbitro em Braga, parece indiciar alguma alteração na sua postura, sem perder a dignidade e a boa educação. Com efeito, repetiu algumas vezes a frase “é uma vergonha” e só o facto de ele não conseguir falar bem português pode justificar que essa afirmação tenha levado à sua expulsão, quando outros treinadores em Portugal até se dão ao luxo de exibir o gesto característico do “roubo”…
 
Sou de opinião de que os projectos devem ser levados até ao fim e só então ser feito o balanço. Que me lembre, ninguém prometeu, no início desta época, que seríamos campeões em Maio de 2009. É claro que, legitimamente, qualquer Benfiquista que se preze espera sempre que o Benfica seja (quase sempre) campeão.
 
Apesar de reconhecer que, uma vez mais, o Benfica ficou muito aquém das expectativas, recuso-me a embarcar no coro de lamentos e críticas, vendo apenas o lado negativo da época. Em muitos jogos vi um Benfica a praticar bom futebol, a criar muitas oportunidades de golo, a marcar bastantes (até agora marcámos menos 9 do que o Porto, mas mais 9 do que o Sporting) e a ser várias vezes prejudicado por arbitragens e/ou por manifesta falta de sorte. Alguém já fez as contas aos pontos que nos foram sonegados durante está época?
 
Por tudo quanto acima escrevi, acho que Quique Flores só deverá ser substituído se, manifestamente, se tornar claro que não pretende mudar de atitude na próxima época, algo que não será difícil apurar por quem de direito – Luís Filipe Vieira e Rui Costa. A ser substituído, acho que deveria sê-lo por um treinador Português que fosse inequivocamente Benfiquista – Humberto Coelho é um bom exemplo de tal e estou certo de que todos se lembrarão do futebol espectacular e, ao mesmo tempo, eficaz, que a nossa Selecção praticava quando foi orientada por ele.
 
A ver vamos!
18
Mai09

O JOGO QUE EU VI

Pedro Fonseca

Fui um espectador atento do Braga – Benfica. Mas, devido ao lugar que ocupei no estádio tive a oportunidade de seguir de bem perto o comportamento de Quique Flores e de Jorge Jesus. Um mano a mano, um duelo particular, entre o actual treinador do Benfica e o seu provável sucessor.

 

O que terá escapado aos olhos da esmagadora maioria dos espectadores, pude registar, interpretar, descodificar. Quique estava meia dúzia de metros à minha frente. Jesus um pouco mais distante, mas ainda assim podia ver a contracção dos seus músculos da face.
Mais do que fazer julgamentos sobre tácticas, substituições, escalonamentos, o que me proponho aqui descrever e partilhar é aquilo que eu “vi” no comportamento dos dois e que escapou à maioria.
Começo por fazer uma apreciação geral, dizendo que nem um nem outro foram verdadeiramente genuínos. Estiveram durante 90 minutos a desempenhar um papel, como actores. A imitar. Talvez que apenas num ponto tenham sido eles mesmos – Quique nunca deixou de trocar opiniões com Pako, seu adjunto; Jesus nunca falou com ninguém.
Quique quis “imitar” Jesus. Jesus quis “imitar” Trapattoni. O treinador espanhol foi muito interventivo, quase excessiva e exageradamente. Viu quase todo o jogo em pé, gesticulando, berrando, discutindo.
Num jogo praticamente a feijões, Quique deixou no balneário o fato de gala e vestiu o fato-macaco. Foi um treinador operário, bem longe do perfil que patenteou durante toda a época. É certo que as notícias ao longo da semana fizeram mossa no espanhol. O Quique de Braga travestiu-se de Jesus do Benfica.
Pegou-se com o quarto árbitro quando percebeu que Jesus utilizava em benefício do Sporting de Braga um artifício muito vulgar nos treinadores portugueses. A uma semana de acabar o campeonato, Quique começou a aprender as peculiaridades do nosso futebol, as suas manhas e os seus alçapões.
E continuou pelo jogo fora a discutir as decisões arbitrais, ao extremo de ser expulso pelo árbitro Artur Soares Dias. Uma pergunta se coloca: será que Quique o fez de propósito? Será que encontrou nesta artimanha uma escapatória para não cumprimentar Jesus no final do jogo?
Só ele poderá responder. Certo é que não me passou despercebida a troca de olhares entre os dois, com Quique a caminho do balneário.
Jesus, por seu lado, não foi o Jesus habitual. Mais comedido, mais sereno, mais tranquilo. O homem que faz quilómetros ao longo da linha lateral durante 90 minutos; o treinador que não pára um minuto, gesticulando, dando ordens e orientando os seus jogadores, não esteve no estádio Axa.
Jorge Jesus quis dar uma imagem de “estadista”. Largou o fato-macaco, vestiu o fato de gala. Fez-me lembrar Trapattoni, a Velha Raposa, de pé junto à linha, mas sempre imperturbável.
De que maneira é que isso afectou os seus jogadores, nunca se saberá. O que parece uma evidência é que Jesus quis adoptar um comportamento mais à imagem de um treinador do Benfica.
Desde já, lanço-lhe um conselho: meu caro Jorge Jesus, não tente ser quem não é; o seu futuro sucesso está em continuar a ser aquilo que sempre foi, um treinador sempre de fato-macaco.
É esse Jorge Jesus que o Benfica precisa. Genuíno, conhecedor de tudo o que gira à volta do futebol português, trabalhador, dedicado. Não tente mudar a sua imagem, nem o seu carácter, nem a sua genuinidade.
A imagem pode ser muito importante, mas mais importante são os adeptos, e os adeptos do Benfica querem-no a liderar vitórias e títulos, estão-se nas tintas para quaisquer outros traços característicos que podem fazer as delícias de alguma comunicação social, mas são irrelevantes para aquilo que queremos de si. Vitórias e títulos! Dá para perceber Jorge Jesus?
15
Mai09

DESCUBRA AS DIFERENÇAS...

Bruno Carvalho

 

“O terceiro lugar no Campeonato Nacional e a eliminação da Taça de Portugal nos quartos de final, constituem resultados que não podem, nem devem, ser considerados como normais em função dos investimentos realizados e, sobretudo, das expectativas criadas, após a conquista do Campeonato na época transacta."
Luís Filipe Vieira
in Relatório e Contas da SLB Futebol, SAD – 2005/2006
 
 
“…, não posso considerar a época desportiva 2006/2007 como exemplar, ainda que se tenha revelado como a mais competitiva dos últimos anos, com o título a ser decidido nos últimos 45 minutos da última jornada. Tenho bem presente que o sucesso financeiro, apesar de crucial e inegociável, não é tudo na vida da Benfica Futebol SAD.
… Temos uma excelente equipa e um corpo técnico de levado valor, ambos em comunhão total com os adeptos.”
Luís Filipe Vieira
in Relatório e Contas da SLB Futebol, SAD – 2006/2007
 
 
“É sabido que a época passada foi frustrante no que ao futebol profissional diz respeito, é um sentimento que partilho, mas nunca podemos perder de vista o horizonte."
Luís Filipe Vieira
in Relatório e Contas da SLB Futebol, SAD – 2007/2008
 
 
"Partilho da frustração e da desilusão de todos os que estão nesta sala.
Esperava mais da equipa, não o nego.
Mas é em momentos como este que não podemos perder o norte.
Temos de mudar e vamos mudar!
Mas não devemos deixar que as desilusões nos desviem do caminho traçado."
Luís Filipe Vieira
na Sobreda da Caparica, após a inauguração da sede da filial 
Sport Charneca da Caparica e Benfica - 11 Maio 2009
 
 
 
Palavras para quê?
 
Bruno Carvalho

 

15
Mai09

O Caminho

Paulo Ferreira

Durante a semana dois membros do Blog manifestaram a sua intenção de sair e o Bruno colocou à consideração dos restantes o encerramento deste espaço.

 

Respeito as opiniões de quem saiu e quem ficou e abstenho-me de comentar sobre o conteúdo e forma das tomadas de posições de outros. Pessoalmente já tive vontade de deixar de escrever neste espaço, embora os motivos sejam outros. Os motivos que me levam a questionar se vale a pena escrever é a clara falta de capacidade de diálogo entre Benfiquistas, a intolerância e muitas vezes a falta de educação.

 

Desde o início que tento expressar a minha opinião sem facciosismo e de uma forma equilibrada. No entanto, este espaço está cheio de comentadores que procuram em cada texto apenas um sinal de “está a favor ou contra LFV” para elogiar ou criticar desmesuradamente quem escreve. E fazem-no sem a preocupação de uma leitura atenta e ponderada e sem apresentar qualquer argumento construtivamente. É exemplo de tal as acérrima críticas, acusações de ser portista e de desestabilizador apenas porque defendi que era importante definir quem seria o próximo treinador do próximo ano (bem como as estruturas dirigentes) quando havia mais um ano de contrato. Enfim, no dia seguinte o próprio Benfica dava-me razão pelas declarações de “mudança” de LFV e pelo ataque a Jorge Jesus e a dispensa quase certa de Quique… é no que dão ataques “cegos”!

 

Naturalmente que existe trabalho a fazer em prol do Benfica e por isso vou continuar a escrever e dar os meus alertas, forma que entendo ser benéfica para o clube.

 

 O meu tema de análise esta semana são as declarações de LFV sobre a “mudança”!

 

Na minha opinião LFV tinha dois caminhos:

  1. Reforçar que a estrutura montada era para manter apesar de desiludido com os resultados desportivos. Manteria Quique, tentava manter a equipa, deixava a autonomia de futebol com Rui Costa e mantinha a sua convicção de que uma equipa não se faz em um ano e que o Benfica estava no rumo certo. Cada um pensaria o que queria, concordava ou não, mas seria uma posição coerente.

  2. Aceitaria que desportivamente não tem sido capaz de levar o Benfica aos objectivos que o próprio traçou (e LFV enquanto Presidente é o responsável máximo por isso – responsabilidade não se delega!) e daria por finda a sua presidência ou no mínimo aceitaria colocar-se já à análise dos sócios em eleições.

 

Ou colocar-se novamente numa posição de “salvador” e “reformista” vai contra tudo o que vem defendendo. Não promove continuidade, não promove alicerces, não cria estabilidade, não cria condições para ter retorno dos grandes investimentos feitos e cria um cenário de novo ciclo que já enjoa. Vamos ter uma nova reformulação da equipa, gastar um monte de dinheiro, mandar vir mais um treinador (a média dos últimos 10 anos é superior a 1 treinador por ano!) e até já Rui Costa parece desautorizado...

 

LFV tem a minha admiração pelo que fez no Benfica e por devolver ao clube, estabilidade, credibilidade, criar infra-estruturas, reforçar alicerces para o sucesso. No entanto, não conseguiu fazer chegar esse sucesso apesar dos grandes investimentos e diferentes estratégias. E para mim faz sentido que os sócios se pronunciem sobre se a sua paciência continuar intacta. E para bem do Benfica esta intervenção dos sócios deveria ser efectuada o mais cedo possível de forma a interferir no mínimo com a época vindoura.

 

Gostando LFV tanto do Benfica como diz que gosta e estando no Benfica com um “espírito de missão” como apregoa, é isso que tem obrigação de fazer, é esse o único caminho.

 

Saudações Benfiquistas,

Paulo Ferreira

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