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Novo Benfica

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05
Mai10

RASTEIRADOS NO DRAGÃO

José Esteves de Aguiar

 

Ao contrário de alguns comentários que já li e ouvi, considero que o nosso Benfica fez, no Estádio do Dragão, mais do que o suficiente para obter um resultado diferente.

 

Para começar, parece-me de enaltecer a coragem com que encararam um jogo rodeado por um clima de ameaças – inclusive concretizadas – sem precedentes em jogos do campeonato principal do nosso País.

 

Não me recordo, sinceramente, de uma partida em que o jogo psicológico de intimidação da equipa adversária tivesse chegado tão longe como neste Porto-Benfica.

 

Estive com os meus filhos no Hotel onde o Benfica estava hospedado e tive oportunidade para uns breves momentos de conversa com vários jogadores.

 

Era notório o clima de tensão existente - principalmente nos jogadores mais novos - e posso assegurar-vos que tal tensão não tinha apenas a ver com o facto de estarem prestes a participar num jogo de grande responsabilidade.

 

Sentia-se alguma relutância em abandonarem a segurança do Hotel e partirem ao encontro de uma realidade que todos sabiam ser de elevado risco para a sua integridade física, aliás como sobejamente publicitado na Internet nos dias precedentes.

 

Quando saíram do Hotel em direcção à camioneta, formaram um grupo compacto, com os mais experientes a enquadrarem os mais novos e no exterior foram recebidos em apoteose por largas centenas de Benfiquistas que os aguardavam. Estou certo de que este apoio lhes deu um novo alento, eventualmente abalado por novos incidentes à chegada ao Estádio do Dragão, inclusive com o arremesso IMPUNE de grande número de pedras, bolas de golfe e garrafas de vidro contra a camioneta, com as consequências que todos conhecemos.

 

Ao ver o estado em que ficou a camioneta do Benfica e ao ver que nem um culpado foi encontrado, para amostra, chego à triste conclusão de que houve conivência de algumas forças de segurança. Se calhar, o guarda Abel ainda tem grande influência…

 

Quanto ao jogo propriamente dito, o Benfica entrou muito bem, Di Maria parecia estar num daqueles dias bons – para além de algumas grandes arrancadas, basta lembrar o extraordinário remate à barra, totalmente esquecido pela comunicação social, ao contrário do endeusamento do golo do Belushi.

 

No entanto, Olegário Benquerença resolveu penalizá-lo com um cartão amarelo totalmente injustificado, impedindo-o assim de disputar a última partida deste campeonato. A reacção de Di Maria, que a televisão mostrou, levando as mãos à cara com ar de desespero, foi bem reveladora do estado de espírito do jogador. Certamente que lhe passou pela cabeça, naquele momento, que perante a mais que previsível saída do clube no final da época, o jogo contra o Rio Ave seria o da sua despedida de um público que tanto o acarinha.

 

Coincidência ou não, certo é que a partir desse momento praticamente não mais se viu Di Maria no relvado.

 

Mas não se ficaram por aqui as rasteiras de Olegário Benquerença ao Benfica. Foram escandalosamente cirúrgicas as amostragens de cartões amarelos a Fábio Coentrão e a Javi Garcia, tornando perfeitamente clara a encomenda que havia sido feita a um árbitro que não mostrou a mínima categoria para estar presente no Mundial – o seu objectivo foi claramente intimidar os jogadores do nosso clube e conseguiu-o.

 

Chegou a ser caricata a forma decidida como distribuía cartões amarelos a jogadores do Benfica e como permitia protestos exuberantes de jogadores do Porto (Raúl Meireles, Bruno Alves e Belushi foram exemplos repetidos de tal comportamento, que passou em claro em termos disciplinares).

 

Dos penalties não marcados já nem vale a pena falar, mas um árbitro que se preze teria interrompido o jogo para fazer constar no relatório todos os objectos estranhos àquele desporto que choveram sobre o relvado e sobre os participantes Benfiquistas – bolas de golfe, moedas, isqueiros, paus de bandeira, foguetes e até telemóveis…

 

Em suma, fomos miseravelmente rasteirados no Estádio do Dragão, pela equipa de arbitragem e por quem deveria manter a ordem pública.

 

No próximo Domingo daremos cabal resposta aos festejos do Porto pelo terceiro lugar que alcançaram, celebrando condignamente a conquista da Liga Sagres desta época

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